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VIH: medicamento de prevenção teve uma taxa de sucesso de 100% num ensaio

Um ensaio realizado no Uganda e na África do Sul revelou que um medicamento de prevenção do VIH teve uma taxa de sucesso de 100%.


No ano passado, foram registadas 1,3 milhões de novas infeções por VIH. Apesar de este número refletir um declínio significativo, continua a ser superior ao objetivo. Na África do Sul, especificamente, o VIH afeta cerca de 8,45 milhões de pessoas; no Uganda, cerca de 1,2 milhões de pessoas.

Agora, um novo medicamente “vai definitivamente revolucionar a forma como o VIH está a ser prevenido”, afirmou Fundile Nyati, diretor-executivo da Proactive Health Solutions, à Primedia Plus.

Os resultados de um grande ensaio clínico realizado na África do Sul e no Uganda mostram que um novo medicamento de profilaxia pode prevenir melhor as infeções por VIH nas mulheres do que dois outros medicamentos de PrEP – Pre-Exposure Prophylaxis, bloqueadores do VIH, atualmente disponíveis.

 

Ensaio revela medicamento promissor para prevenir VIH

Em 25 locais na África do Sul e no Uganda, uma equipa da Gilead Sciences liderada pela médica-cientista Linda-Gail Bekker investigou a eficácia de três medicamentos PrEP em 5000 mulheres. O ensaio Purpose 1 analisou-as, por forma a avaliar um inibidor de fusão do capsídeo, o Lenacapavir, em comparação com dois outros medicamentos de prevenção do VIH de toma diária.

O estudo verificou que uma injeção de Lenacapavir duas vezes por ano apresentava uma taxa de sucesso de 100% em comparação com os dois outros medicamentos.

Conforme detalhado pelo Interesting Engineering, citando o The Conversation, as mulheres foram divididas em três grupos no ensaio duplamente cego, que oculta aos participantes e ao médico qual o medicamento administrado, no sentido de contrariar qualquer efeito placebo.

As mulheres em África consideram difícil manter um tratamento diário, muitas das quais com idades compreendidas entre os 16 e os 25 anos tomam Truvada F/TDF. Uma nova solução de PrEP, o Lenacapavir, eliminaria este problema, por ser uma injeção a ser administrada duas vezes por ano.

Também foi testado um novo comprimido diário, Descovy F/TAF, contra o Truvada, que se distribui mais eficazmente no organismo. É normalmente utilizado em homens e mulheres transexuais em países com rendimentos elevados, de acordo com a University World News.

Os métodos atuais, apesar de funcionarem, apresentam alguns desafios.

Afirmou Fundile Nyati, também médico de clínica geral.

Os resultados do ensaio mostram que as 2134 mulheres que receberam a injeção de Lenacapavir não contraíram o VIH. Por sua vez, as mulheres que tomaram os dois suplementos diários contraíram: cerca de 16 das 1068 contraíram o vírus tomando o Truvada e 39 das 2136 mulheres acabaram por contrair o VIH tomando o Descovy.

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