Desde que os carros autónomos surgiram, que a discussão em torno das suas capacidades de protecção dos passageiros e detecções de colisões tem sido grande. A Tesla, que tem nos seus carros um dos primeiros sistemas a circular de forma verdadeiramente autónoma, viu agora o seu nome e do Autopilot serem ilibados de qualquer culpa no primeiro acidente mortal em que o sistema de navegação esteve envolvido.
Este acidente remonta ao final do mês de Junho do ano passado e envolveu um Tesla Model S e um camião de transporte de mercadorias. Na altura a Tesla revelou que o problema se terá devido a uma confusão entre a cor do camião (brando) e o céu. Deste acidente acabaria por resultar um morto, o que levou a que a NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) investigasse o caso, procurando determinar a culpabilidade do sistema da Tesla.
Os resultados da investigação surgiram agora e não detectaram qualquer problema com o Autopilot e com os sistema de travagem de emergência, usados pelos Tesla para reagir em situações destas.
Segundo a NHTSA, os sistemas como o Autopilot requerem uma atenção total e permanente dos condutores, devendo ser usados apenas como um auxiliar de condução.
this systems are not designed to reliably perform in all crash modes, including crossing path collisions. The Autopilot system is an Advanced Driver Assistance System (ADAS) that requires the continual and full attention of the driver to monitor the traffic environment and be prepared to take action to avoid crashes.
Os dados que a NHTSA e a Tesla partilharam mostram que o condutor não assumiu o controlo da carro no momento anterior à colisão, algo que deveria ter feito para conseguir evitar o acidente.
A NHTSA confirmou ainda que os Tesla emitem um alerta aos condutores para que mantenham as mãos no volante e que uma actualização recente de software da Tesla, para os seus carros, passou a ser ainda mais exigente neste ponto.
Ao ver ilibado o Autopilot neste acidente, a Tesla consegue evitar um processo de recolha de todos os seus carros para alteração e melhoria do software e do hardware, de modo a evitar situações destas no futuro. É também uma vitória importante para os sistemas de condução autónoma, que vêem reconhecida a sua situação de auxiliares de condução.