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Moura vai receber a primeira fábrica no mundo a unir painéis solares e baterias

Moura, em Beja, vai receber a nova fábrica de painéis solares fotovoltaicos flexíveis e de baterias de lítio de alta temperatura. Aliás, será a primeira do mundo a combinar as duas tecnologias.

A novidade foi avançada pelo grupo responsável que pretende vender para o mercado nacional e internacional.


Combinação de tecnologias em estreia em Portugal

Foi na presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, que o grupo português Lux Optimeyes Energy assinou, com a Câmara de Moura, o contrato de arrendamento da antiga Moura Fábrica Solar (MFS) e o memorando de entendimento para a implantação do projeto. Aquela, que está fechada desde 2019, será a nova fábrica de painéis fotovoltaicos flexíveis e de baterias de lítio de alta temperatura.

De acordo com um dos promotores, Miguel Matias, o objetivo desta combinação passa por criar “novos produtos híbridos”, por forma a serem vendidos “para vários sítios”, desde o mercado nacional, até ao estrangeiro. Por sua vez, o cofundador e um dos administradores executivos do Lux Optimeyes Energy sublinhou que a combinação produtiva das duas tecnologias é inovadora e o caminho para o futuro.

Consideramos que é a maneira certa de usar as renováveis.

Disse o cofundador, acrescentando que o “painel solar com a bateria permite alargar imenso” a sua utilização.

“Tecnologia especial” para painéis não convencionais

Conforme adianta a Lusa, a “unidade vai produzir painéis solares fotovoltaicos flexíveis e baterias de lítio de alta temperatura, num investimento inicial de cerca de cinco milhões de euros, com comparticipação humanitária”. Segundo Miguel Matias, a produção não visa painéis convencionais, mas uma linha de montagem na área do solar flexível, através de uma “tecnologia especial”.

Ou seja, um “painel flexível que permite aplicações em vários locais a que o painel tradicional não chega”. Mais do que isso, é mais leve e eficiente e possibilita diversas configurações e aplicações. Estas últimas estão ainda em processo de estudo, mas poderão ser utilizados, por exemplo, na cobertura de autocarros, autocaravanas, carrinhos de golfe, ou coisas muito mais simples, como um banco de jardim com uma “lampadazinha”.

Ministro do Ambiente e da Ação Climática visita fábrica do grupo português Lux Optimeyes Energy | Lusa

Em perspetiva, o promotor espera que os primeiros produtos da unidade surjam dentro de aproximadamente um ano. Apesar de as células de lítio das baterias terem de ser compradas no estrangeiro, a empresa pretende eventualmente conseguir produzir esta componente.

A outra linha de montagem da fábrica dedicar-se-á às baterias de lítio de alta temperatura, “desde as de às de grande escala e adaptadas a países com climas mais quentes”, segundo a Lusa.

A previsão é que, inicialmente, sejam criados “cerca de 40 a 50” postos de trabalho. Embora vá ser uma unidade mais automatizada, o Lux Optimeyes Energy pretende repescar muitos dos trabalhadores que estavam na anterior e que já possuem conhecimentos e formação na área.

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