Aprendemos sobre o aspeto do mundo desde tenra idade, visualizando a disposição de continentes e países, bem como de mares e oceanos. Aparentemente, todos os mapas-múndi que já vimos não estão totalmente corretos.
A incorreção vai além do facto de os mapa-múndi serem planos, apesar de a Terra ser redonda (e achatada nos polos). Na verdade, as “plantas” do mundo que temos utilizado há séculos não mostram a aparência mais exata das massas de terra.
Um grupo de cartógrafos apresentou uma solução, num artigo publicado no International Journal of Geographical Information Science: o Equal Earth World Map.
Segundo o artigo, a sua alternativa não só mostra o mapa-múndi mais exato alguma vez criado, como apresenta, também, a dimensão correta das massas de terra e dos continentes que constituem o planeta.
O Equal Earth World Map baseia-se em mapas lançados anteriormente, como o de projeção Mercator e o de projeção Gall-Peters. Estas duas “plantas” do mundo, no entanto, tinham problemas:
- A primeira (Mercator) mostra tudo onde deveria estar, mas faz com que as massas de terra mais afastadas do equador pareçam maiores do que realmente são.
- A segunda (Gall-Peters) resolveu parte deste problema, tornando as massas de terra mais arredondadas do que deveriam ser, mas distorceu a forma dos continentes.
Assim sendo, o Equal Earth World Map baseia-se numa combinação dos dois mapas anteriores, com os autores a afirmarem que um híbrido, chamado mapa de projeção Robinson, forneceu a melhor base para aquele que é, segundo eles, o mais preciso desenho do mundo – embora tenham trabalhado para manter o tamanho relativo das áreas, algo que a projeção de Robinson tinha dificuldade em fazer.
Tal como está, a “planta” do mundo poderá ser o mapa-múndi mais exato que alguma vez vimos. Não só retrata as massas de terra com o tamanho exato, como retrata-as com a sua forma exata. Com esta abordagem, resolvem-se os dois problemas das “plantas” do mundo anteriormente aceites.
O Equal Earth World Map poderá, eventualmente, ajudar a redefinir a forma como as escolas e instituições mostram o nosso planeta a milhares de milhões de estudantes, diariamente.