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A Google optou por não remover esta controversa aplicação para Android

Absher, a aplicação financiada pelo governo saudita para mediar várias tarefas administrativas. Entre elas, a possibilidade de vigiar, limitar e agir em conformidade com as movimentações das mulheres. Aplicação que tem suscitado bastante contestação, mas que permanece na Google Play Store para dispositivos Android e na App Store para dispositivos móveis iOS, da Apple.

Entretanto, a Google já se pronunciou, optando por manter esta aplicação na sua loja de conteúdos.


Na imagem acima podemos ver Mohamed bin Salman (ao centro), Sundar Pichai (à esquerda) e, por fim, Sergey Brin (à direita). Em suma, o príncipe saudita, o atual CEO da Google e o seu cofundador, respetivamente. Uma imagem, pertencente à Getty Images e utilizada pela Business Insider para resumir a postura da Google perante a recente onde de controvérsia envolvendo esta app.

A Absher continuará na Google Play Store

Contrariando os apelos de organizações humanitárias, representantes políticos e parte da sociedade civil, a aplicação continuará disponível para dispositivos móveis Android. De acordo com o relato da fonte supracitada, após investigação, a Google não encontrou motivos para remover a aplicação.

Entre as várias funcionalidades desta aplicação para Android e dispositivos Apple (iOS), está a de seguir os movimentos das mulheres. Além de poderem restringir a sua saída (ou entrada) no país, aplicando-se o mesmo aos demais dependentes.

A decisão de não remover a aplicação Absher da Google Play Store vem no seguimento de uma carta assinada por mais de 12 membros do Congresso dos Estados Unidos da América. No documento supracitado, os representantes políticos solicitavam à Google e à Apple que não promovessem este tipo de ferramentas.

A app está disponível para Android e Apple (iOS)

Apelando diretamente a Tim Cook (CEO) da Apple, bem como a Sundar Pichai (CEO) da Google. Contudo, até ao momento nenhuma das gigantes tecnológica acatou estas preocupações.

Por sua vez, Tim Cook afirmou que a Apple está a encetar um inquérito. Aqui com o intuito de avaliar exatamente o que é que a aplicação consegue fazer e, em última instância, se isso viola as suas regras e disposições. Entretanto, a Google levou a cabo o mesmo procedimento, não encontrando motivos para a remover.

A Amnistia Internacional é apenas uma das organizações internacionais que almejam ver esta aplicação removida de ambas as plataformas. As suas preocupações residem na capacidade de a aplicação registar os movimentos das mulheres do agregado familiar. Aqui bem como a possibilidade de restringir os seus movimentos. Ao mesmo tempo e por todo o mundo, o repúdio pela Absher foi amplamente noticiado.

Por fim, os detalhes da aplicação já foram detalhados em ocasião anterior. Assim sendo, podemos daqui retirar que, para a tecnológica de Mountain View, a Absher não viola as regras da Play Store. Agora, resta apenas conhecer a decisão final da tecnológica de Cupertino, a Apple.

Aguardamos assim pela pronúncia da empresa liderada por Tim Cook.

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