Actualmente a tecnologia GPS dedicada aos automobilistas está muito direccionada, não só para mostrar o destino que estes solicitam, mas também informar de tudo o que poderá ser vital para a segurança, poupança de tempo e precisão da localização.
Uma das melhores tecnologias neste segmento é o TOMTOM Traffic. Usando um vasto leque de meios de recolha de informação, esta tecnologia permite aos automobilistas optimizar a sua rota com base num sistema que é fiável, em tempo real e que se adapta rapidamente às circunstâncias das estradas.
O TOMTOM Traffic, antes HD Traffic, surgiu no mercado Português em 2009 e oferece aos utilizadores de dispositivos da marca informações em tempo real acerca do estado do trânsito em toda a rede de estradas disponível.
Este serviço é globalmente gerado a partir de mais de 5.5 milhões de sistemas de navegação, mais de 80 milhões de equipamentos GSM e dados provenientes de entidades governamentais.
A gestão da informação dos dados do utilizador é processada da seguinte forma:
- Validação: onde existe uma combinação de mapas através da filtragem dos dados inválidos, através, por exemplo, pela comparação de diferentes fontes;
- Fusão: onde se realiza a fusão de todos os dados válidos num sistema de trânsito em tempo real para toda a rede rodoviária;
- Detecção: onde ocorre a geração de incidentes de trânsito para troços onde ocorrem atrasos significativos.
A fusão do TOMTOM Traffic ocorre a cada trinta segundos para cada eixo de estrada em todos os países e dele provêm 6 mil milhões de medidas de velocidade diárias através de equipamentos TomTom conectados e não conectados, 6 triliões de medidas de velocidade registadas por condutores que percorreram 100 mil milhões de quilómetros.
A cada hora, 12 milhões de quilómetros são percorridos por equipamentos TOMTOM conectados. O histórico é feito com base em medições efectuadas pela base de dados de históricos de trânsito da TOMTOM, que contém 9 trilhões (9.000.000.000.000) de medições dos utilizadores, que conduziram 280 mil milhões (280.000.000.000) de quilómetros num total de tempo de condução de 700.000 anos.
São acrescentados diariamente 7 mil milhões (7.000.000.000) de informações a esta base de dados.
Mas então como é que funciona?
Toda esta estrutura é substancialmente eficaz graças à comunidade TOMTOM que partilha os dados. Estes dados, como os trajectos seguidos, os PDIs e as informações de trânsito são enviados para os servidores da TOMTOM, combinados com vários serviços governamentais, como as câmaras existentes nas vias, os dados estatísticos recolhidos pelas forças de autoridade e muitos outros dados derivados do tráfego, são “devolvidos” ao utilizador através do seu dispositivo.
Mas como recebe o dispositivo essas informações?
Basicamente esta tecnologia, assim como quase tudo na actualidade, requer uma ligação à Internet. Por isso é que os dispositivos permitem conectar, usando o smartphone, a informação da TOMTOM, ao seu carro, oferecendo todo um vasto leque de pormenor sobre a rota que escolheu.
Mas então tenho de partilhar dados privados com a TOMTOM?
Na verdade tem. O seu GPS envia à TOMTOM a sua localização, a velocidade que seguia, para onde foi, o tempo que demorou… entre várias outras particularidades. Não é que a TOMTOM queira saber isso para lá de compilar informações valiosas sobre o que os dispositivos oferecem: localização e o meio para lá chegar.
Por isso a TOMTOM recolhe o que lhe interessa desses dados e apaga o que não tem a ver com o serviço em si. A informação é tratada como anónima, não há passagem para outros serviços nem há verificação por parte dos funcionários. Apenas há serviço dos seus servidores que cortam tudo o que é “pessoal” e descartam de forma permanente.
Mas então se nos roubarem o dispositivo?
Não é fácil retirar dados sensíveis lá de dentro! Isto porque o sistema recolhe, encripta e guarda. Se alguém roubar um dispositivo terá uma dura e, provavelmente inglória, tarefa de sacar toda a informação que mostrará por onde andou, a que horas fez os trajectos e muito mais.
Essa informação, contudo, pode ser verificada por cada um dos proprietários quando estes ligam o seu dispositivo ao computador, usando o My TomTom.
E como podem as pessoas no trânsito partilhar informação?
Basicamente a informação é partilhada pela análise da localização do veículo, a velocidade a que este circula, as variações que o veículo tem em relação ao plano traçado, entre outros pequenos detalhes. Assim, se alguém à sua frente alguém, dentro da comunidade TOMTOM, estiver “preso no trânsito”, receberá antecipadamente essa informação de trânsito no dispositivo. Informação essa que foi combinada dos vários serviços já referidos (localização de pessoas na comunidade, câmaras de trânsito, informações rodoviárias, etc…).
E se não tiver Internet enquanto vou na estrada, como partilho e recolho as informações?
Em offline o TOMTOM poderá ser alimentado quando o ligar ao seu PC. Dessa forma, recorrendo ao My TomTom, este será actualizado e passará à TOMTOM os dados que recolheu, enquanto o usou, mesmo em modo offline.
Na próxima vez que usar o serviço, este terá informações que descarregou na última vez que o ligou ao PC, onde esteve ligado à Internet via My TomTom. É de referir que o My TomTom solicita um registo no serviço para que possa ter acesso ao equipamento (em modo de interpretação) e aos dados lá existentes.
E ao emparelhar os dispositivos com o smartphone, consome muitos dados?
Na verdade não. As informações “transaccionadas” são pacotes muito leves de dados, coordenadas e ficheiros de poucos kbs. O que poupará em não ficar preso no trânsito, compensará largamente o que gasta de dados 3G/4G.
O serviço é pago?
Não. O serviço em si é gratuito, vitalício, contudo, para usufruir do mesmo, terá de estar equipado com um dos recentes dispositivos GPS da TOMTOM ou ter a app no seu smartphone.
Em resumo…
O serviço em si é fantástico, a ideia é generalizar este serviço convencendo os utilizadores ou a adquirir um equipamento TOMTOM GO ou a adquiri uma app mobile para iPhone e Android. Depois, com a popularidade instalada, será maior o leque de informação em tempo real, isto porque a quantidade de utilizadores beneficia essa propagação.
Além de ter o equipamento, as pessoas têm de estar “sincronizadas” com o serviço online, para isso têm de emparelhar os smartphones. Estando estas premissas todas reunidas… o serviço é muito bom!