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Microsoft comprou o fabricante da caneta do Surface Pro 3?

O investimento que a Microsoft tem feito no campo do hardware mostra que esta empresa está empenhada em alargar ainda mais o seu leque de ofertas para os consumidores e tornar-se uma marca de peso e com presença forte no mercado.

Tal como a maioria das rivais, a Microsoft prefere ir ao mercado munir-se das empresas que conseguem oferecer as soluções tecnológicas que precisam e procuram para os seus produtos.

A mais recente compra da Microsoft poderá ser a empresa que fabrica a caneta para o topo de gama da sua linha Surface. Ainda é um rumor, mas com elevadas probabilidades de ser verdadeiro.

O fabricante escolhido pela Microsoft para criar e equipar o Surface Pro 3 com uma caneta foi a N-trig, uma empresa Israelita especialidade neste tipo de acessórios e em chips que equipam os ecrãs sensíveis ao toque.

A informação sobre esta possível compra pela Microsoft está a ser avançada pela Reuters, que aponta como certa a aquisição desta empresa especializada na área dos ecrãs de toque e dos dispositivos associados.

Sem ter valores certos e confirmados, especula-se que a Microsoft terá pago 200 milhões de dólares na aquisição da N-trig.

Para além de toda a tecnologia a que a Microsoft passaria a ter acesso de forma directa, existe ainda um factor de relevo que pode ter ajudo a materializar esta aquisição.

A N-trig é uma empresa que está muito bem colocada no mercado e que tem volumes de facturação também elevados. Está avaliada em 75 milhões de dólares, numa altura em que recebem investimento privada, já no início deste mês. A somar a este factor de peso, a empresa teve no ano de 2013 uma receita de 36,7 milhões de dólares, o que representa um aumento de 38% em relação ao ano de 2012.

Mas o ano de 2014 foi também positivo para a N-trig. No primeiro semestre de 2014 foi responsável pela venda de 1,3 milhões de canetas digitais, o que se reflectiu numa receita de 20,6 milhões de dólares.

Apesar de ser um nome pouco conhecido no mercado, a N-trig é responsável pelo fornecimento de dispositivos de toque para as maiores empresas de tecnologia. Nomes como a Sony, HP, Lenovo ou Fujitsu usam estes dispositivos nos seus equipamentos, quer tanto nos tablets e notebooks, como também nos próprios smartphones.

Esta compra pode significar uma entrada na Microsoft numa área de mercado que normalmente não é a sua, mas onde outras empresas de renome têm já uma presença forte.

Deixam de ser apenas consumidores e integradores de tecnologias nos seus produtos e passam a ser eles os responsáveis pelo desenvolvimento e pela criação de novidades.

Este é um caminho que a Microsoft iniciou com a compra da Nokia e que agora continua, numa escala diferente, não apenas para produzir os seus equipamentos, mas também para controlar o que os restantes fabricantes conseguem ter acesso.

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