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Neuralink de Elon Musk pode avançar com os testes de chips cerebrais em humanos

Em março deste ano, o pedido de testes em humanos do protótipo de interface cérebro-computador Link da Neuralink tinha sido rejeitado pela FDA. Agora, depois de feita nova reavaliação, a Neuralink de Elon Musk pode avançar com os testes de chips cerebrais em humanos.


A Neuralink, empresa fundada em 2016, por várias pessoas, entre elas Elon Musk (que também é CEO) visa comercializar interfaces cérebro-computador (BIC – brain-computer interface) numa ampla gama de aplicações médicas e terapêuticas. Por exemplo, a reabilitação de acidentes vasculares cerebrais e lesões medulares, controlos protéticos neurais e até a capacidade de “rebobinar memórias ou baixá-las em robôs”, são algumas das promessas de Elon Musk.

Os BCIs traduzem essencialmente os impulsos elétricos analógicos do cérebro em 1s e 0s digitais que os computadores entendem (monitorizando-os através de elétrodos finos como fios de cabelo delicadamente colocados no cérebro). Uma vez que o BCI precisa ser instalado cirurgicamente na cabeça do paciente, o FDA – entidade norte-americana que regula estas questões – exige que as empresas conduzam testes de segurança rigorosos antes de dar a sua aprovação para uso comercial.

Em março, a FDA tinha rejeitou o pedido da Neuralink para iniciar os testes em humanos, em parte devido a todos os animais de teste que continuaram a morrer depois da implantação do protótipo BCI.

De acordo com documentos internos adquiridos pela Reuters em dezembro, mais de 1.500 animais foram mortos no desenvolvimento do Neuralink BCI desde 2018. O Inspetor Geral do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) iniciou uma investigação sobre essas alegações.

As reticências da FDA também vieram de preocupações sobre o design e a função da interface quando implantada em humanos. Segundo a Reuters, com base nas declarações de pessoas ligadas à empresa, as principais preocupações de segurança da agência envolviam a bateria de lítio do dispositivo; o potencial dos minúsculos fios do implante migrarem para outras áreas do cérebro; e questões sobre se e como o dispositivo pode ser removido sem danificar o tecido cerebral.

Agora, a autorização foi dada pela FDA. De referir que no site da Neuralink existe uma área de registo de pacientes da Neuralink, podendo vir a participar dos ensaios clínicos, contudo a empresa refere que ainda não está em fase de recrutamento.

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