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Sensores eléctricos e magnéticos estudam os ritmos do coração

Cada vez mais vemos a tecnológica ao serviço das mais variadas áreas de actuação e a área da saúde tem ganho muito ao longo dos últimos anos com o desenvolvimento tecnológico.

Desta vez a notícia surge de uma startup nacional, a IbiTron que acabou de vencer um prémio Fundação Altran para a Inovação e disputa o prémio internacional, em Paris, juntamente com projectos de França, Itália e Reino Unido, com o IbiCardioRotors, um colete com sensores eléctricos e magnéticos que permitem acompanhar e estudar os diferentes ritmos cardíacos.

A tecnologia ao serviço da saúde permitiu criar o IbiCardioRotors com a ajuda das engenharias eletrotécnica e biomédica, da medicina e da fisiologia.

A Fibrilhação auricular (FA) é a arritmia cardíaca com maior número de hospitalizações e atinge 1% da população mundial e, a partir desta realidade, a equipa da start up IbiTron desenvolveu um colete com sensores eléctricos e magnéticos que permitem acompanhar e estudar os diferentes ritmos cardíacos.

Com o IbiCardioRotors a equipa foi distinguida em Dezembro com o prémio Fundação Altran para a Inovação e o IbiCardioRotors disputa esta sexta-feira o prémio internacional, em Paris, juntamente com projectos de França, Itália e Reino Unido. O vencedor internacional será divulgado no início de Fevereiro.

O colete apresenta como inovações para o estudo do ritmo cardíaco a tomografia por impedância eléctrica e o registo simultâneo dos electrocardiogramas e magnetocardiogramas multi-canal, conjugando sensores electrónicos de ponta com o modelo computacional a três dimensões.

A tecnologia actualmente existente é invasiva e apresenta limitações, com metodologia que não permite a visualização integrada e em tempo real dos rotores cardíacos. Este é um dos obstáculos que o IbiCardioRotors quer ultrapassar, através do mapeamento detalhado das correntes eléctrica endógenas cardíacas e respectivas flutuações nas três situações possíveis: em internamento, durante intervenção terapêutica e em ambulatório.

Ao nível do hardware, o colete – Cardio Vest – é constituído por sensores eléctricos e magnéticos que captam de forma mais eficiente quer os campos eléctricos como magnéticos, e ainda sensores de posicionamento e deformação para facilitar a localização espacial de pontos fiduciais dentro do colete em relação ao torso da pessoa. É igualmente usada alta resolução de conversão dos sinais analógicos para o formato digital, utilizando como ferramenta de processamento, interpretação e visualização da informação gerada, o programa computacional Spinoza, especialmente desenhado para implementação em unidades de processamento gráfico em paralelo (GPUs).

Para aperfeiçoamento do protótipo e concretização total do IbiCardioRotors são necessários, anualmente, aproximadamente 250 mil euros para despesas, ao longo dos próximos três anos, ou seja, cerca de 750 mil euros no total. Agora em 2015, parte do valor será utilizado para comprar material electrónico que permita concluir o protótipo no final do 2º semestre do ano.

Após esta fase, a equipa de seis pessoas que pensou e concretizou o IbiCardioRotors pretende contratar dois engenheiros biomédicos e um engenheiro informático, que terão como principal função fazer evoluir as componentes de visualização 3D e a navegação de cateteres intracardíacos em tempo real. Mais tarde, outra parte do investimento, 300 mil euros, destinar-se-á à validação clínica do protótipo e certificação internacional.

Esta é mais uma excelente notícia que além de elevar a qualidade da medicina ainda distingue o trabalho que é desenvolvido por investigadores nacionais.

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