Já falámos algumas vezes sobre as memórias RAM e ROM e referimos o quanto são importantes no mundo da informática. Podemos ver aqui a evolução da memória RAM que nos dá um panorama do que tem sido o desenvolvimento deste componente.
Todos sabem que a memória somente de leitura (ROM) garante que nossos computadores e smartphones saibam inicializar. Já a memória de acesso aleatório (RAM), permite-nos executar tarefas nesses dispositivos. Mas, agora há um terceiro tipo de memória de computador em cena e é capaz de fazer tudo por conta própria, até ir um pouco mais além.
Vem aí uma nova memória para acabar com a RAM e a ROM
Está em desenvolvimento um novo conceito, até porque a RAM e a ROM não estão a evoluir como se poderia esperar. Está assim no laboratório uma memória de porta semi-flutuante baseada em heteroestruturas de van der Waals para aplicações quase não voláteis
Esta memória é o trabalho de cientistas da Universidade de Fudan, em Xangai, que publicaram recentemente um estudo sobre a nova tecnologia na revista Nature Nanotechnology .
Mas qual a necessidade de criar um novo tipo de memória?
Esta questão é pertinente e leva-nos para o paradigma do copo meio cheio e meio vazio. Isto porque a história diz-nos que nem a RAM nem a ROM são perfeitas por si só. Enquanto os sistemas podem ter acesso rapidamente aos dados armazenados na memória de acesso aleatório (RAM), no minuto em que o utilizador desliga o dispositivo, a RAM perde todos esses dados.
Num exemplo simples, e em grosso modo, pense num documento do Word que não está salvo (quantas vezes não lhe acontece isso?). O documento está lá enquanto o utilizador está a usar o seu computador porque a RAM está a guardar dados do Word. Se o seu computador se desligar de repente, vai perder o seu documento. Quem diz o Word diz muitos outros programas que usa.
Podemos perceber neste vídeo do que estamos a falar:
Já no caso dos dados armazenados na ROM, estes são permanentes. O problema é que o seu computador não pode gravar dados na ROM tão rapidamente.
Investigadores chineses dizem que o novo tipo de memória não é apenas o melhor dos dois mundos, mas uma melhoria do par: esta nova memória permite que o utilizador decida por quanto tempo deseja que a memória armazene os dados.
As pessoas no futuro podem receber um disco no qual os dados só são efetivos por, digamos, três dias, o que eleva a segurança da informação.
Referiu o investigador responsável, Zhang Wei, ao China Daily.
Esse recurso extra pode tornar o novo tipo de armazenamento no computador num forte concorrente no mercado da RAM e ROM, mas os investigadores não comentam quando isso poderá acontecer.
As pessoas também podem ter flash drives feitas sob medida com a nova tecnologia de armazenamento. Os dados armazenados no interior serão esvaziados regularmente num horário determinado.
Referem os investigadores.
Claro que esta nova memória ainda está em fase de testes e demorará… algum tempo a chegar ao mercado. Até lá, a RAM e a ROM continuarão o seu reinado como o “casal inseparável” do mundo da computação. Pese o facto de não serem um casal perfeito… é o que temos.