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Quase dois anos depois, FTX diz que vai devolver o dinheiro à maioria dos clientes

Passaram quase dois anos e, após o colapso da empresa, uma enorme lista de lesados e uma série de processos, a FTX afirmou que quase todos os seus clientes receberão o dinheiro que lhes é devido de volta (com juros).


Conforme informação partilhada pela Associated Press, a FTX disse que quase todos os seus clientes receberão o dinheiro que lhes é devido de volta, dois anos após a implosão da bolsa de criptomoedas. Inclusivamente, alguns receberão mais do que isso.

Na terça-feira, num processo judicial, a empresa informou que deve cerca de 11,2 mil milhões de dólares aos seus credores, e que terá entre 14,5 mil milhões e 16,3 mil milhões de dólares para distribuir entre eles.

O processo refere que, após o pagamento integral dos créditos, o plano prevê o pagamento de juros suplementares aos credores. A taxa de juro para a maioria destes é de 9%.

Os clientes e credores que reclamam 50.000 dólares ou menos receberão cerca de 118% do seu crédito, conforme o plano, apresentado ao Bankruptcy Court dos EUA para o Distrito de Delaware. Isto abrange cerca de 98% dos clientes da FTX.

Sobre a origem dos fundos, a FTX afirmou que conseguiu recuperá-los, por via da monetização de um conjunto de ativos que consistiam, na sua maioria, em investimentos próprios detidos pelas empresas Alameda ou FTX Ventures, ou em ações judiciais.

John J. Ray III, atual CEO da FTX

A FTX era a terceira maior bolsa de criptomoedas do mundo quando entrou com o pedido de proteção contra falência em novembro de 2022. A rival Binance, que continua no pódio de maior corretora de criptomoedas do mundo, explorou brevemente a sua aquisição, na altura.

Em 2023, o diretor-executivo escolhido para suceder a Sam Bankman-Fried, John J. Ray III, disse ter formado uma taskforce para explorar a possibilidade de reerguer a corretora.

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