A Google surpreendeu tudo e todos quando apresentou recentemente a sua nova ferramenta, o Google Duplex. No entanto, várias dúvidas têm surgido sobre a veracidade das conversas telefónicas. Será que foi tudo uma representação?
Durante o Google I/O, a gigante americana surpreendeu o mundo quando apresentou o Google Duplex, uma nova funcionalidade da sua assistente pessoal que lhe permitia fazer chamadas como se de um humano se tratasse.
Esta inovação fez com que a Google recebesse vários elogios, sendo, no entanto, também considerada uma evolução assustadora.
Embora este seja um passo importante na evolução da inteligência artificial, têm surgido algumas dúvidas sobre a veracidade das chamadas apresentadas na conferência.
Google Duplex – Chamada verdadeira ou encenada?
Na apresentação do novo Google Duplex, Sundar Pichai anunciou uma nova funcionalidade que permitia à inteligência artificial fazer chamadas como se de um humano se tratasse, para agendar compromissos. No final foram apresentados alguns exemplos.
No entanto, segundo a opinião do website Axios, as chamadas poderão ter sido editadas. Para esta afirmação, a publicação realça o facto da pessoa do cabeleireiro ou do restaurante nunca se ter identificado ou ao negócio, como é habitual. Além disso, não existe nas gravações nenhum ruído de fundo, levando a crer que o ambiente foi preparado.
Por último, em nenhuma das situações a outra pessoa pediu um contacto ou qualquer outra informação sobre o cliente.
De forma a obter uma declaração da Google, foi pedido a um responsável se podia identificar as empresas para onde as chamadas foram feitas, sendo o pedido negado mesmo com a promessa de não ser divulgado. Além disso, foi ainda questionado se o vídeo tinha sido editado ou cortado para retirar o nome de pessoas ou negócios, sem que obtivesse também resposta.
Embora seja muito provável que a assistente virtual da Google se comporte como anunciado, parece que a marca americana seguiu também a tendência de outras marcas ao anunciar exemplos reais quando, na verdade, estes são editados.
Com esta estratégia as marcas tentam reforçar o efeito de surpresa e inovação do produto, mostrando resultados fantásticos, mas deixa sempre a pergunta: Vale a pena mostrar resultados diferentes do que o utilizador irá realmente experienciar?