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Análise: LG Maximo (Optimus) One

Em Setembro de 2010, o PPLWARE anuncia as novidades da LG para o mercado dos smartphones, LG Optimus One e LG Optimus Chic. A operadora móvel Optimus decidiu adoptar o primeiro e deu-lhe um novo nome: LG Maximo One.

O LG Maximo One foi um dos primeiros smartphones lançados com o Android 2.2 (Froyo) e só por isso, merece toda a nossa atenção, tendo ainda em conta o seu preço apetecível. No entanto, não será mais um Android low-cost no meio de tantos outros como o TMN A1 ou o Optimus Boston?

Siga atentamente a minha análise recheada de vídeos, imagens, opiniões, comparativos e tire as suas próprias conclusões.

Vejamos as características do hardware deste pequeno gadget:

Especificações técnicas

Consulte as especificações técnicas na página oficial.

Abertura da caixa

Seguindo as tendências dos grandes fabricantes móveis, a LG coloca o seu Maximo One numa pequena caixa, suficiente para acomodar os restantes acessórios:

Veja a abertura da caixa em vídeo:

O cabo USB encaixa na pequena entrada microUSB do smartphone, mas infelizmente não traz consigo uma pequena “portinhola” para proteger possíveis entradas de pó e objectos estranhos. O cabo USB, a meu ver, é excessivamente comprido, mas se tivermos em conta a sua ligação ao adaptador para a ficha eléctrica, já se torna compreensível.

Entrada microUSB e microfone

O adaptador de corrente foi uma boa inclusão, permitindo a carga do aparelho não apenas através do PC, mas também ligando à corrente eléctrica. Tal como no iPhone, é o cabo USB que intermedia a ligação entre o smartphone e o adaptador de corrente.

Adaptador de corrente

Os auriculares estéreo têm um aspecto um pouco “barato”, muito por causa da má qualidade do plástico do qual são feitos – leve e frágil. Estes auriculares têm também um pequeno controlo para as chamadas.

Auriculares estéreo de fraca qualidade sonora e de construção

Nota positiva para a inclusão de uma entrada áudio 3.5mm, sendo assim possível encaixar quaisquer outros auriculares, mas de muito melhor qualidade.

Entrada para os auriculares de 3.5mm

O hardware

Construção

Apesar do seu baixo preço, o Maximo One é bastante sólido e robusto quando comparado com a sua concorrência mais directa (TMN A1 e Optimus Boston). A tampa traseira tem um toque suave de borracha e dá o acabamento final à peça, que se assume como um todo, como um pequeno seixo redondo.

Agarrando o LG Maximo One

A tampa traseira está tão bem colada ao smartphone que nem se sente o incómodo ranger de plásticos, embora se torne complicado para um novo utilizador retirá-la pela primeira vez, parecendo partir-se a qualquer momento. Nada de muito grave e aprende-se com o tempo.

Parte de trás feita de borracha agradável ao toque

Este LG é circundado por uma elegante fita metálica que lhe dá um ar mais sério e profissional. Ao longo da mesma encontram-se as entradas para o cabo USB e a entrada áudio, assim como o microfone e diversos botões.

Bateria

Com uma utilização normal deste smartphone, o Maximo One consegue durar cerca de 2 dias: um marco já muito bom tendo em conta a fraca autonomia dos telemóveis baseados em Android.

Botões

O LG Maximo One vem munido de 6 botões: na frente temos os botões para aceder ao menu de contexto, para aceder ao ecrã principal (Home), para voltar atrás e ainda para pesquisar. Estes botões são grandes e fáceis de premir, embora pudessem ser um pouco mais “sólidos”. Por um lado agradarão quem prefere sentir o toque “físico”, por outro, serão incómodos para quem estiver habituado a botões capacitivos (que não precisam de ser premidos).

Botões físicos: Contexto, Home, Back e Pesquisar.

Do lado direito está o botão duplo para diminuir ou aumentar o volume.

Lateral - botão do volume

Por fim, no topo do aparelho encontra-se o botão que permite simultaneamente bloquear o telemóvel e, se premido durante mais tempo, desligá-lo ou trocar para modo silencioso/de avião. Este smartphone não traz consigo um trackpad e por isso torna difícil a interacção com alguns tipos de jogos e até menus, caso o utilizador esteja habituado.

Botão ligar/desligar/bloquear

Altifalante

O altifalante incluído não impressiona ninguém. A qualidade de som que este emite, por exemplo quando reproduz um vídeo ou música, é satisfatória para a sua gama.

Altifalante no topo

Câmara

A câmara tem capacidade para fotografar a 3 MP e filmar a 640×480 píxeis a 30fps. Veremos mais à frente a qualidade das fotos e vídeos processados pelo Maximo One.

Câmara de 3 MP

Microfone

O microfone encontra-se na parte de baixo do Maximo One e infelizmente não pude testar a qualidade do som nas chamadas, pois não me foi fornecido qualquer cartão compatível com este aparelho. Já na gravação de voz através da aplicação Gravador de voz, o som é sem dúvida mau, comparável ao som de uma chamada telefónica. No entanto, boas notícias para os possuidores de Android que sofrerem do mesmo: podem sempre utilizar a aplicação chamada Virtual Recorder e converter posteriormente o ficheiro PCM para MP3, usando o Audacity, por exemplo.

Microfone na parte de baixo

Ecrã

Trata-se de um ecrã TFT capacitivo de 256.000 cores normalíssimo e 3.2 polegadas a 320×480 píxeis de resolução. Para este segmento não se pode pedir muito mais.

Teste de brilho

Em relação ao seu brilho e vividez das cores, pareceu-me satisfatório, mesmo quando comparado com um ecrã Super AMOLED.

Ecrã ligado

A sua atracção pelas famosas “dedadas” está perfeitamente dentro do normal e a sua capacidade de resposta face ao toque é também mediana.

Ecrã com brilho no máximo

Ligação WiFi

Uma das grandes preocupações de quem planeia comprar um novo smartphone é a compatibilidade com as infraestruturas wireless existentes. Digo isto pois conheço quem tenha mesmo muita dificuldade em ligar-se à eduroam (rede wireless das universidades) através do TMN A1. Pois bem, podem estar descansados, a ligação deste Maximo One à rede foi tão simples como importar um certificado e introduzir os dados de acesso.

Escusado será de dizer que a ligação WiFi é naturalmente rápida, já a 3G não posso dizer o mesmo pois, tal como disse anteriormente, não me foi fornecido qualquer cartão de acesso à rede deste aparelho.

Índice

Na próxima página poderá observar a comparação do LG Maximo One com o TMN A1 e Samsung Wave, em termos de tamanho, ecrã, qualidade fotográfica e qualidade de captura de vídeo.

Comparativos

Tamanho: Samsung Wave vs. LG Maximo One

O LG Maximo One é mais largo e mais baixo que o Samsung Wave

Ecrã: Samsung Wave vs. LG Maximo One

É óbvio que a comparação destes dois smartphones é, à partida, injusta – um ecrã Super AMOLED é largamente melhor que um TFT. No entanto, achei curiosa a forma como o brilho do LG Maximo One se bate com o brilho do Super AMOLED do Samsung Wave. Em termos de brilho, tal como disse, são parecidos, mas é na qualidade das cores que se nota a diferença, por exemplo nos brancos.

Ecrã bloqueado do Samsung Wave e LG Maximo One

É claro que a reduzida resolução (320×480 píxeis) deste smartphone também o prejudica em relação aos poderosos 480×800 píxeis do Wave. Não aconselho a compra de um smartphone desta gama se já foram proprietários de smartphones com uma resolução muito superior – notará bem a diferença.

No entanto, se vai comprar comprar o seu primeiro smartphone touchscreen e o orçamento é limitado, aconselho vivamente este LG Maximo One, o ecrã é dos melhores na sua gama, comparando com o TMN A1 ou Optimus Boston, por exemplo.

Ecrã principal do Samsung Wave e LG Maximo One

Câmara: Samsung Wave vs. LG Maximo One vs. TMN A1

Fotografias

É possível tirar fotografias até um máximo de 3.2MP de resolução. As fotos não são nada do outro mundo, são boas em ambientes bem iluminados e é claro, pecam na qualidade em ambientes de luz artificial. Deixo-vos um pequeno comparativo entre as fotos tiradas com este LG Maximo One, com o Samsung Wave e com o TMN A1. Claro que notará uma grande diferença, mas lembre-se dos bem aproveitados 5MP do Wave.

Clique em cada uma das imagens para ver o ficheiro original.

Interior, sem flash

LG Maximo One - interior sem flash

TMN A1 - interior sem flash

Samsung Wave – interior sem flash

Neste comparativo a imagem do TMN A1 parece mais definida, no entanto, parece um pouco “enublada” em relação ao LG Maximo. Repare-se na dificuldade em assimilar as cores reais em ambos os modelos inferiores ao Samsung Wave.

LG Maximo One – interior sem flash a 100% de zoom
TMN A1 – interior sem flash a 100% de zoom
Samsung Wave – interior sem flash a 100% de zoom

Visualizando as fotos de mais perto, não há duvidas: o LG Maximo One é bem melhor que o TMN A1. Note-se ainda a forma como o LG Maximo One se bate com o Samsung Wave – embora a focagem deste tenha falhado.

Exterior sem flash

LG Maximo One - exterior

Samsung Wave - exterior

Mais uma vez, o LG Maximo One mostra um bom desempenho nas suas fotografias, pecando apenas em relação à falta de realismo das cores capturadas. Mas tendo em conta a sua gama, tem uma câmara excelente.

LG Maximo One - exterior a 100% de zoom

Samsung Wave - exterior a 100% de zoom

Vendo de perto os pormenores das fotos de ambos os dispositivos, é ainda mais notório o contraste exagerado nas cores capturadas pelo LG Maximo One. Mesmo assim, é de realçar a sua definição.

Captura de vídeo: LG Maximo One vs. TMN A1 vs. Samsung Wave

TMN A1 – Captura de vídeo

A captura de vídeo do TMN A1 é claramente inferior à do LG Maximo One. No entanto, ambos capturam som com muito pouca qualidade, ao contrário do Samsung Wave.

LG Maximo One – Captura de vídeo

Repare na diferença de frames por segundo do LG Maximo One para o TMN A1 – estrondosa.

Samsung Wave – Captura de vídeo

Índice

Na próxima página poderá saber mais acerca das novidades do Android 2.2 incluído neste smartphone e também algumas adições na interface por parte da LG.

O sistema operativo

O Android 2.2 Froyo é sem dúvida um dos grandes trunfos para este smartphone, tendo em conta o seu preço. A versão mais actual do Android não se arrasta nesta máquina apesar das suas características bastante modestas (CPU a 600MHz). É claro que, vinda de um Samsung Wave em que tudo flui sem esforço, toco neste LG Maximo One e estranho naturalmente o seu ligeiro entorpecimento.

A boa notícia é que sim, todos os telemóveis desta gama (TMN A1, Optimus Boston) se comportam de forma semelhante. Não é nada de extremamente grave, não é difícil de se acostumar, mas custa um pouco quando se está habituado a um nível francamente superior.

A má notícia é claramente a sua fraca perspectiva de actualização face à próxima versão Android (2.3 Gingerbread), longe do 1GHz de processamento e 512MB de memória requeridos.

NOTA: Existe alguma confusão em relação a este assunto. A LG veio a público afirmar que o Maximo One não receberá o update para o Android 2.3, depois desmentiu e por fim parece que receberá o update. Agora, se o correrá em condições, so o futuro dirá.

No entanto, tendo em conta o segmento de custo desta máquina, não há muito mais a pedir. Quem pretender um smartphone para o futuro terá de despender uns bons trocos adicionais.

A interface

Ecrã Principal

A LG introduziu algumas pequenas modificações ao tema original do Android, mas nada de demasiado intrusivo. A modificação mais visível é a pequena dock curva muito à lá HTC Sense, com espaço para 4 atalhos personalizáveis, Telefone, Contactos, Mensagens e Internet. Há ainda a possibilidade de configurar o ecrã principal para 5 ou 7 ecrãs, onde serão colocados widgets e atalhos para aplicações. O Maximo One, aquando do seu primeiro arranque, traz consigo 5 ecrãs recheados de widgets:

Note-se ainda a possibilidade de inclusão de muitos mais widgets nos ecrãs, mediante o download no Android Market. Se se deslizar o dedo sobre a barra de notificação são mostrados novos atalhos que permitem também ligar/desligar o WiFi, Bluetooth e GPS, assim como o toque e a vibração. Nesta secção é mostrada também uma lista de eventos ocorridos no sistema operativo.

Menu

Se tocar no centro da dock do ecrã principal, é aberto o menu principal. Uma das adições da LG à interface tradicional do Android 2.2 é a possibilidade de categorizar aplicações no menu. O utilizador poderá criar até um máximo de 10 categorias de aplicações com nome personalizado – veja o exemplo acima com a categoria “Aplicações“.

Esta não é uma grande inovação mas poderá facilitar a navegação num menu recheado de dezenas de aplicações úteis que o Market oferece. O Maximo One traz por omissão 2 categorias: Aplicações e Transferências, destinando-se a primeira às aplicações originais do smartphone e a segunda para as aplicações transferidas do Market.

Teclado

O teclado incluído pela LG, o LG Keyboard é em tudo semelhante ao teclado original do Android, excepto na localização dos caracteres especiais, apenas acessíveis mediante um segundo ecrã. Esta não é uma preocupação importante, tendo em conta a enorme panóplia de teclados disponíveis no Android Market.

A escrita neste teclado é em tudo semelhante a qualquer outro Android, embora por vezes se sinta aquele lag irritante entre o toque do caracter e a altura em que este aparece de facto no ecrã. É claro que também há a possibilidade de escrever em teclado numérico, bom para os mais acostumados aos telemóveis tradicionais.

Trocar de aplicação

O Android não utiliza multi-tasking “puro”, mas sim uma forma rápida e fácil de trocar entre aplicações. Imagine que está a navegar no browser e pretende abrir a aplicação Mensagens. Ou carrega no botão “Voltar atrás” ou então abre o menu/ecrã principal e toca sobre a nova aplicação pretendida. A menos que utilize uma aplicação que “mate” o processo do browser, este não se encerra. No entanto, ao trocar de aplicação este “adormece”, guardado o estado, e estando pronto a ser novamente acordado e recuperado. A forma mais fácil de alternar entre aplicações “abertas” é carregando na tecla “Home” por alguns segundos, à semelhança de um ALT-TAB em Windows.

A grande vantagem deste processo face ao multi-tasking “puro” do Samsung Wave, por exemplo, é a rápida troca de aplicações, o “falso” limite de memória e procesamento para manter a aplicação a “correr”. No Wave, onde as aplicações ficam de facto em 2º plano, os recursos continuam a ser consumidos, e quando temos mais que 2/3 aplicações ao mesmo tempo, torna-se caótica a navegação no mesmo. Neste aspecto penso que o Android faz uma boa opção.

Índice

Na próxima página saiba quais as aplicações incluídas no LG Maximo One.

As aplicações

Aplicações base: aplicações por omissão no Android

Carregamento do pplware.com no LG Maximo One

Para ver melhor a navegação no browser do Maximo One, incluindo o multi-touch, veja o vídeo na secção anterior “O sistema operativo”. Tal como se pode observar no mesmo, a navegação usando o pinch-to-zoom é muito pouco fluida.

Pode esperar todo o leque de aplicações Google disponíveis para Android 2.2:

Aplicações de terceiros:

Aplicações da operadora:

Infelizmente não pude aceder a nenhuma destas aplicações pois estas requerem um cartão SIM válido da Optimus.

Índice

Na próxima página veja mais fotos do Maximo One, assim como alguns prós e contras relativamente à sua compra. Por fim, deixo-lhe algumas conclusões relevantes.

Galeria fotográfica


























Prós:

Contras:

Conclusões

É sem dúvida uma óptima aposta, recomendável para quem pretende aventurar-se no mundo Android, mesmo em época de crise, não descurando aspectos como a versão do sistema operativo e a sua qualidade de construção em geral.

Qual é o mercado-alvo deste modelo?

São os utilizadores que irão comprar o seu primeiro smartphone e que precisam de uma interface simples, eficaz e de um dispositivo que ofereça as funcionalidades úteis disponibilizadas pelo vasto leque de serviços da Google. Está igualmente direccionado aos profissionais que precisam de estar constantemente sincronizados e até permitem a partilha da sua ligação 3G via Wi-Fi.

Preço e disponibilidade

O LG Maximo One encontra-se disponível pelas operadoras Optimus por cerca de €169,90 e na Vodafonepor €169,89, incluindo um desconto de €10 nas lojas online.

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