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Afinal, a Google não desistiu completamente do seu programa de robótica

A 10 de junho de 2017 a Alphabet, casa-mãe da Google, venderia a empresa Boston Dynamics ao SoftBank, porém, o interesse da Google na robótica não encontrou aí o seu fim. Ainda que deveras reduzido, a tecnológica norte-americana manteve um pequeno setor de investigação, ou programa, nesta área.

Entretanto, o mesmo foi desenvolvendo novos projetos, tal como nos conta a Google e como aponta o Times.


Assim sendo, vemos agora a gigante de Mountain View a fazer um ponto de situação neste seu discreto departamento. A ênfase atual é colocada, acima de tudo, no machine learning ou na aprendizagem das máquinas mediante algoritmos de inteligência artificial. Este é o novo laboratório de robótica da Google.

Chama-se Robotics at Google

Os robôs da Google focam-se sobretudo no desenvolvimento de software, ou melhor, no seu gradual aperfeiçoamento. Nesse sentido, são criadas máquinas (robôs) aos quais são aplicados os novos algoritmos de inteligência artificial ou IA. Algo que os ajuda a ficarem gradualmente mais versáteis e eficazes nas tarefas.

Aliás, o objetivo último do laboratório de robótica da Google é encontrar uma, ou várias, aplicações práticas para estes robôs. Por conseguinte, é através do software que pretendem distinguir o seu departamento de robótica a respetivas criações dos demais concorrentes. Software e robôs úteis no nosso mundo.

Para esse efeito, a Google encetou uma série de parcerias. Entre estas destacamos o protocolo com a universidade de Princeton, o MIT e a universidade de Columbia. Tudo isto para criar um primeiro robô, o TossingBot, uma criação que já supera os humanos com as suas capacidades de arremesso de objetos.

TossingBot, o novo robô da Google

Apelidado de TossingBot, esta criação personifica o reinventar do departamento de robótica da empresa. O seu propósito passa por arremessar uma variedade de objetos para um determinado cesto. Conseguir acertar com um objeto (A), no ponto B, o cesto em questão. Algo que parece fácil, mas que envolve diversas variáveis.

Tome-se, por exemplo, a sua aprendizagem. Na primeira tentativa o TossingBot não acertava qualquer lançamento. Porém, 14 horas depois, com muita tentativa e erro, e já temos uma taxa de 85% de cestos corretos, tudo isto graças aos algoritmos de inteligência artificial e muitas horas de processamento.

A tecnológica norte-americana explica algumas das variáveis envolvidas. Desde o pegar em diversos objetos, com várias formas e conseguir que o robô, passado algum tempo, acertasse no alvo predefinido. Algo que para nós humanos consiste em algo tão simples como atirar um papel para o caixote do lixo, mas que acabamos por falhar várias vezes.

Os algoritmos de inteligência artificial e a robótica

Em síntese, este é o primeiro robô e o primeiro projeto do novo departamento de robótica da Google, mas não é o único. A empresa revelou ainda estar a trabalhar numa criação similar a um RD-D2, capaz de navegar autonomamente entre vários espaços, mais uma vez, graças aos algoritmos de inteligência artificial.

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