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LUMI: Europa já tem um dos supercomputadores mais rápidos e ecológicos do planeta

Apesar de não ser visível, existe uma corrida silenciosa para conquistar o topo do processamento nos supercomputadores. A cada ano que passa, surgem máquinas mais potentes e com um maior poder de computação, acessível a investigadores e outros cientistas.

A Europa tem estado arredada dos lugares de topo, mas agora assumiu uma nova posição. O Lumi é a mais recente proposta a ser criada, assumindo de volta um lugar de destaque para a Europa. Conseguiu a terceira posição e é um dos mais rápidos e ecológicos do planeta.


A lista dos 500 supercomputadores mais potentes do planeta tem sofrido mudanças de forma quase constante. Há sempre novas propostas a surgirem e a ocuparem lugares de topo, garantindo cada vez mais potência e poder de processamento.

Uma das mais recentes entradas é o Lumi, um sistema pré-exascale que pertence ao EuroHPC, o Consórcio Europeu de Computação de Alto Desempenho. Iniciado em 2020, este supercomputador atinge já o 151,9 petaFLOPS de desempenho, esperando-se que nas próximas semanas consiga chegar aos 375 petaFLOPS.

O poder do Lumi será aumentado mais tarde novamente, sendo elevado para os 550 petaFLOPS de processamento. Com o valor atual de 375 petaFLOPS passa a ocupar o terceiro lugar no TOP500 dos supercomputadores mais potentes do mundo.

Com este marco, o Summit (200 petaFLOPS) desceu para o quarto lugar na lista. O pódio é encabeçado pelo novo sistema exascale American Frontier (1,1 exaFLOPS), seguido pelo supercomputador japonês pré-exascale Fugaku (442,01 petaFLOPS).

Ao atingir os 550 petaFLOPS de processamento, o Lumi irá subir mais uma posição na lista dos 500 supercomputadores mais potentes. Irá ultrapassar a máquina japonesa e ficar na segunda posição. A sua estrutura permitirá que se mantenha nesta posição por muito tempo.

Alojado no IT Center for Science em Kajaani, foi construído pela Hewlett Packard Enterprise (HPE). O sistema é baseado na arquitetura Cray EX que é combinada com CPUs AMD EPYC “Trento” de 3ª geração, juntamente com aceleradores AMD MI250X e interconexões Sligshot-11. Será complementado com um armazenamento de 17 petabytes.

Além disso, o Lumi funcionará com energia 100% hidroelétrica e contará com um avançado sistema de refrigeração. Este permitirá que parte do calor seja utilizado para aquecer alguns prédios da região.

Para replicar o poder de computação do Lumi com computadores normais, seria preciso 1,5 milhões de portáteis de última geração. E estes não caberiam numa sala, mas formariam uma torre com mais de 23 km de altura.

Os recursos de computação do Lumi serão disponibilizados para pesquisadores de toda a Europa para acelerar os avanços científicos. Vão-se focar em áreas como as mudanças climáticas, medicina, inteligência artificial e computação quântica. Além disso, cerca de 20% da sua capacidade será reservada para utilização por de pequenas e médias empresas.

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