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1 em cada 5 jovens são expostos a conteúdo sexual não solicitado na Internet

O conteúdo sexual “não solicitado” na Internet é uma realidade que está longe de ser eliminada. Embora alguns países, como o Reino Unido, estejam empenhados em afastar este tipo de conteúdos de quem não o solicita, há vários métodos pelos quais muitas pessoas sem escrúpulos conseguem assediar menores de idade e convidá-los a fazer parte desse tipo de conteúdo.

Uma investigação publicada no Journal of Adolescent Health, revelou que um em cada cinco adolescentes entre 9 e 17 anos de idade está exposto a material com conteúdo sexual não solicitado na Internet.


Conteúdo sexual mostrado a menores sem ser solicitado

Com o controlo cada vez maior dos sistemas da Internet em geral, há um esforço global para controlar o conteúdo de cariz sexual dos meios digitais, com especial incidência nas redes sociais. Contudo, há plataformas que usam esquemas para ultrapassar os filtros parentais e servem conteúdo explicito a menores. A investigação levada a cabo pelo Journal of Adolescent Health revelou que um em cada cinco adolescentes entre 9 e 17 anos de idade está exposto a material não solicitado na Internet.

Além disso, o estudo descobriu que um em cada nove adolescentes receberá solicitações indesejadas na Internet relacionadas a esse tipo de conteúdo sexual.

Entre os conteúdos aos quais crianças e adolescentes podem ser expostos, destacam imagens e vídeos sexualmente explícitos em janelas pop-up, e-mails indesejados, sites que são “servidos” sem que sejam intencionalmente procurados por eles.

A publicação revela que solicitações indesejadas na Internet podem incluir convites para participar de conversas via chat privadas com conteúdo impróprio ou atividades sexuais, além de oferecer informações sexuais ou solicitar que jovens enviem imagens privadas para outro utilizador.

 

Imagens dos jovens nus servem para chantagem

Para a pesquisa, os especialistas analisaram as informações recolhidas de mais de 50 mil adolescentes nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Contudo, não conseguiram determinar quem pediu aos jovens para participar de tais chats ou quem os convidou para partilhar vídeos ou imagens sobre si mesmos.

Embora na maioria dos casos, os adultos são aqueles que desafiam os jovens a enviar as imagens e vídeos de si, o estudo constatou que as aplicações da Internet também pode vir de outros adolescentes de idades similares. Ou seja, um adolescente pode pedir a outro para partilhar as suas fotos nuas ou vídeos de si mesmos a participar de atividades sexuais.

A publicação observa que tais ações podem levar a agressões físicas contra os jovens, por exemplo, quando um estranho marca um encontro fora da Internet e sofrem violações ou roubo. Além disso, esses jogadores online podem extorquir as suas vítimas com a chantagem de divulgar as imagens que receberam e são pedidos resgates para não haver tal “exposição” pública.

Atualmente, 20% dos adolescentes estão expostos a esse tipo de atividade, e 11% a convites indesejados, o que tem gerado grande preocupação entre os investigadores envolvidos no estudo, que sugerem que os pais e familiares sejam mais conscientes dos danos potenciais que existem na Internet.

Afirma-se também que existem programas de educação em segurança na Internet nalgumas escolas. Além disso, as agências de vigilância online aumentaram nos últimos meses, dando espaço para a chegada de mais filtros de conteúdo e ajudando a bloquear conteúdo sexual indesejado.

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