O governo russo anunciou a proibição da mineração de criptomoedas em dez regiões do país, medida que vigorará por um período de seis anos. A decisão foi justificada pelo elevado consumo de energia associado à atividade. A mineração de criptomoedas representando atualmente cerca de 2,5% do consumo energético total nos Estados Unidos.
Rússia proíbe a mineração de criptomoedas até 2031
Segundo a agência estatal Tass, a proibição entra em vigor a 1 de janeiro e estende-se até 15 de março de 2031. O Conselho de Ministros da Rússia indicou ainda que poderão ser implementadas restrições adicionais noutras regiões durante os períodos de maior procura energética.
Por outro lado, a medida também pode ser suspensa temporariamente ou ajustada em determinadas áreas, caso uma comissão governamental avalie mudanças na procura de energia e considere necessário.
A mineração de criptomoedas foi completamente legalizada na Rússia apenas em julho deste ano, embora o país tenha mantido uma relação conturbada com esta prática. Os mineradores são obrigados a registar-se junto do Ministério do Desenvolvimento Digital, e o consumo energético é constantemente monitorizado para evitar excessos.
Agora, essa permissão parece estar a mudar…
A Rússia já havia proibido o uso de criptomoedas como moeda legal em 2022, permitindo apenas pagamentos transfronteiriços. Este último ponto é amplamente interpretado como uma tentativa do país de contornar sanções impostas após a invasão à Ucrânia.
A Rússia não é o único país a restringir a mineração de criptomoedas devido ao elevado consumo de energia da indústria. Em 2022, o Kosovo proibiu a prática como medida para poupar eletricidade durante uma crise energética.
Em abril de 2024, a Angola adotou uma abordagem ainda mais rígida, tronando crime a mineração de criptomoedas. Vários países europeus, como a Islândia e a Noruega, também têm vindo a implementar regulamentações rigorosas devido à escassez de energia.
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