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Análise Samsung Galaxy S (i9000)

Num mercado, cada vez mais preenchido por soluções baseadas em Android, parece que o sistema operativo do robot verde, está-se a tornar no sistema operativo móvel favorito dos modelos de baixa e média gama. Mas será que o jovem sistema operativo tem lugar num mercado de Smartphones alta gama? A resposta está em modelos como o Samsung Galaxy S, trazido para Portugal pela TMN.

É um modelo com Android de qualidade à primeira vista ao nível que a Samsung já nos habituou nos seus modelos de alta gama. Mas valerá a pena optar por este modelo em relação a outros da mesma marca ou mesmo segmento? Esclareça as suas dúvidas na nossa análise.

Como tivemos acesso a uma das primeiras unidades, apenas nos foi facultado o telemóvel para testes. Por essa razão não pudemos realizar o “unboxing” do equipamento e dos seus acessórios incluídos na caixa, focando a nossa análise mais no equipamento em si.

 

Acessórios:

Segundo informação que tivemos junto da TMN, os acessórios incluídos são os seguintes:

Salientamos a introdução de uma bateria de 1500 mAh, se tomarmos em consideração que é a mesma que o TMN a1 e o ecrã é mais poupado ao nível de consume energético (mais sobre este aspecto abaixo), tornou possível à Samsung dotar o seu Galaxy S de um ecrã maior, o que não deixa de ser uma vantagem para quem quer ter um Smartphone com dimensões acima da média sem sobrecarregar a nível energético a mãe natureza. A utilização do cabo micro USB, para transferência / sincronização de dados e carregamento do telemóvel, implica que a Samsung se queira diferenciar um pouco da norma mini USB, utilizada por alguns dos seus principais concorrentes como a HTC.

Simplesmente não compreendemos a necessidade de os principais fabricantes em não se entenderem num formato em comum. Parece que este aspecto já esteve mais longe, mas nesta altura do campeonato, já deveria ser algo que os consumidores deveriam dar como adquirido.

 

Hardware

O Galaxy S, é o exemplo do que melhor se pode ter num smartphone Android, em quase todos os aspectos. Ora vejamos, temos um fantástico ecrã de 4 polegadas Super AMOLED, processador ARM Cortex V8 (fabricado pela própria Samsung) com uma frequência de relógio de 1GHZ (é um verdadeiro demónio voador, pelo que testámos e como os nossos leitores poderão ver abaixo no nosso teste 3D), memória de armazenamento interna de 8GB (esqueça o uso cartões microSD, com tanto espaço nem se vai lembrar em utilizar este tipo de suporte).

Caso os 8GB não sejam suficientes para si, saiba que pode expandir com um cartão microSD de capacidade que pode chegar até aos 32GB. Este modelo da Samsung, possui ainda 512 MB de RAM e 2GB de ROM. Quanto ao nível da câmara, o Galaxy S, está bem representado nesta funcionalidade, visto que possui 5MP ao nível das suas características. Estamos cientes que já existem câmaras de 8MP em modelos concorrentes, mas o que nos surpreendeu mais foi a ausência da funcionalidade de Led Flash.

Ao nível da conectividade, poderá contar com o já clássico suporte Bluetooth 3.0, Wifi 802.11 b/g/n, HSDPA, 7.2 Mbps (ou mais conhecida como conectividade 3.5G) e salientamos a inclusão de conectividade DLNA, que tem um uso mais vocacionado para a conectividade do Galaxy S, a um televisor ou um computador para desempenhar um papel de dispositivo de partilha e consumo de conteúdo multimédia. Falta ainda referir algumas características mais discretas, mas são intrínsecas a qualquer Smartphone moderno. Falamos dos sensores que compõe o Galaxy S.

Poderá contar com o sensor de acelerómetro, em que o seu uso é mais óbvio quando ao girar o ecrã a orientação do sistema muda automaticamente de modo a se ajustar à nova disposição física do seu Smartphone. Tem ainda o sensor de proximidade, que pode por exemplo utilizado para um Smartphone verificar se está a uma certa distância a utilizá-lo, ou caso não esteja dá indicações ao sistema de modo a desligar o ecrã para poupar energia.

O Galaxy S conta por último com um sensor de luz ambiente, muito útil. Qual a utilidade pergunta o leitor? Permite a este Smartphone, ajustar automaticamente a claridade do ecrã consoante esteja num local com mais ou menos intensidade e no caso do Galaxy S, funciona às mil maravilhas.

Pode visualizar as nossas impressões na componente de hardware do Galaxy S, no seguinte vídeo:

 

Ecrã

Se existe funcionalidade em que o Galaxy S, nos conquistou logo à primeira vista, bem, foi o ecrã. Posso dizer que nunca interagi com um Smartphone com um ecrã tão bom como este.

É suficientemente bom a ser comparável (segundo algumas análises já disponíveis) com o novo retina display do iPhone 4. Certamente, fica atrás na densidade de pixeis em relação ao iPhone, mas ao nível de contraste é certamente comparável, e se formos ao detalhe do nível da saturação de cores é um verdadeiro campeão e imbatível neste aspecto.

Os pretos são realmente dessa cor e não têm tons mais parecidos com cinzento escuro, o ecrã em si é muito brilhante e as cores muito vivas, aliás têm um brilho tão acentuado que em certos casos tive que sobrepor o ajuste automático do sensor de luz ambiente de modo a reduzir brilho porque até feria os olhos. E posso afirmar que dos testes que já fiz em alguns telemóveis, um ecrã Super AMOLED com o brilho no mínimo tem mais luminosidade e cores vivas que outros que já testei no máximo.

Forte de mais? Talvez o seja, é possível ter-se um ecrã com uma capacidade de brilho superior a esta? Duvido, a não ser que quem queira tentar esta proeza queira derreter os olhos dos seus clientes.

Para terem uma certa ideia da qualidade que estamos a falar, tentem comparar as cores de um bom televisor LCD a um com a tecnologia LED (onde a Samsung sem surpresa também é pioneira e líder de mercado) e irão perceber dos padrões de qualidade de cor que estamos aqui a falar.

O ecrã do Galaxy S é sem dúvida topo de gama e do melhor que existe na actualidade. Mas quisemos ir mais longe, e verificar uma alegada limitação relativa aos ecrãs AMOLED. Uma das desvantagens apontada à anterior geração AMOLED era a fraca claridade face à claridade do dia comparativamente à tecnologia convencional LCD. Fomos portanto testar num dia de pleno sol, para verificar se esta limitação ainda se verifica num Super AMOLED e aqui fica uma fotografia.

Não só, não notámos qualquer limitação que o ecrã Super AMOLED pudesse sofrer tal como sofreu a anterior geração, como quando comparado com alguns Smartphones com a tecnologia LCD, que já testámos perante situações de grande luminosidade exterior, não hesitamos devido às cores vivas presentes no super AMOLED, que sobressaem mesmo em condições intensas de luz solar a entregar de mão beijada o troféu também ao Galaxy S. Não queríamos também descurar, a sensibilidade do ecrã do Samsung Galaxy S, nomeadamente a precisão no toque.

Veja no seguinte vídeo onde testámos a sua sensibilidade, e poderá atestar o elevado poder de resposta deste ecrã.

 

Som e Altifalante

Se ao nível da imagem os possuidores do Galaxy S, ficarão bastante bem servidos, ao nível do áudio, o nível de satisfação será também alto. O som é bastante amplificado, quer no modo de altifalante de alta voz, quer na utilização dos auscultadores. E neste último aspecto, a Samsung felizmente decidiu não inventar e optar por incluir uma entrada 3.5mm (relembramos que alguns como o TMN a1 utilizam uma norma menos convencional), o que quer dizer que se não estiver satisfeito com os auriculares que o Galaxy S traz, poderá utilizar por exemplo os do seu leitor de MP3, que se utilizarem uma entrada de 3.5mm irão funcionar.

A qualidade de som, esteve sempre presente nos nossos testes habituais em reprodução de ficheiros MP3, ou mesmo na recepção de Radio FM. Claro que neste aspecto, as condições ao nível da qualidade sonora, serão sempre afectadas pela recepção e atenuação do sinal devido a possíveis interferências no meio de propagação do sinal. Mas em condições ditas normais, é um prazer ouvir rádio no Galaxy S.

A qualidade das chamadas é nítida e suficientemente amplificada, o que geralmente se requer de um Smartphone desta qualidade. Não nos consideramos de forma alguma audiófilos, mas sabemos distinguir a qualidade do altifalante de um Smartphone quando submetido a ambientes de algum ruído, em que só os melhores mantêm um mínimo de qualidade sonora e nítida de voz.

Este Smartphone da Samsung, estará certamente nesta última categoria.

 

Câmara

Neste aspecto, temos pontos positivos e negativos, o negativo já indirectamente o referenciámos na secção de hardware. Achamos um pouco inacreditável como a funcionalidade de Led Flash não vem neste modelo, embora já tenha marcado presença em modelos tão populares e mais antigos da marca coreana como os modelos Omnia e Omnia II e estando mesmo presente no seu novíssimo Samsung Wave. Ou seja modelos com Windows Mobile e o mais recente BADA, foram contemplados com Led Flash, não conseguimos perceber porque o Android não mereceu semelhante tratamento por parte da Samsung.

Dispositivos competidores do mesmo segmento como o HTC Desire, têm por exemplo esta funcionalidade. E como não estamos a falar no caso do Galaxy S, de um Smartphone de baixo custo, não compreendemos como o Led Flash não foi incluído.

Isto afecta a qualidade de imagens? Pode afectar ou não dependendo sempre das condições e luminosidade ambiente, decidi desta vez tirar uma fotografia no meu café de eleição onde vou todos os fins de semanas à noite tomar a “bica”. E reparem que para um ambiente que não é muito iluminado, as cores são fieis ao meio envolvente, o que abona, favoravelmente à qualidade da lente da câmara.


Ainda não está convencido? Então saiba, onde a qualidade da lente da câmara do Samsung Galaxy sobressai é no campo da gravação e reprodução de vídeo. Os vídeos podem ser gravados na norma 720p a uma velocidade de 30fps (frames por segundo).

A qualidade dos vídeos capturados é bastante boa, e o efeito comum de se ver em algumas das gravações de câmaras com fraca qualidade, em que ao virar rapidamente a câmara, faz com que os objectos tenham ligeiras distorções nas suas formas (o chamado efeito de “gelatina”) não sobressaiu. Veja por si só esta pequena amostra e tire as suas conclusões do que este Smartphone é capaz de fazer neste campo.

 

Software

Nesta componente fundamental do funcionamento do Galaxy S, há algo mais que se lhe diga à primeira vista. O sistema operativo móvel utilizado é uma vertente um pouco especial do Android 2.1. O TouchWiz 3.0, utilizada pela Samsung na personalização da interface do Android, é pouco original. Claro que tem pontos positivos e negativos.

Comecemos pelos negativos, o menu de aplicações é uma versão “iPhonizada”, do Android. Em vez de o scroll à procura de aplicações se processar de cima para baixo (ou vice versa), processa-se da esquerda para direita ou vice-versa. Se fosse esta a única coincidência com o iOS4, não estaríamos a referir este aspecto, mas há mais.

Os ícones do menu de aplicações padrão do Android, são substituídos por equivalentes com cantos arredondados e mais coloridos, como encontramos no iOS. O tema utilizado nos menus do Android, dando como exemplo o uso do branco e azul para selecções lembra muito o sistema operativo móvel da empresa de Cupertino.

Pensamos que neste aspecto, a Samsung poderia ter feito muito melhor, e ser mais original respeitando um pouco mais a interacção e o aspecto padrão do Android, ou no limiar seguir um caminho diferente mas ao mesmo tempo distintivo como a HTC conseguiu com a sua vertente do Sense UI.

Como pontos positivos do touch Wiz 3.0, realçamos a substituição da parte inferior de acesso ao menu de aplicações e áreas virtuais do Android, por atalhos para funcionalidades utilizadas de uma forma mais comum pelos utilizadores, referimos o acesso ao telefone, contactos, mensagens e aplicações. Alguns widgets android introduzidos pela Samsung como um relógio analógico com a informação de fuso horário e meteorologia, são também aspectos positivos de algum trabalho adicional da Samsung.

No que se refere às aplicações incluídas por omissão, e nem de propósito a primeira aplicação disponível no menu do Galaxy S faz-nos faz lembrar o iBooks da Apple, referimos-nos ao Aldiko Ebook.

Esta aplicação não é desenvolvida pela Samsung, mas a inclusão da mesma por omissão demonstra a vontade de a Samsung se colar ao iPhone. No entanto à própria aplicação, nada temos a dizer, está bem desenvolvida e inclui já alguns ebooks portugueses. Dos ebooks destacamos o “Eu amo você” do Nilton, e “Levantado do Chão” do prémio Nobel da Literatura José Saramago, que nos deixou recentemente.

Além destes, existe um catálogo bastante alargado de livros gratuitos e ainda maior pago como seria de esperar.

Mas existe outras aplicações que destacamos positivamente. A aplicação de Rádio FM é muito fácil de usar e intuitiva e não exige praticamente nenhuma interacção do utilizador. Da primeira vez que é carregada pesquisa automática todas as estações de rádio nas suas imediações.

O utilizador apenas precisa de seleccionar uma rádio pré-sintonizada ou arrastar o dedo sobre a frequência para procurar a sua própria rádio. Outra das aplicações que nos chamou a atenção da sua inclusão foi o Layar. Trata-se de um serviço bastante inovador e interessante o oferecido por esta ferramenta de realidade aumentada.

Com o seu Galaxy S, pode apontar a câmara para qualquer edifício à sua volta, e obter informação que será mostrada sobre a projecção de vídeo. Pode por exemplo obter informação sobre monumentos, restaurantes, ou caixas multibanco nas suas imediações, é uma ferramenta de bastante utilidade para quem viaja muito. Mas até de aplicações simples e de bom efeito, está recheado este Smartphone.

Uma aplicação que gostei especialmente, foi a “Memo”, que permite adicionar e gravar notas em forma de “postit’s”. Permite facilmente mudar o fundo das notas de modo as diferenciar. Demonstra que às vezes as aplicações simples são as mais úteis.

Gostámos também da personalização do software da câmara para gravação e reprodução de vídeo, e captura de imagem. O Galaxy S, não trás um botão dedicado a invocar a câmara optando por um botão virtual, no software da câmara. Apesar de algumas opiniões que vimos em outros meios contra esta decisão da Samsung, não somos contra essa ausência de tecla (impede pelo menos que lateralmente se carregue na tecla por engano e seja invocado acidentalmente o software da câmara).

A aplicação é bastante fácil de usar e possui ainda perfis, para auto retratos ou com luz ambiente, o que ajuda em alguns casos a melhorar significativamente a qualidade das imagens capturadas.

Acrescentamos ainda a introdução de aplicações exclusivas da Samsung para este Galaxy S. Falamos da entrada do menu de aplicações “Samsung Apps”. Esta oferta é algumas aplicações ou títulos exclusivos, seleccionadas pela Samsung derivadas de parcerias com alguns provedores de conteúdos.

Um dos títulos que destacamos é o Asphalt 5. Um jogo arcade de simulação de corridas de automóveis, onde poderá escolher entre inúmeras máquinas em pistas com um elevado detalhe. Como é um jogo com fortes requisitos da capacidade 3D decidimos ver até que ponto o Galaxy S se portava e até que ponto a experiência era fluida.

Veja o seguinte vídeo:

Queríamos salientar ainda um ponto muito positivo o teclado, ou deveríamos dizer teclados? A Samsung introduz o seu próprio teclado que é activado por omissão. Como tira partido de um ecrã enorme e com um toque muito preciso, o teclado da Samsung que possui as letras devidamente espaçadas, possibilita uma experiência de escrita precisa e bastante produtiva. Mas, a cereja no topo do bolo, passa pela Samsung ter incluído um teclado opcional, e este não é nada mais nada menos que o Swype.

Gostamos bastante deste teclado e da sua navegação inovadora. Para escrever uma mensagem basta carregar numa letra do teclado que pertença à palavra e basta arrastar sem levantar o dedo, para completar a palavra. Ao fazer isto constantemente até terminar frases inteiras, vimo-nos a escrevermos SMS com uma velocidade pelo menos 2 vezes superior ao teclado normal virtual. Se quer ter uma ideia do que o Swype é, deixamos este vídeo exemplificativo de modo a que possa perceber o quanto esta tecnologia revoluciona a forma como todos nós escrevemos.

Já agora deixamos a dica de como mudar de teclados. Apenas tem que manter o dedo pressionado sobre uma qualquer caixa de texto do Android e escolha a opção “método de introdução”. A partir daí poderá escolher entre o teclado Samsung e o Swype.

Pode ver resumidamente as nossas principais impressões acerca da componente de software no seguinte vídeo:

Conectividade e Autonomia

O Samsung Galaxy S, apesar de ser uma oferta vinda da TMN, não inclui software de navegação GPS “offline” como a oferta da NDrive como encontramos no TMN a1, por exemplo. Em vez disso, o Galaxy S, utiliza o Google Maps Navigation, que recentemente chegou ao nosso país com o estatuto de Beta. Precisará para isso de um plano de dados 3g, com um tráfego incluído (de facto só assim poderá usufruir em total de um Smartphone Android).

Quanto à conectividade, ao nível do GPS, não tivemos grandes dificuldades em detectar a nossa posição no Google Maps. O 3G, também nos pareceu ter um sinal aceitável de recepção dentro do que estamos habituados em outros modelos. A conectividade Wifi, tem um alcance em que tivemos experiências diferentes.

Em minha casa na rede wireless que tinha montada, tive maior alcance do sinal wireless que modelos anteriores que testei, numa rede de uma residencial perto da minha casa, o alcance é inferior por isso consideramos isto um empate em relação aos outros equipamentos.


Falando da autonomia, como este modelo alberga um ecrã Super AMOLED e a conhecida poupança de energia associada a esta tecnologia, faria prever uma maior autonomia de bateria certo? Errado! Isto porque o ecrã apesar de utilizar uma tecnologia baseada em LED’s, alberga um ecrã de 4 polegadas, uma oferta bastante superior a muitos modelos da concorrência.

O que significa que um uso intensivo de GPS, wifi ou 3g, para aceder à net, ouvir música, alguns vídeos ocasionais no YouTube e jogos com uma componente 3D elaborada, a autonomia passa para menos que um dia. Com um uso moderado 3g ou wifi para consultarmos email e uma ou outra página Web, bem como receber e efectuar chamadas (que se formos a ver é um uso mais fidedigno do aparelho), assumindo algumas modificações de modo a reduzir o brilho do ecrã, facilmente chegamos a 1 dia de autonomia possivelmente dia e meio. Por isso, nada de novo neste aspecto, apesar do uso da tecnologia Super AMOLED.

Observações Finais

O Samsung Galaxy S, é um Smartphone muito completo em vários aspectos, tanto ao nível do hardware como à oferta de software incluída. Em primeiro lugar não podemos deixar de congratular a TMN em trazer aquele que é na nossa opinião, um dos melhores Smartphones Android presentes no nosso mercado. Tem aspectos menos positivos? Sim tem!


Para nós ao nível do hardware este Smartphone peca pela ausência de Led Flash, ainda nesta vertente, o aspecto demasiado “iPhonizado” não passa despercebido, uma característica que não escapa igualmente ao nível do software.

Esta colagem ao iPhone poderia ter sido largamente evitada. Não gostámos da forma como se destaca a parte traseira do Galaxy S, o processo é um pouco errático sujeito à dose certa de jeito e força. Processo este susceptível a que com um pouco de força a mais tenhamos algumas capas partidas, já que apesar de ser um plástico minimamente resistente, quanto à força não há resistência.

Ao nível de pontos positivos no Galaxy S, um sobressai sobre todos os outros. O brilhante e sensível ecrã Super AMOLED, que vai fazer as delícias de quem o possuir. É uma tecnologia que diz muito à Samsung que é provavelmente neste aspecto o principal inovador do mercado.

A sua experiência em ecrãs LEDs, vê-se nos seus magníficos televisores e agora está a se reflectir no mercado móvel. A forma como a Samsung tira partido do processador ARM Cortex 8, resume-se a velocidade, muita velocidade e fluidez em vários aspectos da interacção com o Android. Destacamos ao campo do software a oferta diferenciadora e na nossa opinião superior em relação aos restantes concorrentes no mercado Android.

Perdemos horas a jogar Asphalt 5, a ver livros electrónicos e a escrever mensagens no fantástico teclado Swype, bem como a navegar no seu rapidíssimo browser e a realizar chamadas com uma qualidade de som bastante nítida. Ficámos também estupefactos de apesar de a câmara não ter led flash, tirar fotografias com uma tonalidade de cores bastante equilibrada mesmo em ambientes com uma iluminação limitada e realizar gravações de vídeos com uma qualidade acima da média.

A experiência de aplicações como um todo e as características em que hardware e software se conjugavam é muito boa. Será que estes aspectos, pesando os prós e contras, se traduzem nos 399 euros, o preço de lançamento da TMN? Sem dúvida, não nos chocaria que a TMN tivesse colocado o Galaxy S no mercado português a um preço um pouco maior, já que não achamos caro para a conjugação de Software e Hardware que é fornecida e será certamente um Smartphone que pudemos recomendar.

Tem ainda a grande vantagem de poder se tornar ainda mais rápido e com algumas arestas polidas ao nível de software na actualização futura para o Android 2.2, que a Samsung já prometeu. Isto demonstra que a conjugação ideal de software / hardware torna o potencial do Android para Smartphones de alta gama bem real.

Não é perfeito e tem desvantagens comparado com o que se encontra com o iOS (um sistema com outro nível de maturação). Mas penso que para a maioria dos utilizadores com um nível de exigência médio/alto, um bom Smartphone como o Samsung Galaxy com Android, pode facilmente satisfazer as suas necessidades.

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