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Guerra: Rússia usou mísseis hipersónicos Kinzhal! Devemos ter medo?

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia continua, lamentando-se já várias centenas de civis mortos (a juntar aos muitos militares), milhões de refugiados e muitas infraestruturas destruídas. Como temos referido, esta é uma guerra híbrida que tem acontecido no campo digital, mas também no terreno.

Ontem Putin foi acusado de ser um exibicionista por ter feito uso de mísseis hipersónicos. Afinal que tipo de arma é esta?


A guerra que todos conhecemos tem servido de palco para se conhecerem algumas das armas mais poderosas do mundo.  No Pplware demos a conhecer o Javelin, que funciona como uma lança e é capaz de atacar tanques por cima.

A Rússia anunciou hoje, pelo segundo dia consecutivo, que utilizou mísseis hipersónicos na Ucrânia, desta vez para destruir uma reserva de combustível do exército ucraniano no sul do país.

O míssil balístico hipersónico Kinzhal (“punhal”, em russo) e o míssil de cruzeiro Zircon pertencem a uma família de novas armas desenvolvidas pela Rússia. O Presidente russo, Vladimir Putin, descreveu estas armas como invencíveis, porque supostamente são capazes de escapar a qualquer sistema de defesa.

Principais características dos mísseis hipersónicos Kinzhal?

De acordo com autoridades russas, o Kinzhal (Kh-47M2 Kinzhal) pode atingir um alvo de até 2.000 km de distância e pode atingir uma velocidade várias vezes superior à do som (entre 5 (mach 5 a 10 vezes – mach 10).

Estes mísseis hipersónicos podem transportar uma ogiva nuclear assim como uma ogiva convencional.

Podem percorrer entre 1.500 e 2.000 quilómetros (consoante o tipo de avião em que são transportados). Têm cerca de oito metros de cumprimento e um de largura.  A velocidade do Kinzhal coloca-o fora do alcance de qualquer sistema de defesa aéreo. Os mísseis hipersónicos Kinzhal são lançados por caças MiF-31. Foram concebidos para atingir navios e sistemas de defesa antiaérea da NATO.

Estes mísseis fazem parte de um pacote de seis armas estratégicas anunciadas por Vladimir Putin, presidente da Rússia, em 2018.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 25.º dia, também levou mais de 3,3 milhões de pessoas a fugir para os países vizinhos, segundo a agência da ONU para os refugiados.

As Nações Unidas calculam que o conflito originou ainda cerca de 6,5 milhões de deslocados internos, ou seja, pessoas que abandonaram o local habitual de residência, mas que permanecem no país.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, de acordo com as Nações Unidas.

A ONU considera que se trata da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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