Pplware

Intel disponibiliza Android 4.4 Kitkat para CPUs a 64 bits

Depois da Apple ter informado, em Setembro de 2013, que o iPhone 5S seria o primeiro smartphone a trazer um CPU a 64 bits, a “moda” da arquitectura a 64 bits parece ser a tendência no segmento dos dispositivos móveis (um caminho idêntico ao que aconteceu com os PCs).

Depois seguiu-se a Samsung e agora são os próprios fabricantes de CPU’s, como é o caso da Intel, que anunciou uma nova versão optimizada do Android Kitkat 4.4 para CPU’s de 64 bits.

A Intel anunciou recentemente uma nova build do Android 4.4.2 Kitkat que foi optimizada para correr em processadores Intel a 64 bits. A empresa tem como principal objectivo atrair novos fabricantes de smartphones, para que possa realizar novas parcerias.

Nesta fase inicial, é possível descarregar esta versão optimizada e correr apenas em dois equipamentos: Mini PC Intel NUC ou no Ultrabook Dell XPS 12 que trazem um CPU Celeron N2820 e um Intel Core “Haswell”, respectivamente.

No entanto, em poucas palavras, a Intel referiu discretamente que esta versão do Android poderá correr em qualquer CPU recente da empresa.

Para que se perceba melhor esta questão da arquitectura dos 64 bits, considere o seguinte exemplo:

Vamos considerar que vai a uma biblioteca e solicita todos os livros sobre bicicletas. O responsável pela biblioteca tem 32 assistentes disponíveis, que se encarregam de ir buscar um desses livros…no total o responsável pela biblioteca irá receber no máximo 32 livros.

Agora imagine que há um novo pedido para livros sobre o Pplware e que o responsável pela biblioteca tem  na mesma 32 assistentes disponíveis. No total a biblioteca tem 65 livros o que implica 3 “viagens“ (consideremos o termo “ciclos” dos assistentes.

Agora imagine que o responsável pela biblioteca tem 64 assistentes disponíveis. Neste caso, sendo feito um pedido para livros sobre o Pplware, apenas serão necessárias 2 ciclos para trazer os 65 livros.

Resumo: Isto quer dizer que, com mais assistentes, a velocidade de entrega dos livros a quem solicita é ligeiramente mais rápido. Fazendo umas contas rápidas, se tivéssemos 256 livros e 32 assistentes, então seriam necessários 8 ciclos. No caso de termos 64 assistentes, apenas seriam necessário 4 ciclos.

No caso dos sistemas computacionais, o funcionamento é idêntico. Um iPhone a 32 bits apenas consegue obter 32 bits de dados por cada ciclo…já com 64 bits o sistema consegue num máximo 64 bits de dados, o que evita menos operações de transferência de dados entre disco/RAM. De referir que se um  sistema de 64 bits necessitar de ir obter informação menor ou igual a 32 bits…então não haverá diferenças significativas em usar um sistema a 32 ou 64 bits.

Além do espaço de endereçamento, há  outras questões importantíssimas como a precisão, inerente ao tamanho dos registos (inteiros e de vírgula flutuante), e endereços/caminhos de dados (não necessariamente na RAM, mas na ALU).

A Intel referiu ainda que está em desenvolvimento um trabalho adicional, como o objectivo de optimizar o código para que a plataforma suporte HTML 5, JavaScript, WebKit, V8, e Dalvik. Esta versão agora disponibilizada é “64-bit ready.” Como sabemos a Google ainda não disponibilizou qualquer versão oficial com suporte para 64 bits e nesse sentido podemos sempre testar esta versão optimizada para esta arquitectura.

A Intel tomou a iniciativa de acelerar o processo de transição do Android para 64bits, no entanto, a Google já trabalha nesta transição há alguns meses tendo, inclusive, aparecido alguns commits a confirmar.

A Google está a fazer a mudança de forma gradual em parte por causa dos principais fabricantes de SoCs ainda não terem lançado para o mercado um CPU 64bits, mas uma vez que a Intel tomou a iniciativa de fazer uma compilação em 64bits, é possível que a Google nos presenteie na próxima versão do Android os 64bits.

A par desta novidade, a Intel fez também saber, num evento que se realizou na Shenzhen – China, que irá lançar novos SoC Braswell (que serão os sucessores dos Bay Trail….passaremos assim dos 22nm para os 14nm e, segundo informações, esta família de SoC emitem menos calor).

Estes novos SoC têm como destino o segmento dos dispositivos móveis mas a Intel referiu também que podem ser usados em PC’s com Windows, Linux e Chrome OS. Os primeiros Braswell deverão chegar já em 2015.


Download:  android-4.4.2_r1-ia0


Homepage: xda-developers

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