A lista de países que viraram as costas à Rússia já vai bastante longa, uma atitude que começou a acontecer praticamente logo após os primeiros momentos da invasão do país de Vladimir Putin à Ucrânia.
Desta forma o nome mais recente a juntar-se a este conjunto de marcas foi a Nokia, que anunciou oficialmente que vai então suspender os seus negócios na Rússia.
Nokia vai abandonar a Rússia
O dia desta terça-feira (12) começou com o anúncio da Nokia de que iria também ela suspender os seus negócios na Rússia, devido à guerra contra a Ucrânia.
A popular empresa finlandesa de equipamentos e de telecomunicações vai então sair do mercado russo, seguindo assim os passos da sua concorrente sueca Ericsson, que também fez o mesmo anúncio na segunda-feira (11). E apesar de muitas outras empresas terem ‘apenas’ implementado sanções ao país de Vladimir Putin, a Nokia afirmou que deixar a Rússia era a única opção.
Numa entrevistam, o CEO da marca, Pekka Lundmark, referiu que:
Simplesmente não vemos nenhuma possibilidade de continuar no país com as atuais circunstâncias.
O executivo acrescentou ainda que a Nokia vai continua a apoiar os seus clientes durante a saída da Rússia, mas ainda não conseguiu dizer com certeza quanto tempo vai demorar até que a retirada esteja concluída.
Por outro lado, a Nokia entende que esta decisão poderá não afetar as suas perspetivas para este ano de 2022. Além disso, adiantou que as provisões para o primeiro trimestre devem rondar os 100 milhões de euros.
No entanto, de acordo com o CEO, a saída da Rússia deverá afetar cerca de 2.000 trabalhadores, sendo que muitos desses poderão ter ofertas de trabalho noutros países. A empresa conta com cerca de 90.000 funcionários em todo o mundo. E segundo o executivo:
Muito teria que mudar antes que seja possível considerar novamente fazer negócios no país.
Desta forma, a Nokia e a Ericsson juntam-se agora à vasta lista de outras marcas, especialmente do ramo tecnológico, que estão a mostrar o cartão vermelho à invasiva da Rússia contra a Ucrânia, a qual já dura há quase dois meses. Curiosamente, recentemente a Rússia também mostrou que não concorda com o interesse da Finlândia e da Suécia em aderir à aliança da NATO.