O padrão de redes 5G foi aclamado como uma das maiores novidades de 2019 a chegar aos nossos smartphones. Assim como os smartphones dobráveis, ambas as novidades deveriam revolucionar o mercado mobile durante este ano, mas para a Canalys, ainda teremos que esperar pelo menos até 2023.
Só então, o padrão de redes 5G será uma visão comum nos nossos smartphones e quotidiano.
De acordo com o mais recente relatório publicado pela agência de análise de mercado, Canalys, o novo padrão de redes 5G crescerá bastante. No entanto, teremos que esperar até 2023 até que este venha a ultrapassar o padrão atual e dominante, o 4G. Entretanto, também a indústria e mercado mobile se poderão adaptar.
As redes 5G, padrão dominante em 2023 – Canalys
A agência aponta como antecedentes o desacelerar do mercado mobile nos últimos anos. Uma tendência que será gradualmente anulada em 2019, com os frutos a surgirem a partir de 2020. No entanto, para que tal se materialize, é necessário que o padrão de redes 5G comece a chegar aos utilizadores, incentivando-os.
De igual modo, também o advento (adiado), dos smartphones dobráveis, será um fator de curiosidade. A segunda surpresa e vetor de crescimento para o mercado dos dispositivos móveis. Atualmente, são estes os dois pontos que têm guiado os analistas, bem como as principais fabricantes.
Assim sendo, os analistas da Canalys estimam que durante os próximos quatro a cinco anos sejam expedidos 1,9 mil milhões de smartphones preparados para as redes 5G. Um volume de unidades que ajudará, gradualmente, todo o setor a fazer a transição para o novo padrão. No entanto, será uma mudança gradual.
Em 2023 o padrão de redes 5G terá ultrapassado o 4G
Como é habitual neste tipo de previsões, não podemos ter certezas da sua realização. Sobretudo num mercado tão volátil como o mobile, em que novos fatores, potenciais, ou condicionantes, podem surgir de forma imprevisível. Não obstante, a Canalys aponta uma prevalência do 5G a parir de 2023.
Já, por outro lado, a promessa quem em inícios de 2019 animava o mercado, os smartphones dobráveis, têm ultrapassado sérias dificuldades. Um formato, quiçá, demasiado ousado para os padrões atuais da indústria e daquilo que a engenharia. Ao propósito, veja-se o caso corrente do Samsung Galaxy Fold.
Já é o grande fail do ano… e ainda agora vamos a meio#samsung#galaxyfoldhttps://t.co/s5q23HeERX
— Pplware (@pplware) July 2, 2019
A importância do mesmo, enquanto representante de um novo formato para o mercado mobile não pode ser subestimada. Na prática, esperava-se que os dobráveis estimulassem novamente os consumidores a investir em novos terminais. Agora, vemos que esse mesmo formato ainda está francamente “verde“.
Em 2019 serão vendidos 13 milhões de smartphones preparados para o 5G
Ainda de acordo com as previsões da Canalys, o crescimento do 5G será muito lento, mas consistente. Assim, para 2019 estimam que as fabricantes coloquem um total de 13 milhões de smartphones preparado para o novo padrão de redes. Nos anos seguintes a cifra continuará a aumentar exponencialmente.
Aliás, a Canalys prevê que a quota de mercado dos smartphones com 5G passe de menos de 1% para cerca de 11,8% em 2020. Logo após, em 2021 esta cifra já deverá ter aumentado para 27% de todos os smartphones vendidos. Em 2022 esta quota já deverá ter alcançado os 39,5% e, por fim, os 51,4% em 2023.
De igual modo, será graças à China, o maior mercado mundial de smartphones que o 5G se implementará nos smartphones. Isto é, será graças a este mercado que os equipamentos preparados para este padrão se tornarão na maioria. Veja-se a representação de cada um dos principais mercados, da China à Europa.
E não é por acaso que tal se deve verificar. Em boa verdade, basta ter em conta a predominância das fabricantes chinesas. Seja no fabrico de smartphones ou no mercado das redes e telecomunicações. Assim, é com perfeita naturalidade que encaramos este prognóstico de expansão do 5G graças, sobretudo, à China.
Em suma, tanto a Canalys, como a administração Trump, começam a ver que o motor económico chinês é já imparável. Por muito que uma guerra comercial de atrito os possa frustrar, a margem de vantagem aparenta estar já firme naquela que é uma das maiores potências asiáticas e mundiais.