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“The Last Of Us” aconteceu: o primeiro caso se um fungo vegetal que infeta um homem

The Last Of Us é uma das séries mais populares do momento, havendo também o jogo disponível. No IMDb conta com uma nota de 8.9/10 estando disponível na plataforma HBO Max. A história é de um desastre apocalítico que se inicia com um surto de fungos de plantas que infetam a humanidade. A possibilidade de tal acontecer na vida real parecia utópica, mas agora foi detetado o primeiro caso de um homem infetado por um fungo vegetal Chondrostereum purpureum.


Da ficção à realidade que se achava remota

Um fungo de planta “assassino” infetou um ser humano e causou sintomas semelhantes aos da gripe, no que os investigadores dizem ser o primeiro caso mundial.

Chondrostereum purpureum é o fungo que provoca a doença da folha de prata na flora, mais comummente em espécies de rosa. Espalhado por esporos transportados pelo ar, recebe esse nome porque gradualmente torna as folhas prateadas – e geralmente é fatal.

Até ao momento, não era conhecido por infetar humanos, mas médicos na Índia relataram o que acreditam ser o primeiro caso.

O primeiro caso conhecido de um homem infetado com Chondrostereum purpureum

O paciente era um homem de 61 anos que recebeu tratamento no Consultant Apollo Multispecialty Hospitals em Calcutá, apresentando sintomas como tosse, fadiga, dificuldade para engolir e voz rouca durante três meses.

Ao contrário das pessoas consideradas de maior risco de infeções fúngicas conhecidas por espécies saltadoras, como aquelas com cancro, HIV, doenças respiratórias ou transplantados de órgãos, o homem não tinha histórico de nenhuma doença. Contudo, era um micologista de plantas, o que incluía trabalhar com cogumelos e vários fungos de plantas.

A tomografia computorizada demonstrou a presença de um abcesso paratraqueal direito.

Os exames feitos no hospital revelaram que a infeção causou um abcesso paratraqueal no pescoço, obstruindo parcialmente as suas vias respiratórias. Os médicos drenaram o pus e o homem recebeu remédios antifúngicos diários durante dois meses.

O caso aconteceu há 2 anos e, neste momento, está “absolutamente bem” e a infeção não voltou.

A infeção foi descrita na revista Medical Mycology Case Reports, disponível no Science Direct, e os médicos, autores e que trataram o paciente, disseram que o caso surpreendente do homem “levanta sérias questões” sobre a capacidade dos patogénicos de plantas causarem doenças em humanos e animais saudáveis.

Se os fungos podem escapar da via de fagocitose e são capazes de escapar do sistema imunológico do hospedeiro, eles podem estabelecer-se como patógenos humanos

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