Pplware

Primeiro coração totalmente artificial transplantado com sucesso num paciente

A tecnologia e a ciência andam de mãos dadas para proporcionar ao ser humano recursos necessários para uma vida com mais qualidade. O caso da pandemia e da vacina contra a COVID-19 foi um exemplo de como é possível tirar proveito da sinergia entre estas duas áreas. Isso leva-nos para um feito incrível. Uma equipa da Duke University realizou o primeiro transplante de um coração totalmente artificial nos Estados Unidos.

Esta opção está a manter vivo um homem de 39 anos com insuficiência cardíaca súbita.


Ao longo dos anos, somos presenteados com evoluções na ciência que estuda métodos eficazes para preservar a vida humana. De novas tecnologias para combater doenças, ao desenvolvimento de órgão artificiais, a medicina tem respondido com inovação. Se bem nos lembramos, já em 2017 já se falava de um coração fabricado em 3D capaz de um dia ser a opção na falta deste órgão de dados.

A realidade hoje é outra e um paciente de 39 anos, devido a uma insuficiência cardíaca súbita, recebeu o transplante do primeiro coração totalmente artificial.

 

Coração artificial provisório até encontrar dador

Matthew Moore recebeu o coração que deverá estabilizar o seu estado de saúde e este poderá até voltar para casa. Apesar de ser totalmente funcional, este órgão artificial não é, ainda, um passo final. Isto porque o homem aguarda que seja encontrado um dador compatível de um coração para novo transplante completo.

Estamos animados porque o nosso paciente está a ir muito bem após o procedimento de segunda-feira.

Esclareceu o Dr. Carmelo Milano, um cirurgião de transplante e principal investigador do coração artificial na Duke University, em comunicado.

Após ter sido colocado o órgão artificial, o paciente passou a estar em permanente monitorização.

Enquanto avaliamos este dispositivo, estamos animados e esperançosos de que os pacientes que, de outra forma, teriam poucas ou nenhuma opção, pudessem ter uma tábua de salvação.

Referiu o Dr. Carmelo Milano.

 

Coração Totalmente Artificial ou TAH

O TAH (denominado Aeson) é desenvolvido pela CARMAT, uma empresa francesa que visa ajudar os esforços contínuos para tratar a insuficiência cardíaca. Segundo os dados oficiais, a doença cardíaca é atualmente a principal causa de morte no mundo.

Este dispositivo incorpora tecido vivo derivado de células bovinas (vaca) num órgão sintético. O Aeson envolve o uso de quatro válvulas biológicas que imitam diretamente um coração humano típico. O utilizador deve carregar uma fonte de energia externa que forneça ao coração até quatro horas de energia, durante as quais eles têm muito mais independência do que quaisquer opções anteriores ao transplante.

O coração Aeson agora está à venda na UE, mas o progresso tem sido mais lento nos EUA. Após a aprovação do regulado americano, a FDA no ano passado, a CARMAT iniciou um estudo para envolver 10 pacientes elegíveis para o transplantes do coração Aeson, mas não está claro se o estudo está ainda a decorrer.

 

Momento perfeito para testar pela primeira vez um coração artificial

Quando Matthew Moore foi apresentado à equipa da escola de medicina da Duke University trazia um diagnóstico sério e inesperado de insuficiência cardíaca súbita. A equipa de cirurgiões esperava apenas realizar uma cirurgia para um bypass aorto-coronário, na qual um vaso sanguíneo é implantado para contornar uma sessão estreita da artéria coronária para aliviar a dor no peito e pressão no coração.

No entanto, o estado de saúde de Moore começou a deteriorar-se rapidamente e exigiu uma operação mais urgente – e mais séria. Devido ao declínio da condição, Moore deixou de estar apto para um transplante de coração, que traz um risco significativo e requer um paciente estável.

A única opção restante era um dispositivo artificial para manter o fluxo sanguíneo ao redor do corpo de Moore, tornando esta a oportunidade perfeita para utilizar o novo coração artificial. Matthew Moore está estável, e deverá retomar alguma normalidade em breve. A tecnologia deu mais um passo para valorizar a vida humana.

Exit mobile version