… este sim, o melhor Android do mundo!
O Samsung Galaxy S III não pára de bater records. Depois dos 9 milhões de pré-vendas, acaba de ser atingida a marca de 10 milhões de equipamentos vendidos em apenas 2 meses, algo que o seu antecessor Galaxy S II só atingiu em 5 meses. Isto traduz-se em cerca de 190 mil equipamentos vendidos diariamente e prevê-se que possa chegar aos 40 milhões de vendas até ao final do ano, uma marca nunca antes atingida pela Samsung.
O Pplware testou intensivamente esta bomba tecnológica e reuniu todos os detalhes para a apresentação desta análise.
Após a apresentação do unboxing do Samsung Galaxy S III, há umas semanas, notou-se claramente que esta iteração na série de topo da Samsung gera bastante controvérsia, seja dentro ou fora do “ambiente” Android.
Para quem ainda não teve a sorte de poder experimentar este dispositivo por uns momentos, recomendo vivamente que o tente fazer pois desfrutará de uma peça única, de topo, sendo indiscutivelmente o melhor “conjunto” existente no mercado de smartphones. Tem bastantes qualidades mas não deixa de ter também os seus defeitos. Nada será deixado de parte nesta análise.
1 – Características gerais
Neste smartphone existe o melhor hardware disponível no mercado, a todos os níveis. O ecrã Super AMOLED de 4.8″ é capaz de reproduzir imagem com uma qualidade soberba e, embora possua uma grelha PenTile RGBG, a sua resolução de 720 x 1280 píxeis consegue “camuflar” essa característica menos boa. Seja qual for o conceito de “Retina Display”, este ecrã tem uma densidade de ~306 ppp mas ainda assim os píxeis são visíveis a olho nu.
O SoC é o Samsung Exynos 4412 com uma CPU quad-core Cortex-A9 a 1.4GHz e GPU Mali-400MP. Este é o conjunto que oferece actualmente mais poder de processamento.
Tem uma câmara de 8 MP com um desempenho excelente e é capaz de envergonhar máquinas fotográficas compactas de gama média. Velocidade de focagem rapidíssima, disparo instantâneo, gravação de vídeo 1080p e um enorme leque de funcionalidades disponíveis.
O sistema operativo, embora não siga o aspecto “recomendado” pela Google na versão 4.0 Ice Cream Sandwich, é ainda assim bastante agradável, rápido e completo.
Poderá ver as especificações completas deste smartphone na caixa expansível abaixo.
Especificações completas
2.5G (GSM/ GPRS/ EDGE): 850 / 900 / 1800 / 1900 MHz 3G (HSPA+ 21Mbps): 850 / 900 / 1900 / 2100 MHz |
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4.8” HD Super AMOLED (1280×720), 16 milhões de cores, protecção Corning Gorilla Glass 2 720 x 1280 píxeis, densidade de ~306 ppp |
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Android 4.0 (Ice Cream Sandwich) |
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Chipset: Exynos 4412 Quad CPU: Quad-core 1.4 GHz Cortex-A9 GPU: Mali-400MP |
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Principal (Traseira): 8 Megapíxel, auto-focus, tocar para focar, detecção de cara e sorriso, Flash LED, gravação HD 1080p com captura simultânea de imagem, Zero Shutter Lag, BIS Secundária (Frontal): 1.9 Megapíxel, gravação HD 720p @ 30fps, Zero Shutter Lag, BIS |
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Codec: MPEG4, H.264, H.263, DivX, DivX3.11, VC-1, VP8, WMV7/8, Sorenson Spark |
Gravação & Reprodução: Full HD (1080p)
Google Play Store, Google Play Books, Google Play Movies
Google Plus, YouTube, Google Talk,
Google Places, Google Navigation, Google Downloads
GPS/GLONASS
NFC
Bluetooth® 4.0 (LE)
16GB / 32GB memória interna (64GB disponível em breve) + microSD slot (até 64GB)
Stand-by: até 590h em 2G e até 790h em 3G
Conversação: 21h40m em 2G e 11h40m em 3G
136.6 x 70.6 x 8.6 mm, 133g
2,100 mAh
2 – Hardware e design
O Galaxy S III tem um tamanho grande, um ecrã ainda maior considerando o seu tamanho (já que a moldura é bastante fina), uma bateria de capacidade bastante elevada e pesa… o mesmo que a generalidade! O seu peso de 133 g aliado à sua pequena espessura de 8.6 mm, embora lhe dêem alguma fragilidade na primeira impressão, fazem dele um smartphone inédito e uma peça de engenharia com enorme mérito.
É feito de “plástico” que, ao contrário do que muitos pensam, é um material muito mais avançado tecnologicamente em relação ao alumínio.
Quando este smartphone surgiu, o seu design, forma e cores não agradaram a todo o público e até eu próprio fiquei um pouco reticente. O que é facto é que ao vivo é bastante diferente do que as fotos conseguem reproduzir, para muito melhor.
A frente é toda em vidro com protecção Corning Gorilla Glass 2. No topo encontra-se o LED RGB de notificações, o auscultador, sensores de luminosidade e proximidade e a câmara frontal. A nível estético considero este o pior local deste smartphone com um grande desequilíbrio na zona dos sensores e câmara. Quer seja na cor branca ou azul, aqueles pequenos círculos são sempre bem visíveis e por estarem todos do mesmo lado prejudicam um pouco o bom e simples aspecto que um smartphone de topo deve ter… mas claro, gostos são gostos.
Ainda na frente, na parte de baixo encontra-se o botão Home ao centro e dois botões tácteis de grande sensibilidade: à esquerda o botão menu e à direita o botão retroceder. Ao contrário das recomendações da Google, a Samsung teima em colocar botões de navegação físicos. Isso leva a que além do sistema perder essa boa característica do Android ICS (botões de navegação no próprio ecrã), colocou-os tão junto à extremidade que os toques inadvertidos surgem com imensa facilidade, causando até algum transtorno, pelo menos quando o hábito de utilização ainda é pouco. Relativamente ao botão Home, tem um pouco de folga, está descentrado, o contorno brilhante prateado não é todo da mesma grossura e o seu toque não é muito bom, fazendo até alguns ruídos devido à folga.
3 – A magia do Samsung Galaxy S III
Sempre que surge um novo smartphone Android, muitos pensam “ok, mais um smartphone com Android”. Pois bem, longe disso. O slogan que a Samsung escolheu para o Galaxy S III, “Designed for humans”, faz todo o sentido se forem tidas em conta todas as facilidades de utilização amigável que este smartphone permite.
Nele existe um conjunto de movimentos, notificações e reconhecimento de voz, face e olhos que o tornam no smartphone com a maior proximidade com o utilizador alguma vez produzido. Tudo é integrado no sistema, a nível de software, e são utilizados sensores de movimento e câmara para algumas das funcionalidades. Apenas algumas das funcionalidades fazem parte do spot publicitário sendo as restantes reveladas, à medida que se vai utilizando o sistema, em pequenas janelas com sugestões e dicas de navegação.
Passo a enumerar:
- Smart Stay – o ecrã é responsável pela maioria do consumo energético, logo é essencial economizar o máximo possível. A funcionalidades Smart Stay permite manter o ecrã ligado mesmo que tenha expirado o tempo de inactividade, isto claro, se detectar que está a olhar para ele. Neste caso é bastante prático, por exemplo, definir a duração da luz de fundo para 15 ou 30 segundos e activar o Smart Stay. Isso permitirá haver pouco desperdício energético e evita o transtorno de tocar o ecrã para o manter activo.Segundo o Francisco Franco, não é detectável consumo energético adicional por ter esta funcionalidade activa, uma vez que é necessário recorrer à câmara frontal. Esta funcionalidade funciona extremamente bem, com uma precisão impressionante, e pode ser activada em Definições > Visor e luz > Suspensão inteligente.
- Chamada directa – com recurso ao movimento de pegar no smartphone e encostar à orelha, a chamada é feita automaticamente para o contacto mostrado no ecrã, a partir das mensagens, contactos ou registo de chamadas.
- Alerta inteligente – o utilizador é alertado por vibração sempre que tem chamadas e mensagens perdidas durante o tempo que esteve sem o smartphone, desde que o tenha deixado ficar virado para baixo.
- Tocar duas vezes para ir para o início – quando se encontra aberta uma página web, lista telefónica ou outro, sempre que pretender voltar ao topo basta tocar duas vezes no topo do smartphone. Ele reconhece o movimento e vai para o topo da página.
- Inclinar para zoom – quanto está na galeria ou no Browser, pode alterar o zoom da imagem ou página colocando dois dedos no ecrã e inclinando o smartphone para a frente e para trás.
- Deslocar para mover ícone – no Homescreen, sempre que quiser mover um ícone entre ecrãs de forma rápida e fácil, pode pegar no ícone e inclinar/rodar o smartphone no eixo vertical. Dessa forma surgirão os outros ecrãs e poderá largar o ícone ou widget.
- Deslocar numa imagem ampliada – sempre que uma imagem estiver ampliada, na galeria, basta colocar um dedo no ecrã e inclinar o smartphone de forma a que a imagem seja deslocada para o sítio pretendido.
- Agitar para actualizar – sempre que se encontre a fazer uma pesquisa de dispositivos bluetooth, Kies Air ou outros, basta agitar o smartphone para que seja iniciada uma pesquisa e os dispositivos listados sejam actualizados.
- Inverter para silenciar – aqui não há novidades, é já um movimento conhecido e existente em muitos dispositivos. Se quer calar o smartphone quando está a reproduzir som, vire-o para baixo.
- Passar a palma da mão para capturar – tal como está mostrado no vídeo que gravei, se pretender capturar o ecrã basta passar com a mão, com a parte lateral e direccionada na vertical, sobre o ecrã.
- Tocar com a palma da mão para silenciar/colocar em pausa – está tudo dito. Se quiser silenciar ou colocar em pausa um conteúdo multimédia, se o ecrã estiver ligado basta colocar a palma da mão em cima.
- Indicadores LED – O LED RGB que existe no topo à esquerda e, apenas quando o ecrã está desligado, notifica o utilizador para vários eventos: poderá surgir azul quando há uma notificação de chamada, email ou sms, vermelho quando há notificação do G+, verde quando há notificação do GTalk. Se estiver ligado ao carregador terá a cor vermelha se estiver a carregar e a cor verde quando estiver totalmente carregado.
Deixo agora capturas de ecrã que exemplificam os movimentos necessários para realizar estas tarefas “amigáveis”.
Índice
- Página 1
- 1 – Características gerais
- 2 – Hardware e design
- 3 – A magia do Samsung Galaxy S III
- Página 2
- 4 – Aplicações exclusivas
- 5 – Câmara
- 6 – Autonomia – por Francisco Franco
- 7 – Benchmarks e pormenores técnicos – por Francisco Franco
- 8 – Veredicto
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4 – Aplicações exclusivas
Várias funcionalidades referidas no ponto anterior são possíveis apenas devido a interface TouchWiz da Samsung. Nunca gostei muito desta interface mas, no Galaxy S III, está bastante rica e agrada-me significativamente mais que as versões anteriores, embora não a troque pela interface original da Google (que também seria óptimo que tivesse todos estes movimentos dinâmicos).
Não existem muitas aplicações exclusivas Samsung mas, ainda assim, a maior parte das que existem merecem o seu destaque.
- Game Hub – trata-se de um centro de jogos onde é possível instalá-los recorrendo ao Samsung Apps (a Play Store da Samsung). Esta aplicação só tem interesse se o utilizador não puder ou não quiser utilizar uma conta Google.
- Kies Air – permite ligar a outros dispositivos e ao PC sem recurso a qualquer ligação física, utilizando a ligação Wi-Fi.
- Leitor de vídeo – é um simples leitor de vídeo mas este com capacidades mais aprimoradas como o Pop up play que permite visualizar o vídeo num pop-up sobre qualquer ponto do ecrã e localizado onde o utilizador preferir.
- S Memo – é um organizador de notas, memorandos e apontamentos bastante rico. Permite desenhar e escrever.
- S Planner – um excelente calendário/agenda capaz de sincronizar agendas e tarefas de vários locais, incluindo a conta Google, Samsung, Exchange e outros.
- S Suggest – é um género de organizador de aplicações com sugestões da Samsung, desta vez com os conteúdos ligados à Google Play Store.
- S Voice – o já conhecido assistente de voz da Samsung.
Mais uma vez, ficam as capturas de ecrã das aplicações referidas acima.
5 – Câmara
Esta câmara de 8 MP é fabulosa, do melhor que já vi, mesmo considerando as boas câmaras compactas!
Tem uma enorme variedade de modos de disparo: disparo único, disparos contínuos, HDR, detecção de rosto, disparo com sorriso, beleza (evidencia os brilhos), panorama, desenho animado, share shot (partilha instantânea via Wi-Fi Direct) e partilha de foto de amigo (através da detecção de rosto, faz a partilha automática se o sujeito reconhecido for um amigo). Está também à disposição uma lista de efeitos de cor: negativo, preto e branco, sépia, desbotado, vintage frio, vintage quente, criar poster, solarizar, ponto azul, ponto verde e ponto vermelho-amarelo.
Em modo vídeo são permitidos os mesmos efeitos de cor referidos para o modo de foto. O vídeo Full HD tem uma qualidade interessante mas a funcionalidade “anti-vibração” não impressiona, dificultando assim a gravação de bons vídeos. A utilização contínua da câmara faz elevar bastante a temperatura do smartphone.
Capturei várias fotos e vídeos. Poderá descarregá-los na ligação abaixo e ver com todo o pormenor.
6 – Autonomia – por Francisco Franco
A autonomia deste terminal é qualquer coisa de espectacular. O tamanho da bateria ajuda bastante – estamos perante uma capacidade de 2100 mAh o que é bastante mais que a maioria dos outros dispositivos.
Para além da capacidade da bateria nota-se um óptimo trabalho por parte da Samsung em optimização neste campo, a bateria dura e dura e dura. O meu record com uso normal foi de 3 dias e 4 horas sem carregar e ainda tinha 39% livres – e eu uso o ecrã com o brilho no máximo e sem nenhum serviço de poupança de energia.
Atenção que as minhas medições estão algo inflacionadas com o uso do meu kernel, mas com tudo em stock qualquer um consegue estar dois dias seguidos sem se preocupar em carregar o seu Galaxy S3 – claro que com um uso moderado – jogar ou estar sempre ligado ao 3G a fazer streaming ou tethering não há milagres.
Este chip Exynos 4412 é fantástico nas suas rotinas de power management, faz a sua gestão dos cores de forma eficiente e é um dos responsáveis pela boa autonomia deste dispositivo – quem estiver interessado em ver as drivers que tomam conta da gestão dos cores pode visitar os meus repositórios no github.
Outro responsável pela boa autonomia foi a decisão da Samsung em adaptar o governor Ondemand (escalonador do CPU) para o Exynos e programar uma espécie de camada que trata da tal gestão dos cores. Isto tem uma grande vantagem – o Kernel passa a depender apenas do escalonador para controlar os cores e não necessitar de uma driver extra nos ficheiros da arquitectura (Galaxy SII e Galaxy Note usam o governor normal + driver extra). Aqui ganha-se muitos micro segundos de performance e muita bateria.
Fiquei muito bem impressionado com a autonomia do Galaxy S3 e para quem dá muita importância a este campo, este dispositivo é claramente um vencedor.
7 – Benchmarks e pormenores técnicos – por Francisco Franco
Estes benchmarks estão ligeiramente inflacionados pelo uso do meu Kernel mas eu corri com as frequências que vêm de fábrica e não utilizei nenhum hack para tentar melhorar os resultados, portanto posso garantir um desvio máximo de 5%-10% daquilo que um Galaxy S3 obtém vindo de fábrica. Claro que é possível melhorar muito mudando alguns valores que programei no Kernel… mas deixemos isso para outro artigo!
É inegável a potência deste dispositivo… Quando usei o HTC One X gostei particularmente da potência dos seus 4-cores, mas esta arquitectura Exynos da Samsung é de outro nível. Para além da potência que se vê pelos benchmarks consegue tornar a experiência de utilização perfeita… tudo flui e, como disse acima, a bateria dura e dura e dura. As imagens falam por si.
Comparativamente com a arquitectura Tegra 3 dos (4 cores + 1 companion core) a grande diferença na minha opinião está na implementação das drivers do Kernel. Enquanto que a implementação da NVIDIA é muito confusa (parece programado em cima do joelho) a da Samsung é muito mais clean, objectiva e muito menos intrusiva durante o uso normal do telemóvel. Para a comunidade de Open Source é muito mais fácil trabalhar com algo bem implementado do que algo mal implementado.
8 – Veredicto
O Samsung Galaxy S III é, sem sombra de dúvidas, o melhor smartphone que poderá adquirir actualmente. O seu tamanho tamanho poderá ser um pouco exagerado, ao início, principalmente para quem vem de smartphones de 3.5″, mas o hábito apodera-se rapidamente das vantagens que um bom e grande ecrã trás.
Disponível por 599€ na TMN e desbloqueado por 749€ (embora esteja à venda em vários locais, desbloqueado, por menos de 580€), de certeza que não ficará desiludido com este fantástico smartphone. Pode encarar também este investimento como sendo a longo prazo pois este modelo high-end está devidamente sustentado para que se mantenha no topo (ou perto) durante muito tempo.
Aspectos positivos
- Melhor desempenho do mercado!!
- Autonomia inédita num topo de gama
- Qualidade da câmara
- Conjunto de funcionalidades “user-friendly”
- Rádio FM (pode não parecer, mas é óptimo tê-lo à disposição)
- Qualidade do ecrã melhorou muito com as últimas actualizações do firmware – mais cor, mais brilho e menos pixéis por detrás dos ícones
- Muito fácil de manusear
- Wolfsom sound chip (irmão do chip de áudio do Galaxy S) – óptima qualidade de som
Aspectos negativos
- Botão Home com má qualidade
- Botão do power on/off dá a entender que está meio solto em comparação com o do Galaxy Note ou do Galaxy Nexus
- Capa traseira com pintura bastante frágil, risca-se facilmente. Adicionalmente, após algumas semanas de uso intenso, a capa range ligeiramente se for apertada com força nos cantos
- Baralhamento ocasional da voz durante uma chamada, sentido para quem recebe a nossa voz
- Ecrã com matriz PenTile
- S Voice é muito fraco – Google Now e o Siri estão a anos-luz
Índice
- Página 1
- 1 – Características gerais
- 2 – Hardware e design
- 3 – A magia do Samsung Galaxy S III
- Página 2
- 4 – Aplicações exclusivas
- 5 – Câmara
- 6 – Autonomia – por Francisco Franco
- 7 – Benchmarks e pormenores técnicos – por Francisco Franco
- 8 – Veredicto
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