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Pele artificial magnética poderá trazer “super poderes” aos humanos

Uma pele magnética que seja segura e confortável de usar pode abrir a porta para uma vasta gama de aplicações sem fios e controladas remotamente. Quem nunca libertou o Jedi do seu interior e usou “a força” para abrir portas automáticas no centro comercial? Calma, guarde o sabre de luz, vamos falar numa tecnologia que lhe dará “super poderes”.

Foi desenvolvida uma nova pele magnética que pode controlar remotamente interruptores e teclados com o aceno de uma mão ou o piscar de um olho.


Pele artificial que dá “super poderes”

A pele artificial é vestível, flexível, leve e magnetizada, tornando-a útil numa variedade de aplicações sem a necessidade de uma ligação com fio para outros dispositivos.

As peles eletrónicas artificiais normalmente requerem uma fonte de alimentação e armazenamento de dados ou uma rede de comunicação. Contudo, isso envolve baterias, fios, chips eletrónicos e antenas e torna as peles inconvenientes ao desgaste. A nossa pele magnética não requer nada disso. Até onde sabemos, é o primeiro do género.

Explicou o engenheiro eletrotécnico Jurgen Kosel, que liderou o projeto.

A película é feita com uma matriz de polímero ultraflexível e biocompatível, preenchida com micropartículas magnetizadas.

A pele pode ser personalizada em qualquer forma e cor, tornando-a impercetível e até elegante. Além disso, o processo de fabrico é barato e simples. Qualquer um pode começar o seu próprio projeto de pele artificial após alguns minutos de treino se tiver as ferramentas e materiais.

 

Pele magnética que se veste para controlar dispositivos remotamente

A equipa testou a pele magnética para monitorizar os movimentos oculares. Assim, esta película foi colada a uma pálpebra com um sensor magnético multieixo localizado próximo. O movimento dos olhos alterou o campo magnético detetado pelo sensor, quando a pálpebra foi aberta ou fechada.

O sensor pode ser incorporado em armações de óculos ou numa máscara para dormir. Além disso, pode igualmente ser aplicado como uma tatuagem eletrónica na testa. Tem o potencial de ser usado como uma interface humano-computador para pessoas com paralisia ou para jogos; para analisar padrões de sono; ou para monitorizar condições oculares, como queda das pálpebras ou alerta do motorista.

 

Posteriormente, a equipa também prendeu a pele à ponta de um dedo de uma luva de látex e colocou um sensor dentro de um interruptor de luz. Quando a pele magnética se aproxima do sensor – uma distância que pode ser modificada – a luz acende ou apaga. Esta aplicação pode ser especialmente relevante em laboratórios e práticas médicas, onde a contaminação é uma preocupação.

Kosel e a sua equipa estão agora a ampliar a aplicação para que esta tecnologia possa ser usada numa cadeira de rodas controlada por gestos. Além disso, esta tecnologia, que funciona como uma interface humano-computador sem contacto, poderia ser usada em dispositivos biomédicos não invasivos.

 

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