Depois de um juiz ter declarado que a Google monopoliza as pesquisas, na semana passada, os Estados Unidos da América (EUA) estão a ponderar as consequências. Uma das alternativas em cima da mesa é o desmembramento da empresa, separando os seus serviços.
Na semana passada, um juiz norte-americano decidiu que a Google violou a lei antitrust, gastando milhares de milhões de dólares para criar um monopólio ilegal e tornar-se o motor de pesquisa por predefinição em todo o mundo.
Agora, os funcionários do Departamento de Justiça dos EUA estão a ponderar as consequências a aplicar à empresa, segundo três pessoas com conhecimento das conversações que envolvem a agência e os procuradores-gerais dos estados que ajudaram a apresentar o caso.
Em cima da mesa estão várias propostas, incluindo a separação da Google, como o navegador Chrome ou o sistema operativo Android para smartphones, de acordo com as mesmas fontes, que não quiseram ser identificadas, uma vez que o processo é confidencial.
Além deste, estão a ser considerados outros cenários, como forçar a Google a disponibilizar os seus dados a rivais, ou obrigá-la a abandonar acordos que tornaram o seu motor de pesquisa a opção padrão em dispositivos como o iPhone.
O Governo dos EUA estará a reunir com outras empresas e especialistas, no sentido de discutir as suas propostas para limitar o poder da Google.
Estas deliberações estão, ainda, numa fase inicial. Afinal, o juiz Amit P. Mehta do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia, que está a supervisionar o caso, pediu ao Departamento de Justiça e à Google para apresentarem um processo para determinar uma solução até ao dia 4 de setembro. Além disso, marcou uma audiência para 6 de setembro para discutir os próximos passos.
Para já, não foi tomada qualquer decisão final.