Análise: Wiko Rigde 4G, a união entre o poder e a elegância

O novo Wiko Ridge 4G, o primeiro smartphone da marca a incluir um processador da Qualcomm, foi alvo de uma análise intensiva aqui no Pplware e o seu desempenho superou as expectativas.

Depois de já lhe termos mostrado o conteúdo da caixa e algumas das suas principais características, hoje apresentamos-lhe todos os pormenores relativos a este novo Wiko.

Aspectos positivos

• Opção entre Dual-SIM e Single SIM + microSD até 64 GB
• Desempenho
• Brilho e definição do ecrã
• Preço

Aspectos negativos

• Gestão e acesso a aplicações
• Falhas no sensor de proximidade
• Tempo de captura da câmara lento

Foi há pouco mais de duas semanas que a Wiko apresentou os seus dois novos smartphones, o Wiko Ridge 4G e o Wiko Ridge Fab 4G. Estes dois equipamentos são do melhor que a Wiko já colocou no mercado na gama de preços onde se insere e, finalmente, a marca começou a apostar na inclusão de processadores da Qualcomm nos seus dispositivos.

Estes dois equipamentos são muito semelhantes, pelo que as suas diferenças se prendem essencialmente com o tamanho do ecrã, já que o Wiko Ridge 4G (em análise) tem um ecrã de 5″ e o Wiko Ridge Fab 4G de 5.5″.

 

1 – Características Gerais

O Wiko Ridge 4G tem um ecrã IPS de 5 polegadas, com um resolução HD de 720×1280 píxeis, suficiente para uma boa experiência de visualização. Conta com um SoC quad-core, composto por um processador Snapdragon 410 MSM8916 Quad Core 1.2 GHz, Cortex-A53, e vem com 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento interno.

Este smartphone permite a utilização de dois cartões SIM (micro SIM e nano SIM), ou então, a utilização de um cartão micro SIM e de um microSD de forma a aumentar a capacidade de armazenamento até 64 GB.

Vem com a versão 4.4.4 do Android KitKat integrada e com uma nova interface, que começa realmente a distinguir os novos Wikos dos demais smarphones Android do mercado.

O Wiko Ridge 4G está disponível nas cores de preto/cinza, branco/dourado, preto/verde e preto/laranja.

As duas câmaras, apesar de serem um pouco lentas a capturar, conseguem resultados muito bons, sendo que a principal conta com 13 megapíxeis e a secundária com 5 megapíxeis.

Dentro da caixa vêm o Wiko Ridge 4G preto e cinzento, o carregador e o cabo USB/microUSB, os auscultadores e respectivos acessórios, adaptadores para cartões SIM e os guias de instruções rápidas.

 

2 – Hardware e Design

Os vários modelos de smartphones da Wiko têm vindo a melhorar substancialmente em termos de design e qualidade de construção, e este Wiko Ridge não é excepção.

Muito leve e fino, conta com umas dimensões de 143 x 72 x 7,5 mm e pesa 125 g. Não é, nem pretende ser, o mais fino e mais leve dos smartphones, mas as suas dimensões tornam-no bastante ergonómico.

O ecrã de 5 polegadas, com protecção Corning Gorilla Glass 3, está assente numa estrutura em plástico, com as laterais metalizadas. São estas laterais que distinguem as várias opções de cores, que no caso do modelo em preto, podem vir em cinza (em análise), em verde ou em laranja, e no caso do modelo em branco, estas laterais metalizadas vêm em dourado.

Na lateral esquerda não vem incluído qualquer botão e na direita vêm os botões de Volume e de Power. Em cima encontra-se a entrada para os auscultadores de 3,5 mm e em baixo o microfone e a porta micro USB.

Na frente, acima do ecrã vêm os sensores de luminosidade e proximidade, o LED de notificações, pequeno e cuja luz não é muito forte (algo que me agradou), encontra-se ainda o altifalante e a câmara de 5 megapíxeis. Abaixo do ecrã não vem qualquer botão.

A capa traseira (removível) é em plástico que parece ser revestido por uma espécie de tecido aveludado. Esta textura, além de vir incluída na capa traseira, ainda se estende um pouco pelas laterais. Apesar de no tempo em análise esta capa não ter sofrido qualquer dano, receio que nos cantos e bordas, esta textura vá desaparecendo.

Ainda na traseira vem a câmara de 13 megapíxeis e o Flash LED, a inscrição da marca Wiko e o altifalante principal. A localização do altifalante não é a melhor, já que quando o Wiko está assente sobre uma superfície o som sai bastante abafado. A cima do altifalante existe uma pequena saliência, que supostamente serviria para evitar essa situação mas, na verdade, não serve de nada.

Ao retirar a capa tem-se acesso aos slots para os cartões SIM e para o cartão micro SD, que ocupa o mesmo lugar que o cartão nano SIM. A bateria à qual também se tem acesso, mesmo não sendo removível, é de 2420 mAh.

 

3 – Interface, aplicações e funcionalidades

Uma das características dos novos Wikos, prende-se com a nova interface que se começa a distinguir da de um Android puro. Esta interface apresenta assim novos ícones para as aplicações próprias, redondos e de cores vivas. Deixa de existir a lista de todas as aplicações e a sua organização passa a ser mais livre, o que acaba por ser um incentivo à maior utilização de pastas para que haja uma melhor organização.

Todas as novas aplicações instaladas ficam colocadas, por ordem de instalação, nas janelas de ecrã à direita. Esta forma de organização já existe em muitos modelos existentes no mercado, mas pessoalmente é algo que não me agrade.

Depois destas pequenas diferenças face ao Android puro, todas as outras definições se mantém tal como estamos acostumados a ver.

O Wiko Rigde 4G vem com as aplicações comuns do Android, com o conjunto de aplicações Google, traz a app Clean Master que não é mais do que uma das melhores ferramentas de limpeza e optimização de memória RAM, tem um gestor de ficheiros, Rádio FM, uma app para a lanterna e ainda o teclado ToushPal.

Em todas as análises que tenho vindo a desenvolver, mantenho a utilização do teclado de origem para perceber o quanto é produtivo e funcional, mas acabo sempre por instalar o SwiftKey ao fim de alguns dias. Neste caso, o ToushPal funciona de forma muito idêntica ao SwiftKey, até o aspecto é semelhante, pelo que considero esta uma boa aposta da Wiko para o seu teclado principal.

O desempenho do Wiko Ridge 4G é muito satisfatório, é notória a fluidez na utilização e durante o tempo de análise não ocorreram quaisquer bloqueios de aplicações ou erros inesperados. Contudo, quando existem demasiadas aplicações abertas começa-se a notar alguma perda de fluidez, algo que os utilizadores de smartphones Android desta gama já não estejam habituados.

 

4 – Câmaras

O Wiko Ridge 4G vem com uma câmara principal de 13 magapíxies que conta com o auxílio de um Flash LED. Já a câmara frontal acompanha a tendência das selfies e vem com 5 megapíxeis.

Ambas as câmaras permitem a captura normal com foco automático ou manual, com HDR ou detecção e melhoramento de rosto. É ainda possível seleccionar diferentes tipos de efeitos de cor e balanço de brancos e, posteriormente, todas elas podem ser editadas através de um editor próprio.

A câmara principal permite uma captura de vídeo até 1080p a 30fps enquanto que a frontal permite gravação até 720p também a 30 fps.

Apesar do tempo de captura ser um pouco longo, o resultado final das fotos é bastante satisfatório, sendo que o da câmara frontal supera as expectativas tanto em ambientes com boa como com fraca iluminação.

Confira a qualidade de ambas as câmaras através dos seguintes exemplos:

 

5 – Autonomia

A bateria do Wiko Ridge 4G é de 2420 mAh que lhe garante uma boa autonomia. Não se pode considerar que seja um factor positivo ou negativo, é o normal deste tipo de equipamentos actualmente.

Um dia e meio é o tempo de utilização médio que esta bateria permite ao utilizador. A desvantagem é que o tempo de carregamento é um pouco lento.

As conclusões relativas à autonomia prendem-se com a utilização diária normal que lhe dei durante o tempo de análise. Esta utilização inclui condições como o brilho no mínimo a maior parte do tempo, apenas ajustado em ambiente exterior com sol, Wi-Fi sempre ligado, bem como a localização e a sincronização. Os dados móveis foram ligados apenas nos momentos em que não existia cobertura de Wi-Fi. A estas condições deverão ser adicionados 30 minutos de navegação na Internet, consulta de e-mail, visualização de redes sociais, reprodução de música através do Spotify, captura de poucas fotografias e cerca de 30 minutos de chamadas diários.

Em dias com uma utilização menos intensa, foi possível chegar ao final do dia com 75% da bateria, o que revela, que para quem der ao seu smartphone uma utilização menos intensa do que a descrita anteriormente, é perfeitamente possível atingir os 2 dias completos.

 

6 – Veredicto

A Wiko tem vindo a crescer de forma bastante sustentada e, durante o ano passado, foi mesmo a segunda marca de smartphones mais vendida em Portugal. E a evolução é notória acompanhado perfeitamente as tendências deste mercado que não pára.

O Wiko Ridge 4G revelou-se, durante toda a análise um equipamento bastante fluido, capaz de desempenhar qualquer tarefa sem problemas. A autonomia é também bastante boa, o normal da maioria dos smartphones Android actualmente.

O ecrã de 5 polegadas, apesar de apenas ter uma resolução de 720 x 1280 píxeis, tem uma definição e uma reprodução de cores muito boas. O ajuste do brilho não é dos melhores, principalmente no nível mais baixo, para mim continua um pouco forte, mas em ambiente exterior, com luz solar directa, o brilho no máximo é suficiente para uma perfeita visualização.

As duas câmara conseguem resultados bastante bons apesar do tempo de captura ser um pouco exagerado, o que prejudica a captura de imagens com movimento.

O Wiko Rigde 4G está à venda em Portugal há pouco mais de uma semana por um preço médio de 226,27€ e o Wiko Rigde Fab 4G está já disponível também por um preço médio de 246,13€.

O Pplware agradece à Wiko pela cedência do Wiko Rige 4G para análise.

Wiko Ridge 4G