O assunto deste artigo parece surreal mas de facto não é! Segundo o site eurekalert, um grupo de investigadores sul Coreanos conseguiu converter pontas de cigarro (já usadas) num material que pode ser usado para… armazenar energia.
De acordo com a investigação, este “novo” material oferece performance muito superior às actuais soluções para armazenamento de energia, como é o caso do carbono, grafeno ou nanotubos de carbono.
Um grupo de investigadores Sul Coreanos publicou um artigo científico no IOP Publishing’s journal Nanotechnology sobre como armazenar energia recorrendo a pontas de cigarro.
Numa apresentação realizada no passado dia 5 de Agosto, os investigadores apresentaram um novo material que oferece um desempenho superior comparativamente ao carbono, grafeno ou nanotubos de carbono.
Este novo material para armazenamento de energia pode ser usado para revestir os eléctrodos dos super-condensadores aumentando assim a possibilidade de os integrar em equipamentos electrónicos, como é o caso dos computadores ou smartphones, usar no segmento automóvel (ao nível das baterias) ou até mesmo em eólicas.
No estudo foi demonstrado que as fibras de acetato de celulose dos filtros de cigarro são, na sua maioria, compostos à base de um material baseado em carbono, recorrendo para isso a uma técnica denominada de pirólise.
De acordo com Jongheop Yi, co-autor do estudo, esta solução além de permitir o armazenamento de mais energia (e carregamento mais rápido) é também uma solução “amiga do ambiente”.
Our study has shown that used-cigarette filters can be transformed into a high-performing carbon-based material using a simple one step process, which simultaneously offers a green solution to meeting the energy demands of society.
…
A combination of different pore sizes ensures that the material has high power densities, which is an essential property in a supercapacitor for the fast charging and discharging.
O estudo revela ainda que esta tecnologia poderia ajudar a “reciclar” as cerca de 766.571 toneladas de cigarros usados em todo o mundo. Por enquanto é apenas um estudo mas, quem sabe, se no futuro não fará parte dos nossos mais diversos equipamentos electrónicos.