Pplware

Unboxing – Microsoft Surface

O Surface já está disponível nas lojas por todo o país e instaurou-se a euforia de o testar “ao vivo e a cores” para, de alguma forma, identificar e associar tudo o que tem vindo a público desde o seu lançamento oficial internacional em Novembro passado. Aliás, nesse mês tivemos contacto com o Surface e demos uma opinião preliminar, mas ainda com muito detalhe por abordar.

Hoje foi dia de visita à Microsoft, para falar um pouco sobre o Surface, e trouxemos um exemplar para testar minuciosamente até ao mais ínfimo detalhe, desmontar o “enigma” e tirar todo o potencial do Windows RT.

“Somos uma empresa de dispositivos e serviços”, Steve Ballmer – É esta a ideia que deu vida ao Surface. O Surface é o primeiro “computador” concebido integralmente pela Microsoft e expõe-se como um dispositivo de entretenimento e trabalho num só.

Com o Surface é realmente possível trabalhar com dignidade pois tudo foi pensado para ser usado tal como se fosse um portátil/netbook e simultâneamente um tablet. Não há igual “out of the box” no mercado.

 

Primeiras impressões

É uma autêntica peça de arte. Tem uma qualidade de construção soberba, um aspecto sólido, robusto e é perfeitamente notório que cada pormenor foi pensado com muito cuidado.

A firmeza com que o Kickstand – pequeno suporte integrado – abre e fecha, a facilidade com que se liga o teclado táctil Touch Cover – que se une facilmente com recurso à atracção magnética – e a simplicidade com que se liga o carregador de bateria, com recurso também a atracção magnética e com dupla posição, são pormenores que brilham neste tablet Microsoft.

Pensando na capa táctil como sendo uma simples capa (imaginando que não tem teclado e TouchPad), é engenhosa a forma como ambos deixam de funcionar quando a capa se dobra para trás do Surface (tal como se utiliza a Smart Cover no iPad, por exemplo). Assim que é retomada a posição normal de escrita o teclado retoma o funcionamento.

Não é fácil, pelo menos agora no início, escrever de forma rápida na capa táctil. Como não há qualquer curso na tecla ou feedback no toque (apenas sonoro, quando activado), há maior necessidade de olhar mais regularmente para o ecrã de modo a verificar que tudo foi escrito correctamente. Certamente que, com o hábito, este pequeno entrave será ultrapassado.

Já o teclado físico Type Cover é tal e qual um teclado de um netbook, claro está, adaptado ao Windows RT. Neste é igualmente detectado o ângulo de abertura e desactiva-se automaticamente como referido em relação ao teclado táctil. No entanto, devido a ser de plástico rígido no lado das teclas, faz alguma confusão que, quando fechado, esteja permanentemente em contacto com o ecrã do tablet. Não é que o ecrã se danifique com isso (em princípio), pois está protegido com Gorilla Glass 2, mas são duas superfícies rígidas em contacto permanente e não completamente fixo, quando em transporte, e dá a impressão que o plástico aveludado do teclado se venha a danificar com o tempo… Atenção, é só a “impressão”.

De resto, as características já foram referidas várias vezes no Pplware, aqui e aqui: em resumo tem um ecrã de 10.6″ de resolução 1366×768 píxeis, processador ARM Nvidia Tegra 3, ligações mini-HDMI, microSD, USB e jack 3.5mm e uma construção numa liga de magnésio inovadora apelidada de VaporMg.

 

O Windows RT

A fluidez e velocidade com que tudo acontece é bastante interessante. Todos os gestos disponíveis (fechar aplicação, trocar de aplicação, abrir Charms Bar, abrir menu, etc), existentes também em qualquer Windows 8 com uma entrada táctil, são “um must” na navegação por toda a interface. A aprendizagem na sua utilização é bastante rápida e intuitiva.

Ao fazer o login com uma conta Microsoft já configurada, no meu caso que já utilizo Windows 8 no portátil e desktop, são sincronizadas várias definições e configurações do sistema, mas não tantas como eventualmente poderá esperar. No meu caso notei a imagem do ecrã de bloqueio, wallpaper, configurações de idioma, configurações de todas as apps nativas com interface moderna (email, calendário, pessoas, fotografias, meteorologia, etc, etc) e posição da barra de tarefas no modo Ambiente de Trabalho. Mais informação aqui.

Eu falei em Ambiente de Trabalho?! Sim, isso mesmo.

O vulgar ambiente de trabalho do Windows 8 também existe no Windows RT e é aí que surge a vertente mais direccionada a trabalho. O Office, já pré-instalado no Surface e pronto a receber actualizações pelo Windows Update, poderá ser utilizado tal e qual o é num qualquer PC. Estão também disponíveis todas as aplicações que existem por omissão no Windows: explorador do Windows, Calculadora, Gestor de Tarefas, Painel de Controlo, Paint, Linha de Comandos, Windows Defender, etc, etc.

Dada a necessidade de compilação para o processador ARM, aqui não será possível instalar nenhuma dos milhões de aplicações que existem para Windows e apenas é possível instalar aplicações a partir da loja de aplicações Windows Store… É neste ponto que o Surface Pro será rei, dado o seu processador x86_64 Intel Core i5 e total compatibilidade com as aplicações já existentes para Windows. Mas brevemente voltarei a tocar neste assunto para revelar uma bela surpresa neste Surface Windows RT 🙂


Esta é a informação que podemos transmitir para já. Não há ainda noção de pormenores como autonomia, comportamento noutras situações do dia-a-dia, resposta após utilização prolongada, etc. Tudo será agora objecto de análise e, assim que estejam reunidas condições, apresentaremos a derradeira análise.

Poderá adquirir o Microsoft Surface Windows RT nas lojas Worten, FNAC e na loja online da Microsoft. Em Portugal estão disponíveis as capas tácteis de cor preta, branca e azul. Está também disponível um conjunto de acessórios como bolsas, cabos adaptadores, protecções de ecrã, etc.

Quanto ao Surface Pro, ainda não existe qualquer previsão de chegada ao mercado nacional.

Microsoft Surface  

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