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NASA Space Apps: vencedores do desafio criam “sinfonia” das estrelas

O NASA Space Apps Challenge decorreu entre os dias 5 e 6 de outubro, no Atlântica – Instituto Universitário, em Lisboa. A Região de Lisboa recebeu 12 equipas, que estiveram frente a frente numa hackathon de 48 horas.


Foram vários os estudantes do ensino secundário, universitário e profissional, professores, cientistas, artistas e entusiastas que responderam ao desafio global do NASA International Space Apps Challenge. A iniciativa, que decorreu simultaneamente em todo o mundo, no passado fim de semana, contou com a Atlântica – Instituto Universitário como “Local Leader” na região de Lisboa.

O projeto Cosmic Pathways – uma experiência imersiva que tem como ponto de partida as imagens do telescópio James Webb – alcançou o primeiro lugar, numa competição que envolveu 12 equipas, meia centena de participantes e 48 horas de trabalho.

Com o tema da influência do Sol na Terra como mote, os participantes foram desafiados a desenvolver colaborativamente soluções para questões atuais relacionadas com a Terra e o espaço, fazendo uso de dados abertos da NASA.

Ao longo da iniciativa, e com o intuito de apoiar as equipas no desenvolvimento dos seus projetos, a Atlântica reuniu vários parceiros, contando, para isso, com a presença de 10 mentores e um painel de jurados com seis elementos, especialistas em áreas como a Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial, a Astrofísica, as Geociências, a Comunicação e o Marketing, entre outros.

 

Da “sinfonia” das estrelas à conquista dos exoplanetas

Encorajar novos públicos a desenvolver uma paixão pela astronomia e pelo universo: foi esta a missão assumida pelo projeto Cosmic Pathways, que se sagrou vencedor do desafio em Lisboa.

Durante a hackathon, o grupo – composto por estudantes de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – criou uma experiência digital em 3D, que recorre a um modelo do universo, com o sistema solar como referência, para marcar as coordenadas exatas de imagens da galeria do telescópio James Webb.

Além da navegação livre pelo modelo e por estas imagens, a proposta apresenta um bónus: música imersiva, criada especialmente pelo grupo de vencedores para maximizar a experiência. A equipa recebeu:

Os elementos do grupo vão ter ainda a oportunidade de participar no podcast Science Hub, de serem entrevistados sobre o projeto – com divulgação na página NASA Space Apps –, e de concorrer ao Global Award, contando com mentoria da NASA Space.

Já com os pés “bem assentes na Terra” e o desafio climático como ponto de partida, os segundos classificados criaram o projeto GreenMetric: uma plataforma que permite a consulta diária das emissões de gases com efeito de estufa em Portugal, pensada para entidades governamentais e legislativas.

Graças à conquista do segundo lugar, o grupo – constituído por estudantes da Atlântica e do Instituto Superior Técnico – recebeu da Atlântica bolsas de estudo no valor de 50 por cento.

A fechar o pódio, o projeto Hackatan promete diversão para toda a família. O grupo responsável pelo mesmo desenvolveu uma “versão” do jogo de tabuleiro Catan, adaptada ao tema dos exoplanetas.

A proposta baseia-se num sistema exoplanetário real, o 55 Cancri, assumindo-se como uma experiência didática e incorporando questões de trivia nas regras do jogo. A equipa – constituída por alunos do 11.º ano da Escola Secundária Sebastião e Silva – foi também premiada com bolsas de estudo para uma opção da oferta formativa da Atlântica à escolha, no valor de 30 por cento.

A nível global, o NASA Space Apps Challenge 2024 contou com a participação de quase 60 mil jovens e entusiastas do espaço, distribuídos por 402 eventos locais em 152 países. Em Lisboa, Patrícia Pinheiro, engenheira aeronáutica e local event leader, destaca “a importância do desafio para estimular a criatividade, o trabalho em equipa e a investigação, despertando os mais jovens para as inúmeras oportunidades associadas a esta área”.

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