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Cruzou-se com a sua namorada no passado? O Google Maps diz-lhe

Imagine que um dia descobre que a sua namorada, ou namorado, já “fazia parte da sua vida” há muitos anos e desconhecia completamente. Imagine que todos os dias, ou algumas vezes por semana se cruzava com essa pessoas que um dia se uniria a si num compromisso matrimonial. Não é interessante do ponto de vista dada orgânica da vida? O Google Maps pode saber disso tudo de forma estratégica. Quem sabe se dessa informação não se extrairá algo… muito relevante.

Isto foi o que aconteceu a Channon Perry e ao seu namorado Dandré Pienaar. Neste natal, o casal decidiu descobrir até que ponto eles “coincidiam” antes de sair juntos. E os dados do Google têm sido muito úteis.


Antes de si, o Google Maps já tinha uma “relação” com a sua namorada

Um casal usou os dados recolhidos pelo Google Maps para saber se eles já se tinham cruzado antes de sair juntos. O casal, que partilhou uma cidade e uma universidade durante cinco anos, acabou por se conhecer através de uma aplicação de namoro.

Tendo em conta os locais comuns que frequentavam, o desafio era descobrir quantas vezes. Para isso, aproveitaram a geolocalização que acompanha muitos utilizadores que têm o GPS ativado em segundo plano. E que ferramenta melhor para rever esses dados do que o histórico de localização do Google. Um mapa exaustivo de onde estivemos em todos os momentos.

O mais interessante desta experiência é que qualquer casal com o histórico de localização ativado e algum código pode usá-lo. Para isso, Perry oferece-nos todos os detalhes numa página da web dedicada.

O que é considerado uma “correspondência”

O primeiro passo foi solicitar e descarregar estes dados via Google Takeout. Esta é a ferramenta do Google que permite obter para o seu lado estes dados por forma a poder trabalhar diretamente com eles. O download do Google Maps traz ficheiros JSON, que contêm detalhes sobre os horários e locais de cada data.

O segundo ponto foi marcar uma área a pesquisar. Foi escolhido um raio de 111 metros, para conseguir uma boa qualidade de proximidade, mas também uma quantidade suficiente de dados. Quanto ao local, marcaram o início em 2015, quando se mudaram para a Cidade do Cabo, África do Sul. Quanto ao tempo que tiveram que ficar em cada zona, foram 10 minutos. Com estes parâmetros, eles poderiam começar a comparar os registos.

Na imagem 1 em cima podemos ver o resultado de onde cada um estava, obtido através do código que Channon Perry disponibiliza no seu site e que qualquer interessado pode replicar.

O casal deve ter-se cruzado mais de 40 vezes

A análise e o cruzamento dos dados permitiram algumas conclusões. Em primeiro lugar, os dados dela eram muito mais precisos (98% atendiam aos requisitos), enquanto os de Dan eram mais imprecisos (45%). Uma diferença que se atribui ao facto de que nem sempre ele teria os dados moveis e/ou a sua localização ativa ligada.

Contudo, no total, foram conseguidas 2729 coordenadas, algumas das quais muito semelhantes entre os dois. Ou seja, houve momentos em que praticamente coincidiram. Especificamente, na universidade eles coincidiram até 33 vezes. Sempre dentro dos parâmetros de pelo menos 10 minutos e 111 metros de distância. Não foi o único local, pois no bar do edifício das ciências sociais também se verificam algumas coincidências. O resultado é que o casal deve ter-se cruzado cerca de 41,25 vezes.

Ter a geolocalização ativada abre as portas para este tipo de experiências. Normalmente, a geolocalização é um assunto muito pessoal, mas com o namorado ou namorada pode fazer sentido partilhá-la. Aí já depende do nível de privacidade que cada um quer estabelecer.

Para aquelas pessoas que não se importam em partilhar a sua localização com o Google, também têm a possibilidade de realizar investigações curiosas como a deste casal.

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