Xavion é uma aplicação para iPad que aterra um avião numa emergência
A integração de aplicações e dispositivos móveis em sistemas críticos começa a ser uma constante, na sua maioria para servir de suporte a situações de emergência ou simplesmente para monitorizar o seu desempenho.
Esta mistura e dependência começa a ser cada vez maior, mas surgem agora as primeiras integrações em sistemas que usamos com alguma frequência.
Um perfeito exemplo desta integração surge agora na forma de uma aplicação para iPad que permite aterrar um avião de forma totalmente autónoma, em caso de problemas.
O Xavion é uma aplicação criada pela empresa que já tinha trazido o X-Plane, um dos melhores simuladores de voo que existe, e se dedica a apresentar ao piloto de qualquer avião monomotor os instrumentos que estão na sua cabine de voo.
A ideia do Xavion é garantir que em caso de uma qualquer falha de um dos instrumentos, estes possam ser apresentados directamente no iPad.
Esta forma garante uma redundância a falhas e a problemas que possam surgir durante um qualquer voo. A forma de ligação do Xavion ao avião é feita com recurso à rede Wi-Fi que o sistema de voo automático do sistema TruTrak disponibiliza.
Mas o Xavion tem ainda uma capacidade extra, e que resulta de toda a experiência que a equipa que o criou tem acumulado com os anos de desenvolvimento do X-Plane.
É capaz de, em caso de falha de um componente vital, o motor, por exemplo, dar informações específicas ao piloto relativas ao local mais indicado para aterrar, não escolhendo apenas o mais próximo mas sim aquele que, somadas as diferentes variáveis, apresenta a melhor e mais segura alternativa.
Em casos extremos e se o piloto assim o desejar, o Xavion tem a capacidade de aterrar ele próprio o avião, usando toda a informação que está a recolher do sistema de voo automático TruTrak.
Sempre disponibilizando a autonomia necessária, o Xavion permite que o piloto vá ajustando os parâmetros necessários para que a aterragem seja o mais suave e bem sucedida possível.
Este não é ainda um sistema perfeito e requer ainda a aprovação por parte das agências que regulam a aviação comercial, mas mostra-se já perfeitamente capaz de ajudar qualquer piloto em situações de emergência, desde a mais simples e básica substituição de instrumentos de voo até à muito mais complicada e exigente tarefa de aterrar um avião sem qualquer motor em funcionamento.
Estes passos que vão sendo dados permitem que se criem sistemas que vão ajudar todos em momentos críticos e que requerem a intervenção de um sistema automatizado e com uma capacidade de dar respostas rápidas e decisivas em situações de emergência.
