À margem da Web Summit, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, revelou que Portugal e China vão trabalhar em conjunto com o objetivo de construir pequenos satélites. Este projeto, batizado com o nome STARLab, decorrerá nos próximos 5 anos e envolve um investimento público-privado do lado de Portugal.
Em Portugal, os laboratórios ficarão instalados em Matosinhos e Peniche.
Portugal e China vão investir 50 milhões para criar laboratório STARLab. Este projeto arranca em março e o objetivo é a construção de microssatélites e a observação dos oceanos.
De acordo com o ministro, este projeto “… possui metas a nível científico que passam pelo estudo de fenómenos naturais e os seus potenciais impactos sistémicos e ambientais. Para tal, prevê o desenvolvimento de soluções tecnológicas baseadas, nomeadamente, em microssatélites e na sua integração com plataformas de exploração do mar profundo. Manuel Heitor revelou ainda que este projeto nasceu da cooperação assinada há cerca de um ano e meio entre a Tekever e a Academia de Ciências Chinesa.
O financiamento será repartido pelos dois países. Manuel Heitor referiu também que tal investimento visa o emprego qualificado, designadamente de engenheiros.
Por agora, do lado chinês, o STARLab irá contar com a participação do Instituto de Microssatélites da Academia de Ciências Chinesa e do Instituto de Oceanografia da Academia de Ciências Chinesa. Relativamente a Portugal, além da FCT, da Tekever e do CEiiA, a atividade dos laboratórios também contar com o envolvimento de Instituições de Ensino Superior e Centros de investigação.
Em Portugal os laboratórios deverão começar a funcionar já em março do próximo ano. A formalização do projeto “STARLab” acontecerá em dezembro, com a assinatura de um protocolo entre os dois países durante a visita oficial do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal.