As fritadeiras sem óleo estão por todo o lado, sendo o eletrodoméstico tendência deste ano. Como qualquer novidade que se massifica, surgem dúvidas, relativamente à segurança, bem como ao resultado, havendo quem questiona se, de facto, valerá a pena adquirir uma airfryer, seja já na Black Friday ou, por exemplo, no Natal, que chegará num ápice.
Chegaram com a promessa de que cozinhavam fritos sem óleo e, rapidamente, ocuparam as bancadas de muitas cozinhas, pelo mundo. Aliás, poucos serão aqueles que não têm sequer curiosidade em experimentar as batatas fritas da airfryer, ou os bolos, ou os panados, ou tudo aquilo que ela, também, promete fazer com mestria e, mais ainda, de forma mais saudável.
Se está a ponderar comprar uma airfryer nesta Black Friday ou guardar a oportunidade para o Natal, que se aproxima a passos largos, esbata algumas das dúvidas que poderão ainda persistir sobre este equipamento.
Será que cozinhar com a airfryer é, de facto, mais saudável?
A CNN Portugal falou com alguns nutricionistas e há um ponto que fica, desde logo, esclarecido. Se a fritura tradicional “consiste numa imersão total do alimento em gordura”, na airfryer “apenas é adicionada uma pequena porção de gordura para a confeção”. Assim sendo, segundo explicou Joana Bernardo, nutricionista da Fisiogaspar, ao órgão de comunicação, torna-se, sim, numa alternativa mais saudável.
Para Daniela Duarte, nutricionista da Agita Kalorias, menos gordura é uma boa notícia e um alimento que não é mergulhado em gordura será, por certo, melhor. Além disso, a mesma profissional esclareceu que “há uma maior tendência para a utilização do azeite, que é uma gordura mais interessante”.
De qualquer modo, dependerá sempre do alimento que se vai cozinhar, pois este não se torna, automaticamente, saudável, por ser confecionado na airfryer.
E o cancro de que todos falam?
Os eletrodomésticos são, hoje, imprescindíveis nas cozinhas, havendo uma incontável série deles, para os mais variados fins. A muitos já foi atribuído o rótulo de provocar cancro.
Com a airfryer não foi diferente e, portanto, é uma dúvida que persiste: será que a fritadeira sem óleo provoca cancro?
Primeiro, trata-se sempre de uma pergunta com pano para mangas, não sendo a resposta cientificamente linear, na maioria dos casos.
Depois, neste caso, à semelhança de outros, é nos alimentos que reside a culpa e não no equipamento, diretamente.
De facto, a airfryer pode promover a libertação de acrilamida, quando os alimentos são expostos a altas temperaturas.
A acrilamida é uma substância presente nos alimentos ricos em amido, açúcares e aminoácidos quando preparados em temperaturas acima de 120 °C.
Disse Daniela Duarte, à CNN Portugal, recordando que acima dos 180 °C surgem “outros compostos prejudiciais”.
Contudo, assim como a airfryer, também o forno, a tostadeira ou a torradeira podem provocar cancro, no sentido em que submetem os alimentos a altas temperaturas.
As nutricionistas deixaram, então, conselhos para a utilização da airfryer:
- Atentar a frequência de utilização, combinando a airfryer com outros métodos de confeção;
- Evitar cozinhar demasiado os alimentos, não esperando um aspeto torrado;
- Não ingerir alimentos escuros ou queimados;
- Evitar que a temperatura da confeção vá além dos 175 °C;
- Utilizar a menor quantidade de gordura possível, tentando optar por alternativas em spray, para que a distribuição seja uniforme;
- Garantir uma limpeza regular da airfryer.
Com estas dicas em mente, faz sentido que a airfryer permaneça na sua lista de compras, pois irá, certamente, facilitar alguns processos e levar praticidade (e sabor) para a sua cozinha.