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Análise – Samsung Galaxy Tab 10.1″ (GT-P7500)

Foi este o modelo criado pela Samsung, propositadamente, para rivalizar mais de perto com o Apple iPad 2. A Samsung não poupou esforços e criou uma peça lindíssima, prática e funcional. Trata-se do tablet de 10.1″ mais fino do mundo, cheio de boas funcionalidades, características de topo e… com um toque “a iPad“.

O Pplware.com teve este tablet em mãos durante vários dias, após o unboxing, e chegou agora a altura de apresentar a nossa análise.

1 – Notas inicias

É inevitável que os tablets se tornem cada vez mais úteis e enquadrados no quotidiano. Dada a oferta, a tendência vai nesse sentido e as vantagens e facilitismos estão à vista. A Samsung tem já várias ofertas nesse segmento e há ainda outras anunciadas, para breve, abrangendo também outros tamanhos de ecrã.

Tal como foi dado a entender no final 1º parágrafo deste artigo, no link, este tablet Samsung GT-P7500 já passou por caminhos bastante atribulados, nomeadamente no que diz respeito à alegada quebra de patentes detidas pela Apple. Sabe-se recentemente que a Samsung propôs um acordo à Apple de modo a cessar os desentendimentos entre ambas. Esse acordo, actualmente, encontra-se em análise por parte da Apple.

A Samsung anunciou este tablet em Março de 2011 e disponibilizou-o 4 meses depois, em Julho.

2 – Caixa e acessórios

O tipo de caixa é já o habitual na Samsung (bastante idêntico ao praticado em iDevices). Tem um design minimalista e é bastante arrumada.

Os acessórios que inclui são:

Existe um conjunto interessante de acessórios (a apresentar brevemente num artigo) e seria útil se, pelo menos, um adaptador USB e uma capa protectora fizessem parte dos acessórios incluídos neste tablet. Considero esses acessórios tão ou mais importantes que um auricular.

3 – Características gerais

Comparando com o antecessor Galaxy Tab 10.1v (GT-P7100), o hardware encontrado no interior deste tablet é exactamente o mesmo, com excepção para a câmara que é inferior neste novo modelo (de 8MP para 3.15MP).

Em resumo, este tablet tem um processador dual-core ARM Cortex-A9 à velocidade de relógio de 1GHz com processador gráfico NVIDIA Tegra 2 250, 1GB de memória RAM, ecrã de 10.1″ com 1280×800 pixéis de resolução (densidade de ~149ppp), GPS, câmara primária de 3.15MP com flash LED e secundária (frontal) de 2MP.

O sistema operativo incluído é o Android Honeycomb v3.1 e o Launcher tem um toque da Samsung (TouchWiz UX) com características interessantes mas mal optimizado em termos gráficos (quebras regulares na fluidez dos movimentos).

Como referi, a sua espessura coloca-o no topo da lista tendo dimensões de 256.7 x 175.3 x 8.6 mm. Tal como o anterior, também este não tem um slot para cartão microSD. O modelo analisado tem 3G, Wi-Fi e 16GB de armazenamento interno.

4 – Hardware e design

4.1 – Aspecto e robustez

O design é o que mais gosto neste tablet. Ao ser pegado, a sua espessura dá-lhe imediatamente um toque de elegância. A tampa traseira é de plástico mas tem uma camada que “aveluda” a sua textura, induzindo-lhe robustez e uma qualidade de construção (considerando plástico) bastante bem conseguida. Não existem folgas e todos os botões têm um clique muito preciso e adequado. O toque no ecrã é também muito suave e reage como esperado.

Ao pressionar na parte de trás, na “tampa”, é possível notar que o material cede ligeiramente, muito pouco mesmo, não sendo nada que ponha em causa a robustez. Já no ecrã o caso torna-se pior: “Newton’s rings“. Tal como acontecia no antecessor, também este novo modelo sofre do mesmo problema… o pior é que sofre ainda mais!

Basta um pouco de pressão no ecrã para se conseguir notar aquelas “manchas” que não são mais que a reflexão de luz entre camadas no ecrã. Agora pode dizer: “ok, mas para usar o tablet não é necessário fazer pressão no ecrã!”. Sim, é verdade, o problema é que neste caso, basta o tablet estar exposto a uma temperatura mais elevada, como uma mala de transporte dentro do carro, a explanada do café ou mesmo o seu uso prolongado, para se notarem aquelas manchas, bem no centro do ecrã!

Ao olhar de frente, com o ecrã iluminado, é difícil notar esse efeito. Já se for olhado com uma ligeira inclinação, nota-se perfeitamente. Mais ainda: ao pegar no tablet, a pressão que o seu peso faz sobre os dedos que o pegam, na tampa traseira, é suficiente para provocar alterações nesse efeito, dando a noção de uma estrutura frágil.

Segundo esta thread no fórum XDA-developers, alguns utilizadores colocaram o tablet no frigorífico durante 20~30 minutos e o problema ficou definitivamente corrigido. Para outros, não resolveu. Isto trata-se de um problema de fabrico e, se tem este problema no seu, então não hesite em fazer uma reclamação do estado do ecrã.

4.2 – Lateral esquerda

Contém apenas e só o altifalante esquerdo.

4.3 – Topo

Olhando o tablet de frente, da esquerda para a direita encontra-se o botão Power/Sleep (para ligar/desligar e activar/desactivar o ecrã), o botão de Volume – e +, a ligação Jack 3.5mm e o slot para o cartão SIM. Note-se que a localização da ligação para os auscultadores/auriculares não é nada prática por se encontrar no topo.

4.4 – Lateral direita

Contém apenas e só o altifalante direito.

4.5 – Base

Na base pode-se encontrar a ligação de dados/carregador de 30 pinos (pouco prática, seria mais cómodo se se encontrasse numa lateral) e o microfone.

4.6 – Frente

A frente contém, obviamente, todo o ecrã táctil, capacitivo e de multi-toque, e a câmara de 2MP. Curiosamente a câmara não se encontra centrada com a abertura no friso preto, apresentando um ligeiro desvio.

4.7 – Trás

Finalmente, atrás encontra-se, junto a cima, a câmara de 3.15MP e o Flash LED. Junto a baixo está toda a informação inerente ao tablet.

Após tudo demonstrado, é notória a falta de uma saída HDMI, uma interface USB e, como já foi referido, um slot para um cartão microSD de modo a permitir armazenamento adicional.

Índice

  • Página 1
    • 1 – Notas iniciais
    • 2 – Caixa e acessórios
    • 3 – Características gerais
    • 4 – Hardware e design
  • Página 2
    • 5 – Honeycomb: sistema, novidades do TouchWiz UX e aplicações
    • 6 – Multimédia
    • 7 – Autonomia
    • 8 – Câmara
  • Página 3
    • 9 – Jogos
    • 10 – Benchmarks
    • 11 – Veredicto
    • 12 – Especificações técnicas

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5 – Honeycomb: sistema, novidades do TouchWiz UX e aplicações

Nesta análise não vou tratar as novidades deste sistema operativo pois, já no modelo anterior, foram referidos vários pormenores. Vou apenas incidir nas novidades e alterações que caracterizam este tablet.

5.1 – O sistema

Comparando esta versão 3.1 com a versão anterior, 3.0, e sem considerar os conteúdos adicionados pela Samsung, os únicos pormenores que saltam à vista são a possibilidade de ver mais que 5 aplicações recentes, para alternar entre elas (agora a lista é corrida) e a possibilidade de redimensionar Widgets.

No entanto existem várias funcionalidades novas como suporte para teclados externos e dispositivos apontadores, suporte para gamepads e aplicações nativas actualizadas como o Browser, a Galeria de fotos, Calendário, Email, etc. Todos os pormenores podem ser conhecidos aqui.

Quanto à velocidade de arranque… não impressionou. Com apenas 20 aplicações instaladas além das aplicações nativas, o tempo de arranque até poder utilizar normalmente o tablet foi de, sensivelmente 1 minuto. Este tempo ficará maior quanto maior for a quantidade de aplicações instaladas.

5.2 – Novidades do TouchWiz UX

O TouchWiz UX UI é uma interface de utilizador criada pela Samsung para acrescentar “algo mais” ao já existente no Honeycomb.

Resumidamente, as novidades incluídas (que podem também ser visualizadas no vídeo abaixo) são:

5.3 – Aplicações

A Samsung introduziu algumas aplicações complementares às já existentes no Honeycomb:

Todas as novidades e pormenores falados neste ponto 5 estão demonstradas no vídeo seguinte.

6 – Multimédia

A galeria de imagens melhorada desta versão 3.1 está excelente. Os problemas existentes na anterior já não se notam (algumas paragens momentâneas aleatórias) e a velocidade de navegação é incrível.

Infelizmente, tal como no antecessor, o suporte a vários tipos de vídeo é… débil. Estava convencido que esse problema seria ultrapassado nesta versão mas enganei-me redondamente. Nada de reprodução de MKVs nem MP4 FullHD. Apenas WMV 720p e poucos AVI pareceram ser compatíveis e, claro, o formato já standard H.264.

Relembro que o Galaxy Tab 7″ (GT-P1000) reproduz qualquer tipo de vídeo, dos que mencionei, em FullHD (1080p), sem a menor das dificuldades e de forma nativa. Segundo li, o problema trata-se de qualquer incompatibilidade associada ao chip Nvidia Tegra.

A qualidade de som dos 2 altifalantes consegue, novamente, surpreender. A envolvente de som criada é excelente e, por vezes, simplesmente me esqueço que o som provém do tablet dado não ser habitual uma qualidade daquelas em dispositivos móveis.

E claro, a reprodução de conteúdos flash no Browser está impecável, ao nível da reprodução conseguida num PC.

7 – Autonomia

Segundo a Samsung, a autonomia é:

Após fazer cerca de 10 descargas de bateria, a autonomia pareceu-me bastante semelhante ao tablet anterior (a capacidade é ligeiramente superior, 7000mAh para 6860mAh). Numa utilização normal, deverá chegar para um dia sem problemas, eventualmente dois dias.

8 – Câmara

Este foi o ponto em que houve um retrocesso da versão anterior para a actual: a câmara passou de 8MP para 3.15MP.

Elogiei bastante a qualidade das fotos do tablet anterior pois a qualidade era acima da média. Já este… não impressiona. De qualquer modo, na verdade, não é nada prático andar com algo do tamanho de uma folha A4 a apontar “aqui e ali” para tirar umas fotos, eu próprio me senti um pouco reticente quando o fiz num local com várias pessoas.

Penso que uma câmara num dispositivo destes servirá para “o desenrasque” e não para tirar boas fotos. Portanto, considero a qualidade desta câmara suficiente para o propósito. Deixo abaixo alguns exemplos de fotos.

Índice

  • Página 1
    • 1 – Notas iniciais
    • 2 – Caixa e acessórios
    • 3 – Características gerais
    • 4 – Hardware e design
  • Página 2
    • 5 – Honeycomb: sistema, novidades do TouchWiz UX e aplicações
    • 6 – Multimédia
    • 7 – Autonomia
    • 8 – Câmara
  • Página 3
    • 9 – Jogos
    • 10 – Benchmarks
    • 11 – Veredicto
    • 12 – Especificações técnicas

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9 – Jogos

Tomei a liberdade de experimentar alguns jogos desenhados especificamente para o chip gráfico incluído neste tablet, o Nvidia Tegra 2.

Para demonstração, experimentei o Sprinkle, Pinball HD e Riptide GP. A minha opinião? Excelente.

O único pormenor que me desagradou foi a barra inferior não se ocultar ou, pelo menos, não ficar com uns pontos escuros nos locais clicáveis como acontece durante a reprodução de um vídeo ou slideshow da galeria de fotos. Segue um vídeo com a demonstração.

10 – Benchmarks

O único ponto em que notei um mau desempenho foi no Launcher, quer na transição entre Homescreens e edição de Widgets, quer na rotação do ecrã. Contudo, esse não me parece um problema relativo às capacidades de hardware do dispositivo mas sim relacionado com a optimização dessa aplicação.

Fiz alguns benchmarks em aplicações conhecidas. Os resultados foram:

11 – Veredicto

Antes de experimentar este tablet estava bastante curioso. Após ter analisado o seu antecessor, cuja vida terminou quase à nascença, tinha a ideia que este ia ser “o tablet” Android que iria, realmente, marcar essa posição neste sistema operativo.

Na verdade este Galaxy Tab 10.1″ deu bastante que falar, pelos motivos que conhecemos, mas ainda assim não me pareceu que se destacasse significativamente perante a concorrência, nomeadamente das marcas Acer, Asus e Motorola.

As suas características físicas são notáveis, ao nível do Apple iPad 2, e a sua usabilidade e adequação ao quotidiano foram bem conseguidas. No entanto, o conjunto de aplicações desenhado propositadamente para tablets Android é ainda pequeno, e ainda mais pequeno se torna quando comparado com a oferta existente para o iPad.

Encontrei pontos menos bons como as manchas no ecrã (válido para activar a garantia), algum aquecimento no canto superior direito (visto de trás) e o Launcher com alguns problemas de desempenho. A necessidade de acessórios como adaptador USB/HDMI e capa protectora também são um ponto fraco. Notei ainda que a força do sinal GPS é bastante inferior à conseguida no antecessor, mas ainda assim é funcional.

De resto, no geral, gostei bastante deste tablet e, se tivesse de escolher um Android de 10.1″, seria este o escolhido, sem hesitações.  

Aspectos positivos

  • Design e características físicas
  • Resolução de ecrã
  • Qualidade de som (stereo)
  • Variedade de acessórios disponíveis
  • Interface de utilizador Samsung TouchWiz UX e serviços associados
  • Suporte para conteúdos flash

Aspectos negativos

  • “Manchas” no ecrã (Newton’s Rings)
  • Alguns problemas de optimização na fluidez de movimentos
  • Problemas na reprodução de vídeo HD em diversos formatos
  • Falta de interfaces de ligação USB, HDMI e microSD
  • Falta de inclusão de acessórios básicos como adaptador USB e capa protectora
  • Pouca variedade de aplicações inerente a esta versão de Android

  Este tablet, 3G + Wi-Fi de 16GB, encontra-se à venda a preços entre €550 e €600.

Em nome do Pplware.com, agradeço à Samsung Portugal pelo empréstimo deste tablet para análise.

Samsung Galaxy Tab 10.1″ (GT-P7500)    

12 – Especificações técnicas

 

Índice

  • Página 1
    • 1 – Notas iniciais
    • 2 – Caixa e acessórios
    • 3 – Características gerais
    • 4 – Hardware e design
  • Página 2
    • 5 – Honeycomb: sistema, novidades do TouchWiz UX e aplicações
    • 6 – Multimédia
    • 7 – Autonomia
    • 8 – Câmara
  • Página 3
    • 9 – Jogos
    • 10 – Benchmarks
    • 11 – Veredicto
    • 12 – Especificações técnicas

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