… pretendendo utilizá-lo não só em smartphones mas também em tablets.
A mais recente versão do Android, 4.1 Jelly Bean, trouxe melhorias significativas nos “pilares” que suportam este sistema operativo.
Pelos vistos a Intel gostou desses desenvolvimentos e anunciou, há alguns dias, que está a trabalhar na adaptação (port) do Android 4.1 para processadores Atom de baixa potência.
O objectivo da Intel é, obviamente, permitir que smartphones e tablets com processadores Atom sejam capazes de correr o sistema operativo móvel da Google, permitindo assim projectar e potenciar o seu produto, com bastante mais facilidade dada a popularidade do Android. Não são conhecidas datas de conclusão do processo ou mesmo qualquer previsão de disponibilidade de equipamentos Atom com Android 4.1 no mercado.
Segundo a porta-voz da Intel, Suzy Greenberg, “a Intel continua a trabalhar junto da Google para permitir novas versões de Android, incluindo a Jelly Bean, na família de processadores Atom de baixa potência”.
Existem já smartphones (escassos) equipados com os chips Intel e com a versão 2.3 do Android, nos quais está também prevista a actualização para a versão 4.0, também sem qualquer data definida.
A presença da Intel no mercado de smartphones e tablets é residual. As empresas que apostaram em smartphones com chips Intel foram a Lava International, Orange e Lenovo, espera-se que a Motorola lance smartphones e tablets com chips Intel até ao final do ano e a Vizio lance um tablet de 10″ para breve. Todo o resto possui chips ARM.
Este “port” da Intel é destinado a smartphones e tablets com processadores Atom com nome de código Medfield. Os chips Intel Atom da próxima geração, com nome de código Clover Trail, estão destinados apenas para utilização com o novo sistema operativo da Microsoft, o Windows 8, prevendo-se assim expandir a sua presença, com números mais significativos, apenas com Windows 8 a correr no Clover Trail.
Actualmente, a arquitectura ARM está um passo à frente pois tem garantida a compatibilidade com toda a plataforma Android. A Intel investe ainda de forma a atrair programadores para criar aplicações Android dedicadas a processadores Atom: está a patrocinar uma competição com prémios a ascender a US$29.000 para despertar algum incentivo.
Para que tudo fique facilitado, não só para a Intel mas também para outros, a Google referiu que lançará em breve o Android PDK (Platform Development Kit) para empresas de hardware de forma a essas possam compatibilizar o sistema operativo antes de lançarem determinado dispositivo ou chipset. [via]
Será que esta é a estratégia correcta para que a Intel consiga o seu lugar neste mercado tão competitivo?