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Governo Francês não dará tréguas à Google

As relações da Google com os países europeus, os seus governos e a União Europeia têm sofrido muitas fricções e reveses. São várias as situações de conflito, que por norma giram em torno da privacidade, da posição dominante ou dos impostos que esta empresa (não) paga.

O governo francês tem estado atento à Google e veio agora alertar que não irá entrar em acordo com a gigante das pesquisas no que toca ao pagamento de impostos em atraso.

A França tem estado a incidir de forma muito forte na tentativa de provar que várias empresas norte-americanas estão a fugir aos impostos e a pagar valores muito baixos referentes às actividades realizadas no país.

Numa entrevista dada à Reuters, o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, passou a ideia de que o país será implacável com estas empresas e que realizará todos os esforços para que estas paguem os valores devidos, evitando que possam fugir ao seu pagamento através dos normais esquemas usados.

Durante a passada semana foi realizado um raide surpresa aos escritórios da Google, onde foram apreendidos documentos que poderão ser usados em processos em tribunal, que devem ser apresentados em breve. Estas acções reforçam a vontade do governo Francês em perseguir o seu objectivo de levar a Google a pagar todos os valores que entende estarem em dívida.

As palavras de Michel Sapin foram duras e mostraram que a França não fará qualquer acordo com estas empresas, tal como aconteceu no Reino Unido, onde a Google conseguiu um acordo e pagará 185 milhões de dólares de impostos atrasados.

A Google consegue, graças a falhas no sistema europeu, reportar as vendas dos seus serviços na Irlanda, onde tem benefícios e acordos, o que lhe garante o pagamento de impostos muito mais baixos e assim consegue margens de lucro muito maiores.

Fontes não oficiais, mas internas ao Ministério das Finanças francês apontaram recentemente para um valor que deverá rondar os 1,6 mil milhões de euros em impostos em atraso. É este o valor que o ministério de Michel Sapin procurará agora receber da Google.

Reuters

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