Os engenheiros não param e, aparentemente, os criativos também não. Se, ontem, conhecemos a ideia de uma torre solar fotovoltaica, hoje, falamos-lhe de algo que poderia, perfeitamente, ter sido pensado por um português: um “acordeão” de painéis solares. É verdade!
Numa altura em que se pensa, de forma crescente, em alternativas energéticas e em formas de potencializar os recursos naturais, a espanhola Lone Lighthouse pensou numa opção para os locais remotos conseguirem aproveitar a energia do Sol.
De acordo com o Xataka, este acordeão de painéis solares chama-se GEM (Green Energy in Motion) e consiste num conjunto de “folhas” que se desdobram e contraem, “em questão de minutos”. Da mesma forma que montamos hospitais de campo, por exemplo, também a captação de energia pode ser feita de forma “volante”, através desta solução “Plug & Play”.
Assim sendo, o GEM, concebido pela francesa Akuo, nada mais é do que um sistema modular de painéis solares que viajam, a bordo de contentores, pré-montados e praticamente prontos a serem utilizados. Para isto, basta desdobrar os 200 painéis solares e, depois, contrair os dispositivos, em dois processos de cerca 30 e 45 minutos, respetivamente.
Segundo a Lone Lighthouse, esta é “uma solução solar móvel fácil de instalar, que pode ser utilizada tanto a curto como a longo prazo”, podendo “ser ligada a uma rede existente ou a plataformas universais de gestão de energia EMS (Energy Management System), que permitem o controlo local e remoto via satélite, bem como a atualização remota do seu software”. Além disso, podem ser adicionadas baterias de armazenamento, aumentando a quota de energia renovável.
Relativamente à utilidade, a empresa espanhola esclareceu que este acordeão de painéis solares poderá servir obras públicas, eventos ao ar livre, instalações de dessalinização e instalações montadas para a indústria petrolífera e do gás. Contudo, poderá ser utilizado noutros contextos, na medida em que é “escalável a qualquer capacidade” e pode ligar-se “tantas unidades quantas forem necessárias”, de modo a criar uma central solar “sem limitações técnicas ou de potência”.