A luta das fabricantes de impressoras contra os tinteiros não oficiais é velha e tem tomado proporções pouco normais nos últimos anos. Depois de campanhas ativas contra a sua utilização, as marcas resolveram volta-se para o software que produzem e ai criar bloqueios.
Depois do caso da HP e dos seus drivers, surgem agora novas informações de que é a Epson a tomar as mesmas medidas.
O preço da tinta de impressora é um dos bens mais caros que existe no mundo da tecnologia. As marcas sabem disse e colocam no mercado impressoras muito baratas, aproveitando depois os consumíveis para recuperar o seu investimento e ter lucros elevados.
Claro que para estes seus intentos não podem permitir a utilização de tinteiros não oficiais e recarregados. Esta sua guerra tem assumido várias formas e a mais recente passa por alterar os drivers e o firmware para detetar os tinteiros e impedir a utilização dos não oficiais.
Sabe-se agora que a Epson terá tomado este caminho também, algures no final de 2016 ou princípios de 2017. Nessa altura a empresa terá lançado uma atualização de segurança para os seus produtos, que por ter uma severidade alta terá sido instalado por muitos.
Ora essa atualização tinha na verdade outros propósitos para além da suposta correção de problemas. Do que é reportado, esta terá também bloqueado a utilização de tinteiros não oficiais e recarregados nas suas impressoras.
Esta informação foi obtida pela EFF (Electronic Frontier Foundation), que já reportou o caso às autoridades norte-americanas. Segundo a EFF, para além da posição errada, esta atitude leva a uma quebra de segurança pois os consumidores não vão instalar as atualizações se souberem que estas bloqueiam os tinteiros de terceiros, mesmo que na verdade existam correções de problemas.
Ao seguir o mesmo caminho da HP, que acabou por recuar na sua decisão, a Epson acaba por criar uma má imagem pública e expor os utilizadores dos seus equipamentos a problemas mais graves e à ausência da aplicação de medidas de segurança.