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IA consome 10 vezes mais energia do que uma pesquisa normal no Google

A funcionalidade AI Overviews da Google complementa os resultados do motor de pesquisa com uma explicação personalizada dada por um modelo de inteligência artificial (IA). Se esta IA fosse ativada em todo o mundo, consumiria a eletricidade necessária para carregar sete carros elétricos por segundo.


 

10 vezes mais energia do que uma pesquisa normal

As respostas geradas por um LLM consomem 10 vezes mais energia do que uma pesquisa convencional no Google, afirmou o presidente do conselho de administração da Alphabet, John Hennessy, numa entrevista à Reuters.

Se uma pesquisa normal do Google consome 0,3 watts-hora, a inteligência artificial da nova funcionalidade “AI Overviews” do motor de pesquisa aumenta o consumo para 3 watts-hora, aproximadamente a mesma eletricidade utilizada por uma lâmpada LED ligada durante uma hora.

Para pôr isto em perspetiva, a Google recebe uma média de 356 milhões de pesquisa por hora. Se a AI Overviews for ativada em todo o mundo para todas as pesquisas (atualmente só está disponível nos EUA e para determinadas pesquisas), o consumo de eletricidade do motor de pesquisa aumentaria de 106,8 MWh para 1 068 MWh.

O suficiente para carregar a bateria de sete carros elétricos por segundo, assumindo um tamanho médio de bateria de 40 kWh.

 

A energia para os centros de dados manteve-se relativamente estável nos últimos anos, mas o seu consumo poderá aumentar 200% até 2030 devido à implantação em grande escala da IA. No caso de uma implantação completa no motor de pesquisa, as despesas energéticas da Google excederiam as de um país inteiro do tamanho da Irlanda.

Para fazer face às exigências energéticas da IA sem recuar no objetivo de reduzir as emissões de CO2, são necessárias fontes de energia limpas e altamente eficientes.

A aposta da Meta e da Microsoft é a energia nuclear. A Microsoft investiu em pequenos reatores nucleares modulares (Small Modular Reactors – SMR) e em projetos de fusão nuclear que deverão estar operacionais em 2028.

 

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