Provavelmente nunca se falou tanto em processos judiciais promovidos pelos Estados Unidos da América contra empresas tecnológicas. Como tal e voltando à tendência, o país de Donald Trump vai entrar com um processo judicial contra a Google devido a práticas anticoncorrenciais que poderão ter prejudicado os consumidores.
De acordo com as informações, a gigante tecnológica é acusada de assumir uma posição dominante no seu motor de pesquisa e travar a concorrência.
EUA processam a Google por práticas que travaram a concorrência
Segundo a Associated Press (AP), os Estados Unidos vão processar a Google devido à posição dominante e práticas anticoncorrenciais da empresa. Uma fonte ligada ao processo contou à AP que a ação é direcionada à tecnológica no âmbito do seu motor de pesquisa. O objetivo é assim determinar se este foi ou não usado para travar a concorrência e, consequentemente, prejudicar os consumidores.
O processo será submetido nas próximas semanas pelo Departamento de Justiça norte-americano e resume-se a uma ação judicial ‘antitruste’. A Lei antitruste dos EUA visa promover uma concorrência leal entre as empresas, com intenção de beneficiar os consumidores.
Google terá sufocado a concorrência para potenciar os seus lucros
Além disso, a mesma fonte revelou à AP que o Departamento de Justiça dos EUA se encontra ainda a analisar supostas práticas de publicidade ‘online’ da Google.
A equipa de responsáveis pela área ‘atritruste’ do Departamento de Justiça informou nesta quinta-feira o procurador-geral do estado sobre a intenção deste processo contra a Google. No entanto, estão ainda a tentar obter o apoio de outros estados norte-americanos que, por sua vez, também estejam preocupados com as práticas de concorrência desleal da Google.
Assim, em termos de impacto, esta ação poderá ser a maior ofensiva governamental contra a gigante tecnológica para combater o condicionamento da concorrência. Isto quando já se passaram quase 20 anos desde o polémico caso contra a Microsoft.
Este processo conta com várias pessoas e entidades envolvidas. Os legisladores e defensores dos direitos dos consumidores acusam a Google de abusar e assumir uma posição dominante nas suas pesquisas online. E também de condicionar a publicidade para ‘esmagar’ a concorrência e potenciar as suas receitas.
Segundo as informações, a Google recusou-se a comentar ou prestar esclarecimentos em relação a este assunto. Relembramos que a empresa detém cerca de 90% do total de pesquisas na Internet. Desta forma, a gigante tecnológica consegue atrair milhões de consumidores aos seus sistemas.