O mundo da Inteligência Artificial torna-se mais sofisticado dia após dia. Novos algoritmos são criados e os agentes tornam-se capazes de realizar operações ainda mais complexas.
Ainda assim, uma das grandes limitações que cientistas e investigadores enfrentam está relacionada com as limitações impostas pelo hardware. Nem sempre os computadores são suficientemente poderosos para executar certo tipo de algoritmos. A Intel quer mudar isso com o seu novo chip.
Loihi e Inteligência Artificial
Numa tentativa de tentar ajudar a resolver as limitações de hardware dedicado à Inteligência Artificial, a Intel anunciou um novo chip neuromórfico chamado Loihi, cujo propósito principal é imitar funções cerebrais ao aprender características do seu próprio ambiente.
Esta nova peça de hardware desenvolvida pela Intel possui circuitos especiais que têm a capacidade de recriar a mecânica básica do cérebro. Na verdade, estes circuitos requerem menos poder computacional ao mesmo tempo que tornam algoritmos de Machine Learning mais eficientes.
Como funciona o novo chip da Intel?
Estes chips podem ser usados para acelerar complexos algoritmos de decisão. Além disso têm a capacidade para aprender a partir de experiência e de se adaptar/melhorar ao longo do tempo.
De facto, o novo chip neuromórfico da Intel pretende funcionar da mesma forma que os neurónios no nosso cérebro funcionam para ser capaz de aprender a partir de padrões e associação de dados. Isto permite que as máquinas se tornem autónomas, (tal como nós) não precisando assim de uma atualização para se readaptarem a uma nova realidade.
Mas o Loihi pode ser utilizado para vários fins para além de Inteligência Artificial. Mostrando qual deve ser a norma em várias situações, é possível utiliza-lo para detetar anomalias nas mais variadas áreas. Por exemplo, monitorizar o ritmo cardíaco para ajudar a evitar enfartes ou verificar a fluidez de dados para evitar ataques de Hacking.
Investigadores da Intel mostraram que a taxa de aprendizagem do novo chip é 1 milhão de vezes superior comparada aos típicos conjuntos neurais. Além disso, consegue ser 1000 vezes mais eficiente energicamente, quando comparado com sistemas usados para sistemas de treino em Inteligência Artificial.
O chip Loihi da Intel será mostrado em várias universidades e centros de investigação no ramo da Inteligência Artificial durante o primeiro semestre de 2018.