O ano de 2025 será marcado por impressionantes fenómenos astronómicos, um verdadeiro presente para os entusiastas do céu noturno. Entre os destaques, está o raro alinhamento de sete planetas do Sistema Solar, previsto para o dia 28 de fevereiro. Ou vê agora, ou então terá de esperar pelo ano 2492!
Mas… o que são alinhamentos planetários?
Os alinhamentos planetários ocorrem quando vários planetas do sistema solar aparecem próximos uns dos outros numa mesma região do céu, geralmente formando uma linha ou arco visível a partir da Terra.
Apesar do termo “alinhamento” sugerir que os planetas estejam perfeitamente alinhados em linha reta, isso raramente acontece. Na prática, eles apenas parecem próximos no céu devido às suas posições relativas em relação à Terra.
Os planetas movem-se em órbitas diferentes ao redor do Sol. Quando, vistos da Terra, vários desses planetas estão localizados na mesma direção geral, cria-se a ilusão de alinhamento no céu.
Tipos de alinhamento
- Parcial: Apenas alguns planetas aparecem alinhados ou próximos.
- Total: Inclui todos os planetas visíveis a olho nu (Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno).
- Raro: Quando todos os planetas, incluindo os visíveis apenas com telescópios (como Úrano e Neptuno), se alinham.
Visibilidade
- Depende das condições atmosféricas e do horário em que os planetas são visíveis (geralmente ao amanhecer ou anoitecer).
- Um alinhamento pode durar várias noites, mas os planetas deslocam-se constantemente, alterando a configuração.
Importância e impacto
- Astronómico: Permite estudar o movimento dos planetas e observar fenómenos raros.
- Cultural: Alguns alinhamentos têm sido associados a eventos históricos ou crenças mitológicas.
- Realidade física: Alinhamentos planetários têm efeitos gravitacionais ínfimos na Terra, sem consequências significativas.
Os alinhamentos para 2025
Em janeiro deste ano, ocorrerá o primeiro dos três alinhamentos planeados para 2025. Na noite de 21 de janeiro, será possível ver quatro planetas ao mesmo tempo no céu, seguindo uma linha imaginária. Vénus e Saturno estarão visualmente muito próximos, e serão vistos no sudoeste do céu nas primeiras horas da noite, com Júpiter no alto do céu e Marte no leste.
Marte é o único planeta que de fato vai ficar em posição oposta ao Sol em relação à Terra, formando uma linha reta, um fenómeno que acontece a cada dois anos.
Já Úrano e Neptuno também estarão alinhados, mas será necessário um telescópio para identificá-los.
Em 28 de fevereiro, um sétimo planeta, Mercúrio, aparecerá ao mesmo tempo no céu. Enquanto isso, em 11 de agosto, será possível observar até seis planetas: Mercúrio, Vénus, Júpiter, Urano, Neptuno e Saturno. Nos dois casos, será necessário o uso de um telescópio para identificar todos os corpos celestes.
Não perca os planetas de vista
Existem alguns sites que podem ajudar a mapear o céu. O Time and Date permite que coloque a cidade onde está e saiba os horários do nascer e do pôr do sol no nosso planeta e em planetas vizinhos, além do lugar no céu onde cada um deles, e algumas constelações podem ser vistas e o quão difícil será vê-los.
O Stellarium tem uma ferramenta semelhante que mostra as posições de todos os planetas.