Desde que o Supremo Tribunal anulou a decisão tomada em 1973 que legalizava a interrupção voluntária da gravidez, a Google tem trabalhado para proteger aquelas que pretendem avançar com o procedimento.
Agora, e depois de ter sido acusada de desviar utilizadores, a gigante está a rever os resultados de pesquisa do seu browser.
Em junho, os juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América decidiram anular a decisão que desde 1973 legalizava a interrupção voluntária da gravidez. Sendo mãe de um dos mais relevantes motores de pesquisa, a Google parece estar consciente do impacto que as informações que recolhe podem ter e, por isso, não ficou parada.
Conforme vimos, a Google anunciou que não irá guardar o histórico de dados de visita a clínicas de aborto e partilhou que permitirá que os funcionários que pretendem garantir o direito ao aborto mudem de estado. Apesar disto, tem sido acusada, e já o havia sido em 2018, por algumas organizações noticiosas, de desviar as mulheres que procuram abortos da sua pesquisa e dos resultados dos mapas.
Agora, e de acordo com a NBC News, por estar a ser acusada de direcionar os utilizadores para clínicas contra o aborto, a empresa está a rever os resultados do seu browser e a desenhar melhorias. Além do plano para apresentar resultados contextualizados, a Google pretende incluir etiquetas verificadas, como “Permite abortos” ou “Pode não permitir abortos”.
Estamos agora a fazer uma atualização que facilita às pessoas encontrarem locais que oferecem os serviços que pesquisaram, ou ampliarem os seus resultados para verem mais opções.
Recebemos a confirmação de que os locais oferecem um determinado serviço de várias formas, incluindo telefonar regular e diretamente às empresas e trabalhar com fontes de dados autorizadas. Seguimos o nosso processo padrão de teste e avaliação para confirmar que estas atualizações são mais úteis para as pessoas.
Explicou a Google num comunicado.
Caso não exista uma clínica disposta a realizar abortos perto do utilizador que estiver a fazer a pesquisa, a Google avisá-lo-á e disponibilizará a opção para “procurar mais longe”.
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