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Análise: Moto E, a qualidade a baixo preço

O Moto E chegou recentemente ao mercado e tal como o seu “irmão” Moto G promete ser um sucesso.

O baixo preço aliado a 1GB de RAM e a um processador Dual-core, que lhe conferem um desempenho de excelência, fazem deste smartphone um equipamento apetecível para quem não dá importância aos extras que os equipamentos mais caros oferecem. Conheça o Moto E em pormenor.

Há algum tempo deixámos aqui no Pplware um artigo com um vídeo onde mostrava o Moto E, um smartphone barato de entrada de gama, com um desempenho ao nível do Samsung Galaxy S5, um dos mais recentes topos de gama do mercado, também já por nós analisado.

Na verdade, o Moto E consegue um desempenho fantástico na execução das aplicações de utilização mais comuns ao lado de um topo de gama, porque estamos perante um Android quase original, sem interfaces pesadas como o TouchWiz do Galaxy S5, mas obviamente que há uma grande distância entre eles.

Contudo, a simplicidade com que é apresentado, com o indispensável para correr aplicações com fluidez, com boa autonomia, uma qualidade de ecrã superior aos da mesma gama, e obviamente o seu preço, distinguem-no dos restantes.

 

Especificações

  • Sistema Operativo: Android 4.4.2 (KitKat)
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 200 Dual-core @ 1.2 GHz
  • Memória RAM: 1GB
  • Memória interna: 4GB
  • Memória externa: cartão microSD até 32GB
  • Ecrã: 4.3″, 540 x 960 píxeis (256ppp), protecção Corning Gorilla Glass 3
  • Câmara traseira: 5MP, Sem Flash, Geo-tagging, vídeo 854×480 @ 30fps
  • Conectividade: Wi-Fi 802.11 b/g/n (Wi-Fi hotspot), Bluetooth v4.0, microUSB 2.0, A-GPS/GLONASS
  • Sensores: Acelerómetro, Proximidade
  • Bateria: 1980 mAh Li-Ion, com autonomia para cerca de 60 horas
  • Dimensões: 124.8 x 64.8 x 12.3 mm, 124g

 

Design e características gerais

O Moto E inclui um processador dual-core a 1.2 GHz, tem 1 GB de memória RAM e apenas 4 GB de memória interna, expansível até 32GB através de cartão microSD. O ecrã de 4.5 polegadas tem uma resolução de 960 x 540 píxeis, com uma densidade aproximada de 256 ppp, com protecção Gorilla Glass 3. Apesar de vir com a versão 4.4.2 do Android KitKat já tem disponível a actualização para a versão 4.4.3.

Em termos de dimensões estamos perante um pequeno smartphone de 12,48 centímetros de altura, 1,23 de espessura e um peso de 124g. Tendo em conta o espaço que tem abaixo do ecrã, onde se encontra o altifalante, seria interessante incluir aí botões comuns do Android ao invés de os colocar no ecrã.

As laterais são simples onde apenas estão incluídos os botões de Volume e Power do lado direito. Pessoalmente não estão colocados numa boa posição, prefiro o Volume de um lado e o Power do outro, mas isso é uma questão de hábito.

Em cima encontra-se o jack de áudio de 3.5 mm e um microfone. Ainda em cima, mas na frente, está colocado o sensor de proximidade.

Na traseira do Moto E apenas vem a câmara de 5 megapíxeis que nem vem acompanhada de flash. A câmara é talvez a pior característica deste smartphone, mas mais abaixo falarei dela com mais pormenor.

A abertura (difícil) da capa traseira serve essencialmente para colocar os cartões micro-SIM e microSD e, para quem gosta de variar, é possível trocar a capa por uma das 9 cores disponíveis. Estranhamente, a bateria não é removível tal como também acontece com o Moto G. Uma vez que se pode retirar a capa traseira poderia ser uma vantagem a possibilidade de troca também da bateria.

E porque todos os pormenores contam para influenciar o preço de um equipamento, a caixa deste Moto E apenas traz consigo o smartphone, o cabo de transmissão de dados USB/microUSB e um pequeno manual de instruções.

 

O Android

O ecrã é um dos seus factores positivos, apesar de não ser de alta definição a resolução é bastante nítida, com uma densidade de aproximadamente 256 ppp, fica à frente de qualquer um da sua gama e até de segmentos mais elevados. Depois a protecção Corning Gorilla Glass 3 vem trazer-lhe o acabamento final necessário. Relativamente à luminosidade, os diferentes níveis não sendo espectaculares à luz do sol, são bastante aceitáveis.

Como já foi referido anteriormente, o Moto E vem com Android 4.4.2 KitKat o que só por si é uma vantagem, face até a alguns dos mais recentes smartphones de gamas mais elevadas que têm vindo para o mercado com versões Android Jelly Bean.

A interface é bastante simples e em termos de aplicações nativas, além das aplicações Google, traz inclusas algumas apps da Motorola. A única aplicação não incluída e que é cada vez mais essencial é um gestor de ficheiros. Mas passemos à apresentação das aplicações que valem a pena serem destacadas.

 

Motorola Alerta:

Esta aplicação permite contactar pessoas importantes, de confiança, sempre que sentir necessidade. A aplicação tem três modos de acção:

Com a Motorola Alerta poderá ainda configurar locais, como casa, trabalho ou escola e notificar algum contacto sempre que chegar ou sair de um desses locais.

 

Motorola Assist:

O Motorola Assist sugere acções para automatizar tarefas, com base no reconhecimento da utilização do smartphone. A aplicação analisa as tarefas agendadas no calendário, envia mensagens automáticas aos seus contactos a avisar que está ocupado e desliga o som durante a noite para que não seja perturbado durante o sono, tudo isto com simples configurações.

 

Migração Motorola:

A aplicação permite a transferência de fotos, vídeos, músicas, configurações de volume e de brilho do ecrã, histórico de ligações e de mensagens de texto e ainda os contactos do SIM do seu antigo smartphone para seu novo Motorola, através da utilização de um código QR.

 

Quickoffice:

A Quickoffice da Google é a aplicação que permite criar e editar documentos, folhas de cálculo e apresentações do Microsoft Office num smartphone ou tablet Android, e vem instalada por omissão no Moto E. Através dela é possível:

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Relativamente a outras definições do Moto E, uma outra desvantagem é não trazer idioma em Português de Portugal. Para quem não entende inglês ou outro dos idiomas vai ter que se habituar à “Tela”, aos “Aplicativos”, ao “Compartilhar” e outras palavras típicas do Português do Brasil.

 

Fotografia e Vídeo

A câmara fotográfica é sem qualquer dúvida a grande deficiência deste equipamento. Com tão boas características, com tantos factores positivos num smartphone de entrada de gama, numa Era em que a partilha de imagens faz parte da “vida social” de tantos utilizadores, a Motorola poderia ter apostado mais nesta câmara.

A câmara de 5 megapíxeis, sem flash e com geo-tagging, captura imagens de 2592 х 1944 píxeis e grava vídeos de 854 x 480 a 30fps. Abaixo encontram-se alguns exemplos de fotografias capturadas em diferentes ambientes. Confira a qualidade.

 

Veredicto

O Moto E tem uma bateria de 1980 mAh que lhe confere uma autonomia bastante razoável, de mais de 2 dias de utilização normal. Leia-se normal, com algumas chamadas, mensagens através do Hangouts e messenger do Facebook, consulta de e-mail, redes sociais, utilização do browser e um ou outro jogo.

É evidente que tendo apenas 4 GB de memória interna jogos mais pesados em termos de espaço não são muito aconselháveis, e várias aplicações abertas em simultâneo é também contraproducente para o smartphone.

Contudo, tal como foi referido inicialmente, o desempenho geral é bastante positivo. Existe fluidez nos movimentos em geral, até no browser ou redes sociais, as aplicações abrem de forma rápida e durante o tempo de teste apenas se registaram pequenos bloqueios nas situações descritas acima.

O Moto E pode ser encontrado em várias lojas nacionais a preços entre os 120 e 130 euros, o que para quem precisa de um smartphone simples, sem necessidade de sensores especiais, aplicações que acabam por não ter utilidade real para a maioria dos utilizadores, e que privilegia a fluidez na execução das tarefas, esta pode ser a opção mais acertada.

 

Aspectos positivos

 

Aspectos negativos

Moto E

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