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Google Duplex – E se recebesse uma chamada de uma inteligência artificial?

A inteligência artificial está cada vez mais desenvolvida e com melhores capacidades para interagir com os humanos.

Durante a Google I/O, Sundar Pichai apresentou uma nova componente do seu assistente, o Google Duplex, uma funcionalidade que permite à inteligência artificial fazer chamadas.


Nos últimos tempos, a inteligência artificial tem sido uma das áreas mais trabalhadas, levando a grandes evoluções. Se nos assistentes virtuais é onde esta tecnologia mais se destaca, a verdade é que hoje está presente em cada vez mais componentes, como é o caso do machine learning e das câmaras dos smartphones mais recentes.

Durante a Google I/O, a gigante americana mostrou mais uma inovação nesta área, oferecendo agora a possibilidade à sua inteligência artificial de realizar chamadas como se de um humano se tratasse.

 

Google Duplex – Inteligência artificial que fala como um humano

A Google é uma das marcas que mais tem apostado no desenvolvimento das inteligências artificias e o novo Google Duplex é a prova disso.

Durante o Google I/O, 35 minutos depois de iniciar a sua apresentação, Sunda Pichai, CEO da Google, surpreendeu todos os presentes ao pedir ao assistente virtual que marcasse um corte de cabelo e esta ter respondido à letra.

Seguiu-se então a demonstração do novo Google Duplex, com a inteligência artificial a fazer uma chamada para um salão de cabeleireiro e a interagir como se um humano se tratasse de forma a marcar o corte de cabelo. Depois foi também apresentado um segundo exemplo, desta vez numa reserva de restaurante, onde o Google Assistant volta a ter um desempenho notável.

Durante a chamada, o Google Duplex permitiu à inteligência artificial simular de forma impercetível a conversação humana, estando até alguns pormenores como o “Hum…” e o “mmm-hmm” presentes.

 

Mas o que é o Google Duplex e como funciona?

O Google Duplex, segundo explica a Google, é um sistema conversacional composto por uma rede neural recorrente (RNN) desenvolvida com base em Tensor Flow Extended. Além disso, faz uso de tecnologia de reconhecimento automático de discurso (ASR), além de analisar vários parâmetros entende o que o interlocutor está a dizer e analisar o contexto. Para controlar a entoação, foi também usado Text to Speech (TTS) com base em Tacotron e WaveNet, tendo sido introduzidas algumas “Speech Dysfluenies” (Hum..; Mmm-Hmmm) de forma a humanizar o discurso.

Para chegar a este nível, a Google treinou o seu sistema com chamadas anónimas e em vários contextos. Assim, o assistente virtual é capaz de manter conversações autónomas sem intervenção humana, embora exista um sistema para alertar um operador humano caso a tarefa não seja completada.

De momento o Google Duplex ainda está limitado a sistemas de reservas, ajudando assim a limitar o número de cenários e questões colocadas.

 

Assustador ou fantástico?

Embora esta seja uma evolução bastante aplaudida, várias pessoas têm também protestado contra esta evolução, apelidando-a até de assustadora.

Tendo em conta que dificilmente o interlocutor se apercebe que está a falar com um robot, consideram importante que seja criado um sistema que identifique quando estas chamadas são feitas.

A verdade é que a Google deu um passo de gigante na sua inteligência artificial, sendo no entanto algo que a gigante americana tem de pensar como controlar de forma a que não seja usado com intenções menos sensatas.

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