A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global. É, portanto, uma doença progressiva e irreversível, afetando diversas funções cognitivas. Por outras palavras, até à presente data não existe cura para esta enfermidade neurodegenerativa.
Segundo os resultados de uma investigação, levada a cabo por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, Missouri, foram conseguidos progressos significativos no desenvolvimento de um exame de sangue que pode detetar a doença de Alzheimer até 20 anos antes dos sintomas apareceram.
O que é a Doença de Alzheimer?
A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global. É progressiva e irreversível, onde afeta diversas funções cognitivas como memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras. Dessa forma, esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária.
O nome desta doença deve-se a Alois Alzheimer, médico alemão que em 1907 descreveu pela primeira vez a doença.
A evolução de uma doença terrível
À medida que as células cerebrais vão sofrendo uma redução, em tamanho e número, formam-se tranças neurofibrilares no seu interior e placas senis no espaço exterior existente entre elas. Esta situação impossibilita a comunicação dentro do cérebro e danifica as conexões existentes entre as células cerebrais. Estas acabam por morrer e isto traduz-se numa incapacidade de recordar a informação. Deste modo, conforme a Doença de Alzheimer vai afetando as várias áreas cerebrais, vão-se perdendo certas funções ou capacidades.
Existe algum tratamento disponível no momento?
Até à presente data não existe cura para a Doença de Alzheimer. No entanto, existem algumas medicações que parecem permitir alguma estabilização do funcionamento cognitivo nas pessoas com Alzheimer, nas fases ligeira e moderada.
Os medicamentos também podem ser prescritos para sintomas secundários, como inquietude e depressão, ou para ajudar o doente com Alzheimer a dormir melhor.
Novo exame de sangue pode detetar doença de Alzheimer 20 anos antes
Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington afirmam que fizeram progressos significativos no desenvolvimento de um exame de sangue. Assim, com este exame é possível detetar a doença de Alzheimer 20 anos antes dos sintomas apareceram.
De acordo com o The New York Times, os cientistas esperam que o teste ajude os futuros estudos de investigação. Dessa forma, acelerando o processo de triagem para potenciais participantes de ensaios clínicos, estão a acelerar o caminho para um tratamento da doença.
Atualmente, selecionamos pessoas para testes clínicos com tomografias cerebrais, o que consome tempo e é caro, e inscrever participantes leva anos. Mas com um exame de sangue, poderíamos potencialmente rastrear milhares de pessoas por mês.
Explicou Randall Bateman, professor de neurologia da Universidade de Washington e autor do artigo publicado na Neurology na quinta-feira.
O exame de sangue mede os níveis de beta-amiloide. Esta é uma proteína encontrada nos cérebros dos pacientes de Alzheimer. Este teste atualmente pode ser realizado apenas através de um exame de PET caro. Contudo, ainda não está pronto para se tornar um teste de diagnóstico completo. Com efeito, a taxa de sucesso do novo teste foi de apenas 88% num teste que envolveu 158 adultos com mais de 50 anos.
No entanto, poderia ajudar os profissionais de saúde da área médica no futuro a rastrearem a enfermidade em poucos anos. Assim, quanto mais cedo os médicos puderem detetar sinais dessa “doença silenciosa”, melhor.