Apesar de a Intel liderar praticamente à vontade o mercado dos processadores, não há dúvida nenhuma de que a AMD está a fazer um excelente trabalho para se tornar numa concorrente de peso. E a fabricante gerida por Lisa Su está cada vez mais envolvida em projetos de grande importância.
Segundo dados recentes, a Netflix irá usar os processadores Epyc Rome da AMD nos seus servidores. Os detalhes revelam que com estes equipamentos, a empresa de streaming é então capaz de alcançar 400 Gb/s de largura de banda.
Netflix usa CPUs AMD Epyc nos seus servidores
Durante uma recente apresentação financeira, a AMD falou sobre o crescimento da sua participação quanto aos seus CPUs Epyc em servidores. E agora foi a Netflix, durante uma apresentação no evento EuroBSD 2021, que adiantou estar a usar os processadores Epyc Rome nos seus servidores. Desta forma, a empresa de streaming de conteúdos torna-se capaz de atingir 400 Gb/s de largura de banda.
De acordo com as informações divulgadas, antes desta mudança, em 2020, a Netflix conseguia alcançar 200 Gb/s de largura de banda nos seus servidores. Esta mudança foi anunciada em 2019, quando a empresa ainda usava sistemas baseados em Intel Xeon dual-socket.
A Netflix vai então começar a usar o novo processador AMD Epyc 7502P baseado na arquitetura Zen 2 de 7nm. Este modelo conta com 32 núcleos, 64 threads, um clock base de 2.5 GHz e boost de 3.35 GHz. Tem um TDP de 180 W e 128 MB de memória cache L3. Conta ainda com 256 GB de memória RAM DDR4 @ 150 Gb/s e até 128 linhas PCIe Gen 4.
Para além dos sistemas baseados no Epyc, a Netflix irá também usar dois adaptadores de rede Mellanox ConnectX-6 DX da Nvidia, capazes de alcançar uma ligação de 200 Gb/s. Já para o armazenamento conta com 18 discos SSD Western Digital SN720 NVME, cada um com 2 TB, o que totaliza 36 TB por servidor.
Mas a Netflix irá usar uma tecnologia designada NUMA (Non Uniform Memory Architecture) para contornar a questão de apenas conseguir oferecer uma largura de banda consoante a largura de banda da memória. A NUMA vai permitir que a RAM e outros dispositivos estejam mais próximos dos núcleos do CPU. Assim, os servidores da plataforma conseguem atingir 400 Gb/s em streaming de vídeo.
Caso pretenda conhecer mais a fundo esta novidade da Netflix, pode ler todas as 97 páginas do PDF onde se encontra toda a informação.
No entanto ainda não ficou claro se esta alteração já foi realizada ou se ainda está em fase de testes.