No passado dia 24 de maio, a DJI apresentou aquele que é, até hoje, o drone mais pequeno da marca chinesa, o DJI Spark.
Depois de nos ter deixado com “água na boca”, o Pplware foi convidado a ir a Paris experimentar este novo drone.
A DJI é uma empresa chinesa que se tem destacado, desde cedo, pela qualidade dos seus drones. Dentro do seu longo portefólio de produtos, podemos destacar os modelos Inspire, mais virados para a indústria cinematográfica, os Phantom e o Mavic Pro.
Depois de desafiar a mobilidade no mundo dos drones com o lançamento, no ano passado, do Mavic Pro, que já tivemos o prazer de analisar, não se esperava que fosse possível reduzir ainda mais o tamanho num futuro próximo. Mas, na verdade, a DJI voltou a surpreender, lançado o DJI Spark, um drone mais pequeno que o Mavic Pro, mas que mantém grande parte das mais valias deste.
O DJI Spark apresenta-se como um drone fácil de usar e com um conceito de “Mini Camera Drone”, capaz de descolar da palma da mão e registar rapidamente momentos especiais da sua vida. Além disso, é fácil de transportar quer pelo seu tamanho, cabendo facilmente numa mala, como pelo seu peso de 300 gramas.
Novas formas de pilotagem e novos modos inteligentes de voo
Embora dotado de alguns sensores presentes no Mavic Pro, a grande novidade vai para o controlo por gestos. Neste modo podemos tirar selfies, chamar o drone de volta para a mão ou, através do PalmControl, também conhecido por “Modo Jedi”, controlar o Spark com a palma da mão.
Além do modo de controlo por gestos, o DJI Spark introduz ainda o QuickShot intelligent Flight Mode que permite criar, através de diversos movimentos pré-definidos, pequenos vídeos de 10 segundos prontos a ser partilhados nas redes sociais. Além disso, dispõe ainda dos tradicionais modos de Active Track e TapFly, onde foram introduzidas algumas novidades e melhorias.
Qualidade de gravação e fotografia não foi descurada
Embora as dimensões diminuam, não quer dizer que a qualidade de gravação seja muito afetada. Embora a resolução de gravação seja reduzida para os 1080p, o DJI Spark está equipado com uma câmara com sensor CMOS 1/2.3″ de 12 MP. O Gimbal mecânico é de apenas 2 eixos, uma clara regressão quando comparado com o Mavic Pro, mas é suportado pela tecnologia UltraSmooth que promete reduzir a vibração na gravação.
Bateria, sensores e outras adições
Tal como já nos tem acostumado noutros drones, a DJI equipou o Spark com alguns das melhores tecnologias do momento como o Flight Autonomy System composto por uma câmara principal, um sistema de visão voltado para baixo, um sistema de sensores 3D frontal, GPS dual-band, Glonass, um medidor de inércia de alto desempenho, e 24 cores para processamento. Este sistema permite ao Spark subir até aos 30 metros, com a ajuda do sistema de visão assistida, e um reconhecimento de obstáculos pela parte frontal até uma distância de 5 metros.
Adicionalmente, este drone tem uma autonomia de voo de 16 minutos, atinge, em modo Sport, uma velocidade de 50 Km/h e permite transmitir em FPV com qualidade de 720p num raio de cerca de 2 km. Na realidade, pelas normas CE, apenas vai ser possível voar com este drone num raio de 500 metros.
E como se comporta o DJI Spark na realidade?
Embora as característica sejam fantásticas no papel, chegamos àquela fase em que nos questionamos se o Spark se comporta realmente como promete, ou se o controlo por gestos ou o PalmControl é realmente preciso e útil.
Como para responder a essas perguntas não existe nada como experimentar o drone, foi mesmo nesse sentido que a DJI nos convidou para estarmos presentes durante o dia de hoje em Paris para testarmos o DJI Spark com as nossas mãos.
Pela demonstração feita pela DJI, como se pode ver no vídeo, o controlo por gestos é realmente surpreendente. O Spark consegue reconhecer com boa qualidade a palma da mão e corresponde de forma assertiva a todos os movimentos.
Depois de termos o drone na nossa mão e de o podermos testar por uns momentos, existem alguns pontos que deverão ser referidos.
A nível de dimensões e peso, este é um drone muito bem pensado e desenhado, sendo fácil de arrumar e levar para qualquer lado. Com as suas dimensões reduzidas, é fácil colocá-lo numa mala, podendo levá-lo para qualquer lado.
Embora não houvesse vento durante o nosso teste, consegue-se perceber que a DJI desenvolveu um drone que mantém uma boa estabilidade quando está no ar, tendo para isso a ajuda dos vários sensores inteligentes que o compõe. O voo é estável, responde bem aos comandos e a qualidade de gravação está dentro do que foi prometido.
Quanto ao controlo por gestos, após testarmos, concluímos que ainda falta um longo caminho até este sistema atingir a maturidade. Embora o “modo jedi” funcione de forma satisfatória, com o drone a seguir bem a palma da mão, existem outros gestos, como o gesto para que o drone se afaste e suba, que não estão a responder bem como esperado. Este problema poderá ser resolvido num futuro próximo com as atualizações que irão ser lançadas pela marca.
Para controlar o DJI Spark, eu recomendo o uso do comando, deixando apenas o controlo pela palma da mão para “mostrar aos amigos” e o controlo com o smartphone para quando queremos fazer uma filmagem bastante simples.
No geral, a DJI conseguiu mais uma vez surpreender, principalmente no fator relação tamanho/tecnologia incluída. Embora já seja um bom drone, as atualizações irão decerto tornar o Spark mais maduro.
Preço
O DJI Spark pode ser adquirido a partir de 500€, onde está incluído o drone, uma bateria, o carregador USB e três pares de propulsores. Embora possa controlar o drone por controlo de gestos ou com o smartphone, existe um comando que tem de ser adquirido à parte ou no pack combo. Este pack completo está disponível a partir de 700€ e inclui o drone, uma bateria extra, um hub de carga, propulsores, protetor de propulsores, um comando e uma mala.